sábado, 7 de setembro de 2024

Com recursos do FIC, documentário sobre o Heavy Metal de Campo Grande será exibido no MIS

 

                                            Foto: Carlota Philippsen


O Museu da Imagem e do Som, unidade da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, exibe nesta quarta-feira, dia 11 de setembro, o documentário Barulho do Mato, sobre o heavy metal em Campo Grande. O documentário foi produzido com recursos do Fundo de Investimentos Culturais (FIC) de Mato Grosso do Sul. O evento é aberto ao público e a entrada é franca.


Em meio ao cerrado exuberante e às vastas planícies de Mato Grosso do Sul, uma história desconhecida ressoa nas profundezas dos amplificadores e nas cordas vibrantes das guitarras. “Barulho do Mato”, documentário dirigido pelo jornalista Lucas Arruda e a cineasta Mariana Sena, desvela a alma pulsante do heavy metal campo-grandense.


Este média-metragem mergulha na essência de uma cena musical que se mantém viva e vibrante através de riffs pesados e letras profundas. Uma jornada que promete não apenas evocar o saudosismo dos veteranos do rock, mas também apresentar este universo rebelde e fascinante às novas gerações.


“Campo Grande é uma cidade que tem pouca de sua memória documentada, não sei se é o reflexo de um estado jovem. E, na música, senti que faltava um documentário que falasse sobre o Metal”, reflete Lucas Arruda. “Cadê a história das bandas? Principalmente, as bandas antigas. Quem foi o primeiro a fazer? Como surgiu? A partir daí, conversei com alguns amigos do meio musical, como o Lelo, guitarrista do Katastrofe, com o Kão, artista que é do Punk, mas sempre esteve no rolê do Metal. E, aí foi nascendo o projeto até eu conseguir um investimento e iniciar a produção”, completa.


O documentário faz um recorte temporal que abrange as décadas de 1980, 1990 e meados dos anos 2000, uma era rica em nuances estilísticas e influências que moldaram a identidade do heavy metal no Estado. Bandas icônicas como Alta Tensão, Necroterium, Sacrament, Disharmonical Tempest, Katastrofe, No Name, Kreatures Dark e Haze são algumas das protagonistas desse enredo.


“Ter relatos se torna urgente, pois já perdemos alguns músicos e produtores do período, tal como materiais em vídeo que retratavam a época”, pontua Arruda, sublinhando a importância de registrar e preservar essas memórias antes que se dissipem.


Para Cátia Santos, diretora de fotografia e editora do documentário, capturar esses relatos têm sido um desafio envolvente. “Contar a história desse estilo, dentro de um Estado com uma presença musical predominantemente sertaneja foi um desafio e tanto. Nesse sentido, a fotografia e a edição são muito importantes em um trabalho tão complexo como esse, pois elas ajudam a interligar as histórias que construíram o nosso heavy metal”, comenta.


“Barulho do Mato” promete desvendar os desafios e conquistas dos roqueiros em um estado marcado pelo conservadorismo. Desde os obstáculos logísticos até as barreiras culturais, o vídeo explora a rica tapeçaria de influências que moldou a cena do heavy metal no coração do Mato Grosso do Sul, deixando um impacto duradouro no meio artístico.


Produzido pela Arruda Comunicação, o documentário “Barulho do Mato” conta com financiamento do FIC – Fundo de Investimentos Culturais, da FCMS – Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, órgão vinculado à Setesc (Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura), do Governo de Mato Grosso do Sul. Mais informações no Instagram @assessoriaarruda.


Serviço:


Exibição do documentário “Barulho do Mato”


Data: 11 de setembro (quarta-feira)


Horário: às 19 horas


Local: Museu da Imagem e do Som, que fica no 3º andar do Memorial da Cultura e da Cidadania, na Avenida Fernando Corrêa da Costa, 559, Centro.


Entrada Gratuita

Galípolo defende diálogo sobre autonomia financeira do BC, mas evita se comprometer com PEC

 

                                           Reuters 


Indicado por Lula para a presidência do Banco Central tem participado de 'beija-mão' no Senado

Indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à presidência do Banco Central, Gabriel Galípolo tem defendido um amplo diálogo sobre a autonomia financeira da instituição em conversa com senadores para angariar votos para sua aprovação.


O atual diretor de Política Monetária do BC, contudo, evitou se comprometer com a PEC (proposta de emenda à Constituição) que concede autonomia financeira à autoridade monetária, em tramitação na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado.


Segundo relatos de parlamentares ouvidos pela Folha, Galípolo tem seguido a mesma linha das declarações públicas que fez sobre o tema.


Em 28 de junho, ele afirmou em evento promovido pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) que a diretoria estava engajada na discussão da "evolução institucional" do Banco Central.


Na fala, o diretor do BC ressaltou a importância de que todas as partes interessadas se sentem à mesa para debater o tema, defendendo a participação dos Poderes Legislativo e Executivo, além da direção e dos funcionários de carreira da autoridade monetária.


"A ideia de autonomia não está relacionada a uma ideia de virar as costas para a sociedade ou não prestar contas para a sociedade ou para o governo ou para o poder democraticamente eleito", disse.


Na visão dele, o debate deve buscar entender possíveis avanços e vantagens com a adoção de um novo modelo e qual regime atende melhor às necessidades da instituição.


Segundo Galípolo, "toda instituição pública ou privada tem que estar aberta a se revisitar sobre as possibilidades de aprimorar seu arcabouço institucional, legal e operacional para cumprir suas metas e objetivos".


O tema da autonomia do BC foi tratado com diferentes senadores, como o relator da PEC, Plínio Valério (PSDB-AM) —com quem Galípolo se reuniu na quinta-feira (5)—, a bancada do PT e Rogério Carvalho (SE), um dos maiores críticos da mudança.


