Wender Carbonari
Detido pelas forças de segurança pública do Paraguai desde quarta-feira (19), o brasileiro Moroni Dener Rodríguez Romero, de 22 anos, é acusado de envolvimento no brutal assassinato de Anderson Hugo Pereira Félix, 29 anos, também brasileiro.
Amigos e familiares moradores em Ponta Porã divulgaram ontem (20) uma nota de manifesto criticando a ação a polícia paraguaia e frisando total inocência de Moroni.
Para a irmã do suspeito, Davine Karine, os investigadores estariam usando o jovem como ‘bode expiatório’, já que a única ligação dele com o homicídio é que ambos estavam na mesma boate entre a noite do sábado (15) e madrugada de domingo (16).
"Ele foi voluntariamente se apresentar para depor. Ciente que não devia nada, foi ao Paraguai sem estar acompanhado de um advogado. Então deixaram meu irmão detido. Por ter sido o único a se apresentar por vontade própria, eles deixaram tudo nas costas do meu irmão”, disse a irmã do suspeito.
Davine também relatou ao Dourados News nesta manhã (21) que imagens de circuito de segurança da boate mostram Moroni ajudando o paraibano estudante de medicina a entrar em um veículo onde estavam algumas mulheres e pelo menos um homem.
Eles não se conheciam. Anderson estaria embriagado, segundo depoimento. Nas imagens, Moroni ajuda o estudante a entrar no carro e em seguida volta para boate, sem que houvesse outro fator que pudesse incriminá-lo, ou provar ligação dele com os assassinos, segundo Davine.
O suspeito havia detalhado à família que Anderson conhecia o condutor do carro e as mulheres sentadas no banco de passageiro.
Parentes e pessoas que conhecem Moroni, funcionário do Correios em Ponta Porã, saíram em defesa dele nas redes sociais. Eles denunciam supostos abusos por parte da polícia paraguaia que impedem o contato com o jovem e negam repassar quaisquer informações.
Homicídio brutal
Nas primeiras horas da manhã do dia 16 de outubro, o corpo de Anderson Hugo Pereira Félix, 29 anos, foi encontrado por populares na colônia Cerro Corá’i, zona rural de Pedro Juan Caballero, localizada na linha internacional que divide o Paraguai e o Sul Mato Grosso do Sul.
Levantamentos feitos pela perícia indicam que a vítima teve a cabeça esmagada por uma pedrada, encontrada ao lado do corpo deixado em estrada de terra.
Anderson é da cidade de Tavares, interior de Paraíba e estava em Pedro Juan Caballero cursando medicina.
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