quarta-feira, 17 de janeiro de 2024

Formigas, abelhas e cupins: podcast educativo explica o que insetos sociais podem nos ensinar

 

                                             Foto: Freepik


Para divulgar ao público o conhecimento sobre formigas e outros insetos sociais, o Laboratório de Etologia, Ecologia e Evolução dos Insetos Sociais (LEEEIS) do Instituto de Psicologia (IP) da USP produz o podcast Atiçando o Formigueiro, produção que aborda diversos temas relacionados ao comportamento, ecologia, evolução e importância desses insetos. Os áudios estão disponíveis na plataforma Spotify neste link.


Os episódios são mensais e pretendem oferecer uma plataforma de aprendizado e entretenimento sobre a fascinante vida social dos insetos. Já são 22 produções que abordam desde a história evolutiva das formigas, passando pela organização dos cupins, até dicas de como criar formigas de estimação.


A equipe do podcast busca popularizar as pesquisas realizadas por cientistas de diferentes regiões do Brasil e cada episódio é conduzido em formato de mesa-redonda, onde a apresentadora conversa com cientistas especializados no tema, fazendo perguntas curiosas sobre seus estudos. Ao final de cada programa, os convidados têm espaço para compartilhar suas pesquisas anteriores, principais descobertas e o que estão investigando no momento.


Na última produção, divulgada no dia 4 de dezembro, pesquisadores entrevistados dão dicas de como criar um formigueiro, além de achar e manter formigas em casa com todo o cuidado.


Sociedade matriarcal das formigas


O podcast lançou neste ano uma série de episódios curtinhos chamados Formigas 101, onde são contadas histórias sobre conceitos amplos do mundo das formigas. “É um ótimo pontapé inicial para aqueles que têm curiosidade sobre o tema, mas não sabem por onde começar”, explicam os organizadores.


Um dos novos episódios fala sobre como as sociedades de formigas e outros himenópteros sociais são compostos quase exclusivamente de fêmeas. Os pesquisadores explicam que tanto as reprodutoras (rainhas) quanto as operárias são fêmeas. Estas assumem todas as tarefas para a colônia funcionar bem. São forrageadoras, cuidadoras, soldadas, lixeiras, cultivadoras e até policiais. Nada na colônia acontece sem as fêmeas. Os machos só servem a função de fertilizar as futuras rainhas (gines) e na maioria das vezes morrem logo depois da cópula. Eles precisam ser cuidados pelas operárias para sobreviver e são produzidos em momentos específicos.


A rainha pode controlar a proporção de machos ao fertilizar (dando fêmeas) ou não (machos, que são haploides) os ovos. Assim os machos nem têm pais e carregam somente DNA da rainha. Para mirmecólogas e mirmecólogos, isso levanta a questão de porque, na academia como em muitas áreas, mulheres muitas vezes têm menos lugares e representatividade.


O laboratório da USP é coordenado pelos professores Nicolas Châline e Ronara Ferreira-Châline. Para acompanhar as novidades do grupo siga o Facebook neste link ou o Instagram. Para ouvir os episódios acesse a plataforma Spotify  clicando aqui. 


Por: Equipe do Jornal da USP

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