Na conversa com a bancada petista, Galípolo não se posicionou sobre a proposta em tramitação. De acordo com um dos senadores que participou da reunião, Galípolo afirmou que caberá ao Congresso decidir sobre o tema.


Outro parlamentar relata que Galípolo disse, durante o encontro, que alguns pontos da estrutura do Banco Central podem ser revistos.


O governo Lula se viu obrigado a negociar os termos da PEC depois que o presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), colocou a proposta na pauta de votação —em um aceno para a oposição.


O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), declarou, desde então, que não é contra a autonomia financeira do BC, mas contra a transformação da autoridade monetária em empresa pública.


O relatório inicial da PEC propunha transformar o BC em uma instituição de natureza especial com autonomia técnica, operacional, administrativa, orçamentária e financeira, "organizada sob a forma de empresa pública e dotada de poder de polícia, incluindo poderes de regulação, supervisão e resolução".


Na última versão do parecer, Valério abandonou a ideia de tornar o BC em uma empresa pública e especificou que se trataria de um modelo "jurídico-institucional único".


"Ao invés de se buscar adaptar o instituto jurídico existente de empresa pública às especificidades do BCB, trata-se agora de criar formatação jurídica própria e específica ao BCB", diz um dos trechos do texto.


Senadores dão como certa a aprovação de Galípolo ao comando da instituição e elogiam o diretor do BC. O nome dele deve ser colocado em votação no plenário em 8 de outubro, no mesmo dia da sabatina na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos).


"Ele se mostrou preparado, conhece a realidade do país, tem uma posição muito equilibrada em relação à questão de juros", diz o senador Paulo Paim (PT-RS).


"Ele já foi aprovado pelo Senado uma vez. A indicação é do presidente. Posso gostar do Campos Neto, mas não posso nomeá-lo", diz o oposicionista Esperidião Amin (PP-SC), com quem Galípolo também se reuniu na quinta.



Thaísa OliveiraNathalia GarciaFolha de São Paulo

Famílias comemoram incorporação de remédio para neuroblastoma ao SUS

 

                                           Divulgação: Agência Brasil 

Tumor é o terceiro tipo de câncer mais recorrente entre crianças

Com as mãos trêmulas e lágrimas no rosto, Laira Inácio comemorou nas redes sociais a recomendação de incorporação do medicamento betadinutuximabe para o tratamento de neuroblastoma de alto risco via Sistema Único de Saúde (SUS). Laira é mãe de Ana Júlia, diagnosticada com a doença aos 7 anos. Após se submeter a tratamentos exaustivos e cirurgias, a menina, já com 10 anos, precisava do tratamento com o betadinutuximabe, que custaria em torno de R$ 2 milhões. A mãe utilizou a internet, alugou carros de som e chegou a acionar a Justiça. Mas o tempo, segundo a própria Laira, foi um inimigo implacável – Ana Júlia faleceu em 2023, antes de ter acesso ao remédio.



“Foi aprovado! O Qarziba [nome comercial do betadinutuximabe] vai ser implementado no SUS. Para que nenhuma criança mais sofra como a minha Ana Júlia e como outras crianças. Estou muito emocionada”, disse Laira, em vídeo postado em seu perfil no Instagram.


Em homenagem à filha, a jovem fundou o Instituto Ana Júlia, com o objetivo de oferecer assistência para crianças com câncer e doenças raras. A entidade, presidida por Laira, também arrecada fundos para a compra de medicações consideradas vitais para crianças em tratamento contra o câncer. “Estou muito feliz! Hoje é um dia memorável, que vai mudar a história do neuroblastoma no Brasil”, completou.


A ginecologista e obstetra Carla Franco também celebrou a recomendação de incorporação ao SUS do betadinutuximabe para o tratamento do neuroblastoma de alto risco. Em seu perfil no Instagram, ela lembrou que o protocolo para a doença no Brasil não era atualizado havia dez anos e destacou o alto custo do remédio.



“A medicação mais cara usada na oncologia pediátrica foi finalmente incluída no SUS”, postou. Além do conhecimento adquirido como profissional de saúde, Carla tem uma filha diagnosticada com neuroblastoma. Chamada Linda, a menina, de apenas 4 anos, já passou por rodadas de quimioterapia, cirurgia para retirada do tumor e dois autotransplantes de medula.


Nas redes sociais, a médica explicou o que muda, a partir de agora, com a recomendação de incorporação do medicamento na rede pública.


“Na teoria, os pacientes do SUS que não faziam [uso do betadinutuximabe] vão poder fazer. E o plano de saúde tem que cobrir, sem [necessidade de recorrer à] Justiça”, destacou a médica.


A própria Carla enfrentou dificuldades para garantir a cobertura da medicação pelo plano de saúde contratado pela família. Segundo ela, Linda precisava iniciar o uso do Qarziba no dia 8 de julho. Após acionar a operadora em diversos momentos, o tratamento com o remédio foi iniciado apenas em agosto. Há uma semana, a menina concluiu o ciclo de dez dias de administração do betadinutuximabe, recebeu alta médica e já está em casa.


Em janeiro deste ano, a antropóloga e diretora do Ministério dos Povos Indígenas, Beatriz Matos, lançou uma campanha para arrecadar recursos em prol do tratamento do filho Pedro, de 5 anos, também diagnosticado com neuroblastoma. A família já havia vivido outro drama: o pai de Pedro é o indigenista Bruno Pereira, assassinado em 2022.


O menino precisou ser submetido a um transplante de medula. A etapa seguinte do tratamento foi o uso do betadinutuximabe. A mobilização em favor da vida de Pedro revelou o drama de famílias como a de Ana Júlia e a de Linda, além de muitas outras.


