O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), convocou uma reunião de líderes para às 15h desta quinta-feira, 26, informaram à EXAME aliados do parlamentar. Alguns deputados são esperados presencialmente na residência oficial da Câmara e outros participarão remotamente.
A composição da mesa diretora da Câmara em 2025 é o tema central da reunião, que deve ter Hugo Motta (Republicanos-PB) como presidente eleito em fevereiro.
Mas aliados de Lira também afirmaram reservadamente que a decisão do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), de suspender o pagamento de R$ 4,2 bilhões de emendas deve ser debatido pelas lideranças partidárias.
Bloqueio de emendas
A reunião convocada por Lira ocorre três dias após o magistrado determinar o bloqueio e uma investigação da Polícia Federal sobre a liberação de recursos. A decisão de Dino se deu com base em um mandado de segurança do PSOL.
Um ofício enviado pela Câmara ao governo mudou a destinação de parte das emendas de comissões previstas para serem liberadas na reta final do ano.
O documento leva a assinatura de 17 líderes de partidos e pede a execução de R$ 4,2 bilhões que já estavam previstos no Orçamento de 2024, mas estavam bloqueados desde uma decisão do STF de agosto.
Deste valor, porém, R$ 180 milhões são referentes a "novas indicações", sendo que 40% (R$ 73 milhões) são direcionados ao Estado de Alagoas, reduto eleitoral de Lira.
O documento com a assinatura dos líderes foi enviado pela Câmara no mesmo dia em que Lira determinou a suspensão de reuniões das comissões da Casa com o argumento de dar celeridade às tramitações das pautas econômicas no plenário. Assim, segundo presidentes dos colegiados, as novas indicações não passaram pelo referendo dos grupos.
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