segunda-feira, 16 de janeiro de 2023

Com alta de 14%, Campo Grande tem a 3ª maior valorização imobiliária entre capitais

 


Levantamento do índice FipeZap destaca que o valor médio do metro quadrado na Capital fechou 2022 em R$ R$ 5,2 mil

ELIAS LUZ


Campo Grande teve a terceira maior valorização imobiliária entre capitais em 2022, de acordo com o índice da Fundação Instituto de Pesquisa Econômicas (Fipe), o FipeZap. A Capital registrou valorização de 14,03% para os imóveis.


A média nacional ficou em 6,16%, superando a inflação registrada no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que ficou em 5,79%, e também o Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que fixou-se em 5,45%.


Para o mês de dezembro, Campo Grande obteve maior valorização imobiliária de preços do País, com índice de 2,17%.


De acordo com o relatório, o balanço de 2022 mostra que – em perspectiva – trata-se da maior elevação anual registrada na série histórica do índice desde 2014, ano em que se apurou uma valorização de 6,7% nos preços de venda de imóveis residenciais.



Ao todo, 49 das 50 cidades que compõem o índice apresentaram incremento nominal dos preços residenciais em suas respectivas localidades.


Entre elas, há 16 capitais cujas variações podem ser ordenadas da seguinte forma: Vitória (23,23%); Goiânia (20,91%); Campo Grande (14,03%); Curitiba (13,64%); Maceió (13,22%); Recife (11,35%); Florianópolis (11,33%); João Pessoa (10,26%); Fortaleza (8,29%); Manaus (7,32%); Belo Horizonte (6,86%); Salvador (5,98%); São Paulo (5,06%); Porto Alegre (2,42%); Rio de Janeiro (2,20%) e Brasília (1,31%).


O presidente do Sindicato da Habitação de Mato Grosso do Sul (Secovi-MS), Geraldo Paiva, destacou que, pelo terceiro ano consecutivo, Campo Grande está entre as capitais com melhores potenciais de investimentos imobiliários do País. Isso porque em todas as regiões de Campo Grande houve valorização imobiliária.


“Campo Grande está sempre em destaque para investimentos imobiliários pelas seguintes características: qualidade urbana, preços acessíveis e renda consistente entre sua população. Enquanto mantivermos estas características, vamos estar sempre próximos da liderança”, explica Paiva.


Quando a análise restringe-se ao mês de dezembro, também com base no comportamento dos preços de venda de imóveis residenciais em 50 cidades brasileiras, o FipeZap registrou alta de 0,30% para o Brasil, o que significa uma desaceleração ante o avanço de 0,46% apurado no mês anterior. 


PREÇOS

O relatório aponta ainda outra particularidade para Campo Grande: o menor preço por metro quadrado entre as 16 capitais brasileiras pesquisadas, com o valor de R$ 5.232. O preço médio calculado para as 50 cidades monitoradas pelo índice FipeZap foi de R$ 8.321/m².


Entre as 16 capitais incluídas nesse rol, Vitória apresentou o valor do metro quadrado residencial mais elevado no mês (R$ 10.481/m²).


Para o presidente do Secovi, o preço do metro quadrado de terreno em Campo Grande é bastante acessível à população.


“Este preço acessível de terreno torna o imóvel construído interessante diante de outras cidades de mesmo porte. Quanto à qualidade urbana, temos em vigor – desde 1988 – uma lei de uso do solo muito técnica e qualificada, que nos impõe uma cidade urbanisticamente interessante, arborizada e de boa mobilidade. Além disso, cada região de Campo Grande tem características específicas que atrai novos moradores, serviços e comércio”.


“A região do Prosa, por exemplo, é a mais buscada pelas famílias de melhor renda. A região do Segredo tem em o maior demanda por residências. O Centro, possivelmente por conta das obras de revitalização e suas características comerciais, também teve valorização acima da média. Cada uma com a sua peculiaridade”, detalha Paiva.


O presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de Mato Grosso do Sul (Creci-MS), Eli Rodrigues, acredita que parte desta valorização já era prevista, “sendo puxada pelo mercado imobiliário em expansão nos últimos anos, mesmo com a pandemia, além da elevação dos custos de construção”. 

Rodrigues ainda frisa que os resultados do índice mostram que o mercado está aquecido e em franca expansão.


“Esses resultados também são reflexos da melhora na economia, que demonstrou sinais de recuperação. Isso faz com que haja novos clientes, ou seja, temos uma migração para o nosso estado a procura de novas oportunidades, além dos que já estão aqui. Investir em imóveis sempre foi um negócio seguro e continuará sendo uma das opções preferidas das pessoas, que têm no mercado imobiliário, a certeza de maior segurança”, conclui Rodrigues. 



Com informação do Portal Correio do Estado

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