O neuroblastoma é o terceiro tipo de câncer mais recorrente entre crianças, perdendo apenas para a leucemia e tumores cerebrais. Figura ainda como tumor sólido extracraniano mais comum entre crianças, representando entre 8% e 10% de todos os tumores infantis. O aumento do volume abdominal é um dos sintomas da doença. Por esse motivo, o tumor pode ser descoberto a partir de queixas da criança relacionadas a dores na barriga ou mesmo incômodo no tórax. Pesquisas mostram que o problema, normalmente, aparece até os 5 anos e pode acometer, inclusive, recém-nascidos.



Entenda

Nesta quinta-feira (5), a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) recomendou a incorporação do betadinutuximabe para o tratamento de neuroblastoma de alto risco na rede púbica. Na prática, a decisão significa que o remédio passará a integrar o rol de medicamentos custeados e distribuídos pelo SUS. A condição estabelecida para que a medicação seja administrada na rede pública é que o paciente tenha sido previamente tratado com quimioterapia e alcançado pelo menos uma resposta parcial, seguida de terapêutica mieloablativa e transplante de células tronco.


O pedido de incorporação do betadinutuximabe ao SUS foi submetido à Conitec em janeiro deste ano pelo próprio fabricante do Qarziba, o laboratório Recordati. À época, a farmacêutica defendeu que a medicação fosse indicada para pacientes a partir dos 12 meses de vida, que já tenham sido tratados com quimioterapia de indução e que tenham alcançado pelo menos uma resposta parcial, seguida de terapêutica mieloablativa e transplante de células tronco; e também para pacientes com história de recidiva ou neuroblastoma refratário, com ou sem doença residual.


O laboratório argumentou que o medicamento foi utilizado em estudos clínicos realizados a partir de 2009 em pelo menos 126 centros envolvendo mais de mil pacientes em 18 países. “A imunoterapia anti-GD2, como é o Qarziba, não apenas melhora a sobrevida, como também reduz o risco de que todos os tratamentos anteriores pelos quais esses pacientes passam falhem com recidiva”, detalhou Recordati.


No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o uso do betadinutuximabe em 2021. À época, o medicamento foi indicado pela autarquia para o tratamento de neuroblastoma de alto risco em pacientes a partir dos 12 meses. Como não havia passado pela aval da Conitec ainda, o tratamento com o remédio no país só era possível via rede privada e, conforme relatos de pacientes e familiares, mediante muita insistência junto a operadoras de planos de saúde e processos de judicialização.


Agência Brasil

Na despedida de Luis Suárez, Uruguai só empata com o Paraguai pelas Eliminatórias Sul-Americanas

 

                                             Foto; Reprodução


Nesta sexta-feira, em confronto válido pela sétima rodada das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo e última partida de Luis Suárez com as cores do Uruguai, a Celeste recebeu o Paraguai no Estádio Centenário e empatou por 0 a 0.


Com o resultado, o Uruguai chegou aos 14 pontos, na segunda colocação da tabela, atrás apenas da líder Argentina, que tem 18. Já o Paraguai alcançou os seis somados, na sétima posição.


Suárez encerrou no embate de hoje seu ciclo com a seleção uruguaia, pela qual estreou em 2007. Maior artilheiro da história Celeste, marcou 69 gols em 143 partidas, média próxima a um tento a cada dois compromissos, e conquistou a Copa América de 2011.


O Uruguai volta aos gramados na próxima terça-feira, às 19h (de Brasília), quando visita a Venezuela, no Monumental de Maturín. No mesmo dia, às 21h30, o Paraguai recebe a Seleção Brasileira, no Defensores del Chaco. Ambos os duelos serão válidos pela oitava rodada das Eliminatórias.


O Paraguai quase inaugurou o placar logo aos doze minutos do primeiro tempo. Em rápida troca de passes na intermediária, Enciso recebeu, limpou o marcador e finalizou alto, forte. No entanto, a bola bateu na trave do goleiro Rochet.


Aos 18 minutos da etapa inicial, foi a vez o Uruguai responder. Após jogada de contra-ataque pela direita, Suárez se livrou do defensor paraguaio na área e arrematou de voleio, mas também parou no poste e não conseguiu balançar as redes em sua despedida.


Gazeta Esportiva

Preço da cesta básica cai pelo 3º mês consecutivo e chega a R$ 714 em Campo Grande

 

                                            (Foto: Gilson Abreu/AEN)


Produto com maior aumento foi a banana, de 8,41%, e com a maior redução foi da batata, com -29,04%


Com queda pelo terceiro mês seguido, a cesta básica em Campo Grande chegou a R$ 714,60. O valor é equivalente a 111 horas de trabalho do campo-grandense, conforme mostrou o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), nesta quinta-feira (5).


A capital sul-mato-grossense tem a 5ª cesta básica mais cara dentre as capitais pesquisadas pelo departamento, valor abaixo apenas das capitais São Paulo (R$ 786,35), Florianópolis (R$ 756,31), Rio de Janeiro (R$ 745,64) e Porto Alegre (R$ 740,82).


O levantamento indica que 5 dos 14 itens analisados mensalmente apresentaram alta no preço em agosto, veja abaixo:


Produtos com aumento de valor:


Banana: 8.41%

Café: 3,38%

Farinha de trigo: 1,80%

Produtos com queda de preço:


Batata: -29,04%

Tomate: -6,96%

Leite de caixinha: -3,62%

A pesquisa ainda compara o custo dos alimentos com o salário mínimo. Considerando o valor de R$ 1.121,10, a cesta básica em Campo Grande compromete 56,65% do valor.

