Presidente da Câmara se reuniu hoje pela manhã com a ministra Cármen Lúcia
TerraO ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF (Supremo Tribunal Federal), decidiu prorrogar por 60 dias um inquérito que investiga o presidente da Câmara e pré-candidato ao Palácio do Planalto, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o pai dele, o vereador do Rio de Janeiro César Maia (DEM), por corrupção e lavagem de dinheiro sob suspeita de terem recebido pagamentos irregulares da Odebrecht.
Fachin atendeu manifestação da Procuradora-Geral da República, favorável à concessão de novo prazo, e determinou a remessa dos autos à Polícia Federal para que execute as diligências em aberto e outras que sejam úteis à conclusão das investigações.
O inquérito contra os dois foi aberto pelo ministro do STF em abril, após pedido feito pelo então procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Em entrevistas quando da abertura da investigação, os políticos negaram quaisquer irregularidades.
Conforme parecer da atual procuradora-geral da República, Raquel Dodge, a PF avaliou como indispensável tomar o depoimento de Maia, do pai dele e do ex-assessor João Marcos Cavalcanti.
A investigação teve como base declarações de delatores da Odebrecht que citavam três repasses feitos supostamente de forma irregular pela empresa entre os anos de 2008 e 2014 por meio do setor de propina do grupo.
Em um dos casos, em 2008, segundo a apuração, Rodrigo Maia solicitou e recebeu 350 mil reais da empresa a pretexto de ajuda para a campanha eleitoral, apesar de o presidente da Câmara e seu pai não terem concorrido naquela ocasião a qualquer cargo eletivo.
Outro caso relatado refere-se a supostos pagamentos para a aprovação de uma medida provisória de interesse do grupo e para a campanha de 2014.
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