Autores foram presos em flagrante. - Foto: Valdenir Rezende
Arma usada no crime ficou escondida por quase três anos, segundo polícia
Por RENAN NUCCI
O Batalhão de Choque da Polícia Militar prendeu Maisson Vinícius Vitório Costa, de 19 anos, suspeito de matar o amigo Pedro Paulo Pereira da Silva, de 23 anos, na madrugada desta sexta-feira, no Jardim Itamaracá, em Campo Grande.
O crime foi cometido com o mesmo revólver calibre 38 usado pelo rapaz para matar outra pessoa em 2015. A arma ficou enterrada por quase três anos em um terreno baldio nas proximidades da casa de dele.
Maisson confessou que há cerca de três dias se desentendeu com Pedro e, apesar de terem laços de amizade, a desavença foi grave a ponto de ambos trocarem ameaças de morte.
Durante este período, Maisson soube que Pedro estaria assediando a namorada de um amigo, prática popularmente conhecida como "talaricagem" e reprovada por criminosos. Por este motivo, decidiu que não haveria outra solução a não ser matá-lo.
Para isso, desenterrou o revólver. Conforme apurado, após o homicídio de 2015, o rapaz, ainda menor de idade na ocasião, enterrou a arma e em seguida foi preso, julgado e condenado. Ao sair da prisão, se lembrou de onde o 38 estava e o recolheu.
CRIME
Ontem, Maisson, morador no Itamaracá, saiu em busca do amigo para acerto de contas e foi informado que ele estaria no bairro, o procurando. Pedro foi encontrado na Rua Sizuo Nakazato, no início da madrugada, onde foi baleado e morto.
Segundo o Choque, os disparos o atingiram no tórax e na cabeça. Após a ação, Maisson voltou para a casa do primo Ronaldo de Andrade Costa, 23, e pediu que escondesse a arma de fogo. Testemunhas acionaram a Polícia Militar informando terem ouvido o som de disparos seguido de uma pessoa gritando por socorro.
No local, o Choque encontrou Pedro ainda com vida. Antes de perder a consciência, o rapaz forneceu o nome do autor ao policiais. Equipes do Corpo de Bombeiros e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) prestaram os primeiros socorros, mas a vítima não resistiu.
Em rondas pelo Itamaracá, os militares conseguiram identificar e localizar Maisson, bem como a arma. Ele estava na casa do primo, na Rua Edson Quintino Mendes. Ambos foram levados para a Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) da Vila Piratininga, e vão responder por homicídio.
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