Inteligência artificial vai combater fraudes e vazamentos de água em Campo Grande

 

                                               (Foto: Divulgação)


A Águas Guariroba ainda não divulgou uma previsão para a implementação da nova tecnologia em larga escala


Uma revolução tecnológica está prestes a transformar a gestão de água em Campo Grande. Pesquisadores da UFMS e a startup Damine Tecnologia, em parceria com a Águas Guariroba, desenvolveram uma inteligência artificial capaz de identificar fraudes em ligações de água e detectar vazamentos no sistema de abastecimento. A ferramenta, que utiliza imagens de satélite e drones, promete otimizar a distribuição de água e reduzir perdas significativas.


A nova tecnologia funciona através de um complexo sistema de análise de dados. Inicialmente, drones sobrevoam a cidade, capturando imagens de alta resolução dos telhados das casas. Essas imagens são combinadas com dados de satélites e processadas por algoritmos de inteligência artificial. A partir dessa análise, é possível identificar padrões de consumo e detectar possíveis irregularidades.


“A inteligência artificial é capaz de identificar, por exemplo, casas com piscinas que apresentam um consumo de água abaixo da média. Isso pode indicar a existência de uma ligação clandestina”, explica Ruben Barros Godoy, professor coordenador do projeto. “Além disso, a tecnologia também consegue detectar vazamentos subterrâneos, que muitas vezes passam despercebidos e causam um grande desperdício de água.”


A implementação dessa tecnologia traz diversos benefícios para a população de Campo Grande. Entre eles, destacam-se:


Benefícios para a população:


Redução de perdas: A identificação de fraudes e vazamentos permite reduzir significativamente as perdas de água, garantindo um abastecimento mais eficiente.

Otimização da distribuição: Com dados mais precisos sobre o consumo de água, é possível otimizar a distribuição, evitando a falta d’água em algumas regiões.

Redução de custos: A redução das perdas e a otimização da distribuição resultam em uma redução dos custos operacionais da concessionária, o que pode refletir em tarifas mais justas para os consumidores.

Combate ao desperdício: A tecnologia incentiva o uso consciente da água, combatendo o desperdício e contribuindo para a preservação dos recursos hídricos.

Próximos passos:


A Águas Guariroba ainda não divulgou uma previsão para a implementação da nova tecnologia em larga escala. No entanto, a empresa já demonstra grande interesse na ferramenta e reconhece o seu potencial para melhorar a qualidade do serviço prestado aos consumidores.


“O estudo agregado aos dados internos, como matrículas ativas e inativas e padrão de consumo, colabora com a qualidade de análise comercial e operacional, pois, indiretamente, podemos utilizar os dados para identificar padrões de consumo de clientes”, afirma a concessionária em nota.

Bahia e torcedores são punidos por cânticos homofóbicos; Grêmio perde atacante e Renato Gaúcho

 

                                           Reprodução: Esporte Clube


Ainda foi relatada a expulsão de Renato Gaúcho por abandonar o campo com os jogadores reservas em protesto contra decisão da arbitragem, após a expulsão de Diego Costa


O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) não aliviou para Bahia e Grêmio em jogo com confusão, homofobia e expulsões na Arena Fonte Nova, em Salvador, pelo Brasileirão. Os baianos terão de pagar multa e ficarão sem os torcedores discriminatórios por 720 dias nos estádios, enquanto o prejuízo aos gaúchos causa mais impacto no campo, com suspensão de Renato Gaúcho por quatro jogos, de Diego Costa por dois e de Nathan por um, já cumprida.


A confusão ocorreu em duelo da quarta rodada. O árbitro relatou na súmula que Diego Costa recebeu o cartão vermelho direto por ofender verbalmente a arbitragem e cita que o jogador apresentou resistência para deixar o campo, partindo na direção do quarto árbitro. Nathan recebeu o vermelho após o fim da partida por se dirigir a arbitragem fazendo gesto de roubo com as mãos.


Ainda foi relatada a expulsão de Renato Gaúcho por abandonar o campo com os jogadores reservas em protesto contra decisão da arbitragem, após a expulsão de Diego Costa. Vídeos flagraram torcedores do Bahia entoando cântico discriminatório contra a torcida gaúcha.


"Diego Costa estava no banco de reservas, distante do árbitro e seria humanamente impossível se dirigir a ele. Diego se sentiu injustiçado e foi entender o motivo da expulsão. A defesa vem pedir absolvição ou, no máximo, advertência pela baixa gravidade O técnico Renato Gaúcho a única coisa que fez foi defender os atletas. A atitude dele em nenhum momento foi contrariar a ética e sim defender os atletas dele. Viu que a expulsão do Diego Costa foi de forma arbitrária e ele retirou os atletas de perto do quarto árbitro para não perder mais ninguém", fez a defesa do Grêmio a advogada Ana Linhares.



"Existe um departamento que visa promover e conscientizar seus torcedores contra qualquer tipo de atos discriminatórios. Existem várias ações do Bahia desde 2019 inclusive no combate a homofobia e o clube nunca foi denunciado por este ato. A prevenção praticada pelo clube é nítida", disse o advogado Rodrigo Daebs, pelo Bahia. "O Bahia notificou o reprodutor do vídeo e suspendeu o identificado. Seria uma injustiça ser condenado o clube por atos que ele combate."


A Terceira Comissão Disciplinar do STJD não aceitou as alegações e optou por penalizações exemplares. "Por maioria dos votos, os auditores puniram o Bahia com multa de R$ 20 mil por cânticos homofóbicos e proibiram os torcedores identificados a comparecerem ao estádio por 720 dias. Já o Grêmio teve o atleta Diego Costa suspenso por duas partidas, Nathan punido com uma partida de suspensão e o técnico Renato Gaúcho punido com quatro partidas de suspensão. A decisão é de primeira instância e deve chegar ao Pleno, última instância nacional", informou o STJD. Os clubes vão recorrer.


Estadão conteúdo

Em estreia de Estêvão, Brasil vence Equador com gol de Rodrygo e volta a pontuar nas Eliminatórias

 

                                              Foto: Mauro Pimentel AFP


A Seleção Brasileira venceu o Equador por 1 a 0 na noite desta sexta-feira, no Couto Pereira, pela 7ª rodada das Eliminatórias Sul-Americanas. O triunfo que contou com gol de Rodryo marcou a estreia da promessa Estêvão, do Palmeiras, pelo Brasil. O time treinado por Dorival Jr. voltou a pontuar na competição depois de três derrotas seguidas.


Sem ser brilhante, o Brasil controlou a partida e teve consistência defensiva contra um Equador que pouco ofereceu perigo. No ataque, Rodrygo fez a diferença com chute de fora da área na primeira etapa e garantiu a vitória brasileira.


Com o resultado positivo, o Brasil subiu para a 4ª posição das Eliminatórias, com 10 pontos conquistados. Já o Equador se encontra na 6ª colocação, com oito unidades.


Na próxima terça-feira, o Brasil visita o Paraguai às 21h30 (de Brasília), também pelas Eliminatórias. Já a seleção equatoriana recebe o Peru no mesmo dia, às 18 horas.


O jogo


O primeiro tempo foi marcado pelo controle da Seleção Brasileira. Com o domínio da posse de bola, a equipe de Dorival Jr. assustou pela primeira vez aos 22 minutos, com Vini Jr., que recebeu passe em profundidade de André e foi travado na "hora H" pela defesa adversária.


Aos 30, o Brasil abriu o placar com Rodrygo, que recebeu passe de Lucas Paquetá na entrada da área, limpou a marcação e finalizou com desvio para "matar" o goleiro Galíndez.


Aos 48 minutos, o Equador teve sua única chance de perigo na primeira etapa. Kevin Rodriguez arrancou pela esquerda e assistiu Caicedo, que primeiro finalizou para defesa de Alisson e depois teve arremate cortado por Gabriel Magalhães.


Segundo tempo


O Brasil começou a etapa final em ritmo lento, abaixando as linhas de marcação. A primeira investida brasileira veio aos 20 minutos, com Vini Jr., que finalizou sem grandes problemas para defesa de Galíndez. Aos 27, o atacante do Real Madrid recebeu passe de Estêvão, driblou o goleiro adversário, mas chutou nas redes do lado de fora.


Até o apito final, o Equador esboçou uma pressão final contra um recuado Brasil, mas pouco assustou a meta de Alisson. Mesmo com as mexidas de Dorival, a Seleção pouco fez para ampliar a vantagem.


FICHA TÉCNICA

BRASIL 1 X 0 EQUADOR


Local: estádio Couto Pereira, em Curitiba (PR)

Data: 6 de setembro de 2024, sexta-feira

Hora: 22h (de Brasília)

Árbitro: Facundo Tello (ARG)

Assistentes: Ezequiel Brailosky (ARG) e Gabriel Chade (ARG)

VAR: Silvio Trucco (ARG)

Cartões amarelos: Lucas Moura (Brasil)

Cartões vermelhos: nenhum


Gols: Rodrygo, aos 30 do 1ºT (Brasil)


BRASIL: Alisson; Danilo, Marquinhos, Gabriel Magalhães e Guilherme Arana (Wendell); André (João Gomes), Bruno Guimarães (Gerson) e Lucas Paquetá (Lucas Moura); Rodrygo, Luiz Henrique (Estêvão) e Vinicius Junior

Técnico: Dorival Júnior


EQUADOR: Galíndez; Félix Torres, Hincapié e Estupiñán; Alan Franco, Moisés Caicedo, Jhegson Méndez (Gruezo) e Estupiñán (Medina); Kevin Rodriguez (Mercado), Valencia (Yeboah) e Sarmiento (Kendry Páez)

Técnico: Sebastián Beccacece

MS disputa Futsal sub 17 em Vrasilia no Masculino e Feminiino

 



Mato Grosso do Sul participará do Campeonato Brasileiro de Futsal Escolar Sub-17, nos gêneros feminino e masculino, em Brasília (DF), entre os dias 7 e 15 de setembro. A delegação sul-mato-grossense é coordenada pelo Governo de Mato Grosso do Sul, por meio da Fundesporte (Fundação de Desporto e Lazer) e Setesc (Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura), e será composta por 20 atletas, dois dirigentes e dois técnicos.


O objetivo principal do campeonato é incentivar a prática esportiva entre jovens de 15 a 17 anos, especialmente os estudantes das redes públicas e privadas de ensino de todo o país. Além disso, busca promover ampla mobilização da juventude estudantil brasileira em torno do esporte, estimulando valores como disciplina, cooperação e superação.


A competição é organizada pelo Ministério do Esporte em parceria com a Secretaria de Esporte e Lazer do Distrito Federal e a Federação Regional do Desporto Escolar do DF, e apoio da CBFS (Confederação Brasileira de Futebol de Salão).


Secretário de Estado de Turismo, Esporte e Cultura, Marcelo Miranda destacou a relevância da modalidade no Brasil. “O futsal é o esporte mais praticado no país, e também conta com muitos adeptos ao redor do mundo. Entendemos que investir na base é essencial para formarmos, no futuro, atletas sul-mato-grossenses de alto rendimento na modalidade”.


O diretor-presidente da Fundesporte, Paulo Ricardo, complementou que “o esporte escolar tem um papel fundamental no desenvolvimento dos nossos jovens atletas e na expansão da prática esportiva em Mato Grosso do Sul. A promoção de competições nacionais como essa motiva os nossos atletas a se destacarem cada vez mais, buscando a excelência em suas trajetórias esportivas”.


Bel Manvaile

Foto: Arquivo/Fundesporte

Preços do milho sobem em Chicago

 

                                                  Foto: Divulgação                    

Índia muda rumo e impacta mercado global de milho

Segundo dados da análise semanal da Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (Ceema), o mercado de milho viu um aumento nos preços na primeira semana de setembro. Em Chicago, o contrato para o primeiro mês de negociação fechou a quinta-feira (5) cotado a US$ 3,90 por bushel, alta em relação aos US$ 3,71 da semana anterior. A média de agosto foi de US$ 3,76, marcando uma queda de 5,5% em comparação com julho. Em termos anuais, a média de agosto de 2024 é significativamente menor do que os US$ 4,75 por bushel registrados em agosto de 2023, representando uma redução de um dólar por bushel em 12 meses.


Nos Estados Unidos, o milho se apresenta em 65% das lavouras em condições entre boas e excelentes, 23% em condições regulares e 12% em condições ruins a muito ruins, de acordo com os dados mais recentes.


Na Índia, uma mudança política está impactando o mercado global de milho. O país decidiu aumentar a produção de etanol à base de milho, transformando-se em importador líquido de milho pela primeira vez em décadas. Em janeiro, a Índia elevou o preço de aquisição do etanol feito de milho para incentivar a substituição do etanol de cana-de-açúcar. Como resultado, a demanda interna por milho cresceu, e os consumidores de ração pressionam o governo a eliminar impostos sobre importações e a retirar a proibição de milho geneticamente modificado.



Tradicionalmente, a Índia exportava entre 2 e 4 milhões de toneladas de milho, mas em 2024, as exportações deverão cair para 450.000 toneladas, enquanto o país deve importar um recorde de 1 milhão de toneladas, principalmente de Mianmar e Ucrânia, que cultivam milho não transgênico. A demanda interna aumentou devido ao uso crescente de milho nas destilarias de etanol, após a restrição ao uso de cana-de-açúcar como combustível devido a uma seca. A Índia pretende aumentar a participação do etanol na gasolina de 13% para 20% até 2025/26, o que exigirá mais de 10 bilhões de litros de etanol. No corrente ano, cerca de 3,5 milhões de toneladas de milho foram usadas para produzir 1,35 bilhão de litros de etanol, um aumento significativo em relação ao ano anterior.



Preço da cesta de alimentos cai 4% no Rio Grande do Sul

 

                                              Foto: Pixabay

Valores ainda estão acima dos níveis pré-enchentes

O Preço da Cesta de Alimentos da Receita Estadual (PCA-RE), que representa 98% do consumo dos gaúchos, encerrou agosto em R$ 254,32, marcando uma redução de 4% em comparação a junho, quando os preços refletiram os efeitos das enchentes. Apesar dessa queda, o valor médio ainda está ligeiramente acima dos R$ 247,69 registrados em abril, antes das inundações.


O Boletim de Preços Dinâmicos da Receita Estadual, divulgado pela Secretaria da Fazenda (Sefaz), aponta que a região Jacuí Centro teve o menor preço médio da cesta, com R$ 233,82. Por outro lado, a região das Hortênsias apresentou o custo médio mais alto, de R$ 298,77. Na Região Metropolitana de Porto Alegre, a cesta foi avaliada em R$ 252,80, abaixo da média estadual.


Entre os grupos alimentícios, as hortaliças foram as que mais reduziram de preço, com uma queda de 35%, atingindo R$ 5,98 em agosto, comparado aos R$ 9,12 de maio. O preço das frutas também caiu em relação às enchentes, embora tenha aumentado 4% em relação a julho. A cesta de frutas mais barata foi encontrada na região Norte, com R$ 6,41, enquanto a mais cara foi na região Sul, com R$ 8,36.


A batata-inglesa registrou a maior queda de preço, com o quilo a R$ 6,68, uma redução de 26% em relação ao mês anterior e 30% em comparação a maio, quando o preço médio foi de R$ 9,49. O menor preço do tubérculo foi de R$ 5,60, na região da Fronteira Oeste.



O tomate também teve uma redução, com média de R$ 4,99 em agosto, representando uma queda de 50% em relação a maio. O arroz foi comercializado a R$ 5,58, 4% abaixo do pico registrado durante as enchentes, e o feijão preto atingiu o menor preço do ano, com média de R$ 7,79, marcando uma queda de 13% em relação a maio.


Entre os cortes de carne, a paleta manteve o preço de R$ 27,90 por quilo, e a carne moída de segunda teve uma média de R$ 26,49. O ovo de galinha teve uma redução de 11% em agosto em comparação a maio, e o leite caiu para R$ 4,69, uma redução média de R$ 0,10.


O Boletim de Preços Dinâmicos da Receita Estadual é divulgado mensalmente e fornece informações sobre os preços médios dos alimentos em todas as regiões do Estado. A ferramenta, que atualmente oferece atualizações mensais, passará a disponibilizar dados diários em breve.


Exportações de carne de frango atingem maior preço

 

                                            Foto: Divulgação

“O preço médio foi fortemente influenciado pelo crescimento dos embarques"

Em agosto de 2024, o preço médio das exportações brasileiras de carne de frango atingiu US$ 2.089 por tonelada, 8,9% a mais que no ano anterior, conforme a ABPA. Foram exportadas 379,8 mil toneladas, uma queda de 12,3% em volume, enquanto a receita foi de US$ 793,6 milhões, 4,5% menor. Em Reais, a receita cresceu 8,1%, alcançando R$ 4,406 bilhões.


De janeiro a agosto de 2024, o Brasil exportou 3,432 milhões de toneladas de carne de frango, uma queda de 1,8% em relação ao mesmo período de 2023. A receita somou US$ 6,319 bilhões, 7,8% inferior ao ano anterior. Em Reais, a receita foi de R$ 33,004 bilhões, 4,1% menor. Segundo Ricardo Santin, presidente da ABPA, o fluxo de embarques mantém uma média mensal de 430 mil toneladas, semelhante a 2023.


Em agosto, os Emirados Árabes lideraram as importações de carne de frango do Brasil com 39,2 mil toneladas, uma queda de 17%. O Japão aumentou suas importações em 32%, chegando a 39 mil toneladas. A África do Sul cresceu 11% com 28,1 mil toneladas, enquanto a Arábia Saudita e a China registraram quedas de 28% e 69%, respectivamente. No Brasil, o Paraná foi o maior exportador com 161,2 mil toneladas (-2,7%), seguido por Santa Catarina (84,2 mil, -14,1%), Rio Grande do Sul (37,8 mil, -42,5%), São Paulo (23,8 mil, -3,1%) e Goiás (17,8 mil, +4,3%).



“O preço médio foi fortemente influenciado pelo crescimento dos embarques para mercados com alto valor agregado, como o Japão. Por outro lado, houve perda de janela de embarques em determinados portos, especialmente em Paranaguá, onde há grande represamento de fluxo logístico. Colaborou para o resultado menor, também, efeitos pontuais da Doença de Newcastle, especialmente nos embarques para a China e o México”, destaca Santin.


sexta-feira, 6 de setembro de 2024

Veículo com mais de 3 mil celulares sem documentação fiscal é apreendido na BR-262

                                           (Foto: Divulgação PRF)



 O condutor foi preso e encaminhado, junto ao caminhão e a carga, à Polícia Federal em Três Lagoas (MS)


Na quinta-feira (5), a Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu 3.380 celulares sem documentação fiscal, em Água Clara (MS).


Os policiais fiscalizavam na BR-262, quando abordaram um caminhão VW/29.520. Durante a vistoria do veículo e da carga, foram encontradas várias caixas de papelão que eram diferentes da carga de ferro gusa, declarada pelo motorista.


Após conferência, foram apreendidos 3.380 celulares e cinco videogames sem documentação fiscal.


O condutor foi preso e encaminhado, junto ao caminhão e a carga, à Polícia Federal em Três Lagoas (MS)

Morre Sergio Mendes, que espalhou a música brasileira pelo mundo, aos 83 anos

 

                                           O pianista e arranjador Sergio Mendes

Músico e compositor ajudou a divulgar a bossa nova e o samba pelo mundo e colecionou recordes nas paradas americanas

Morreu nesta sexta-feira, aos 83 anos, o pianista, compositor e arranjador Sergio Mendes, grande nome do samba-jazz conhecido por levar a música brasileira para o exterior.


Nascido em Niterói, no Rio de Janeiro, em 1941, Mendes se matriculou ainda jovem no conservatório de música da cidade. Aos 15 anos, estudou música erudita com Carmelita Lago e, já adulto, se interessou pelo jazz e passou a frequentar o Beco das Garrafas, berço da bossa nova em Copacabana.


O músico começou sua carreira musical ao lado de grandes artistas como Tom Jobim, Vinicius de Moraes e Baden Powell. Em 1959, ele montou seu primeiro grupo, o Bossa Rio. Em 1961, participou do 3º Festival Sul-Americano de Jazz no Uruguai, já com outra formação, o Brazillian Jazz Sextet, que estreou com o disco "Dance Moderno", com regravações de canções de artistas importantes da bossa nova.


Em 1962, ele participou do concerto concerto histórico de músicos brasileiros de bossa nova no Carnegie Hall, em Nova York, evento que lançou o gênero musical brasileiro ao mundo. Em 1964, se mudou para Los Angeles, nos Estados Unidos fugindo da perseguição da ditadura militar.


Mendes falou sobre a mudança em uma entrevista à Folha em 2021, quando John Scheinfeld lançou o documentário "Sérgio Mendes no Tom da Alegria", sobre o músico. O compositor conta que recebeu um convite do saxofonista americano Cannonball Adderley, que o viu tocar no Carnegie Hall, para gravar um disco.


"Eu não podia acreditar no que estava acontecendo. Era um dos meus ídolos me convidando para trabalhar com ele. Tive muitos encontros assim na vida", conta Mendes. "Fui convidado para turnês com Frank Sinatra, Fred Astaire. Foram experiências maravilhosas.".


Nos anos 1960, entre o Brasil e os Estados Unidos, Mendes viveu seu momento mais produtivo, lançando ao todo oito discos e inaugurando, em 1966, o grupo Brasil’ 66, apresentado ao mundo com o disco "Herb Alpert Presents Sergio Mendes & Brazil 66", do mesmo ano, seu primeiro grande sucesso no exterior, que vendeu mais de um milhão de cópias.


Entre as músicas do álbum, está sua versão de "Mas Que Nada, de Jorge Ben Jor", dada de presente pelo colega ao pianista, que fez sucesso nas paradas americanas e até hoje é usada em trilhas de filmes internacionais e ganha novas regravações.


O cantor conquistou elogios de Paul McCartney com seu "Fool on The Hill", disco de 1968 nomeado a partir da canção dos Beatles. Em 1970, a cantora Gracinha Leporace foi morar nos Estados Unidos com Mendes. Ela substituiu a vocalista americana do Brasil ’66, Lani Hall. Na mesma década, o músico saiu em turnê internacional.


Em 1993, ganhou o Grammy de música internacional com "Brasileiro", álbum com canções de Carlinhos Brown. Em 2012, compositor e cantor concorrem juntos ao Oscar pela música "Real in Rio", da animação "Rio", do diretor Carlos Saldanha.


Em seu Instagram, o americano Herb Alpert, que ajudou a lançar Mendes no exterior, homenageou o amigo, que chamou de seu irmão de outro país. "Ele foi um verdadeiro amigo e músico extremamente talentoso que trouxe a música brasileira em todas as suas formas para o mundo inteiro com elegância e alegria", escreveu.

Silvio Almeida é demitido por Lula após denúncia de assédio sexual

 

                                          Foto Bruno Spada/Câmara dos Deputados)


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu demitir Silvio Almeida do cargo de ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania. A decisão foi divulgada na noite desta sexta-feira (6/9), pouco mais de 24 horas depois do Movimento Me Too ter revelado denúncias de assédio sexual contra Almeida. Uma das vítimas seria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. 


O ministro Silvio Almeida foi chamado na noite de quinta-feira (5/9) para prestar esclarecimentos ao controlador-geral da União, Vinícius Carvalho, e ao advogado-geral da União, Jorge Messias. A Comissão de Ética da Presidência da República decidiu abrir de ofício um procedimento de apuração. O governo federal afirmou que reconhece a gravidade das denúncias.


Confira íntegra da nota


Diante das graves denúncias contra o ministro Silvio Almeida e depois de convocá-lo para uma conversa no Palácio do Planalto, no início da noite desta sexta-feira (6), o presidente Lula decidiu pela demissão do titular da Pasta de Direitos Humanos e Cidadania.


O presidente considera insustentável a manutenção do ministro no cargo considerando a natureza das acusações de assédio sexual.


A Polícia Federal abriu de ofício um protocolo inicial de investigação sobre o caso. A Comissão de Ética Pública da Presidência da República também abriu procedimento preliminar para esclarecer os fatos.


O Governo Federal reitera seu compromisso com os Direitos Humanos e reafirma que nenhuma forma de violência contra as mulheres será tolerada.



Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República

Senadora Tereza Cristina critica ministro Silvio Almeida e pede afastamento após acusações de assédio sexual

 

                                              Foto: O Globo



A senadora Tereza Cristina (Progressistas) criticou o ministro da Igualdade Racial, Silvio Almeida, em meio a acusações de assédio sexual feitas por colegas de ministério. A parlamentar afirmou que o assédio contra mulheres é inaceitável em qualquer circunstância.


"A situação se agrava quando a acusação envolve um ministro dos Direitos Humanos, o que nos coloca em um cenário de extrema gravidade", declarou a senadora. Tereza Cristina defendeu que Silvio Almeida deveria se afastar do cargo para se defender das acusações e preservar a credibilidade do ministério.

Gaeco cumpre mandados em MS

 


Agentes do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), em conjunto com o Ministério Público de São Paulo (MP/SP), deflagraram, na manhã desta sexta-feira (6), uma operação contra integrantes de uma facção criminosa que se infiltraram na cena política de cidades do interior de São Paulo. Em Mato Grosso do Sul, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em Dourados e em mais 12 municípios.


De acordo com as investigações, criminosos que fazem parte do Primeiro Comando da Capital (PCC) estavam envolvidos com o tráfico de drogas e se infiltrando na política, utilizando políticos influentes no município de Araçatuba (SP). Após o esclarecimento de alguns homicídios ocorridos no interior paulista, os agentes do Gaeco descobriram as atividades dos criminosos.


Conforme apuração do jornal O Estadão, os políticos se organizaram e fizeram manifestos contra as legislações que autorizavam as saídas temporárias de presídios.


Com o objetivo de desarticular a organização criminosa, foram cumpridos 35 mandados de prisão temporária em 104 endereços em cidades do interior paulista, como Araçatuba, Rosana, Birigui, Penápolis, São Paulo, Paraguaçu Paulista, Assis e Anhumas. Em Mato Grosso do Sul, foram cumpridos mandados em Dourados (MS), todos expedidos pela Justiça de Araçatuba.



Nas operações, participaram 424 policiais civis e militares, com o apoio de helicópteros, policiais penais, agentes do Gaeco/MS, quatro promotores de Justiça e sete servidores do Ministério Público.


As buscas foram realizadas no Centro de Detenção Provisória de São José do Rio Preto, no Centro de Progressão Penitenciária de Valparaíso e na Penitenciária de Lavínia, onde estão custodiados líderes do PCC que distribuem ordens para crimes em municípios do interior paulista. 



João Gabriel Vilalba

Com o Portal Correio do Estado


 

Reprodução na pecuária: método inovador alia física e medicina veterinária

 

                                            Foto: Divulgação


 Grupo de pesquisadores do Instituto de Física e da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia se uniram para melhorar a taxa de sucesso da inseminação artificial



Técnica beneficia sustentabilidade

Sustentabilidade é a palavra de ordem para muitos setores produtivos, inclusive para a pecuária. Em um mercado altamente competitivo e exigente, soluções se fazem necessárias para produzir mais e com mais qualidade, utilizando-se menos recursos naturais. Uma forte aliada na melhora da produção do rebanho tem sido a inseminação artificial, pois contribui para o aumento na taxa de prenhez (número de vacas gestantes), melhoria genética e padronização do rebanho, redução do custo do bezerro produzido, aumento da margem do produtor, entre outros benefícios.


Para tornar essa técnica ainda mais eficiente, um grupo de pesquisadores do Instituto de Física (Infi) e da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (Famez) da UFMS aliaram seus conhecimentos para desenvolver um método que representa um importante avanço científico e tecnológico para esse setor produtivo. Trata-se da utilização da espectroscopia de infravermelho e algoritmos de aprendizado de máquina para identificar precocemente fêmeas bovinas de alta fertilidade.



Liderados pelos professores Cícero Rafael Cena da Silva, do Infi, e Gustavo Guerino Macedo, da Famez, eles utilizaram a espectroscopia de infravermelho por transformada de Fourier (FTIR) para analisar amostras de soro sanguíneo de vacas Nelore antes da inseminação artificial (IA). Por meio da análise dos espectros obtidos e da aplicação de algoritmos de aprendizado de máquina, foi possível discriminar com 100% de precisão antes da inseminação, as fêmeas que ficaram ou não gestantes, 30 dias após o procedimento.


A identificação precoce de fêmeas com alta fertilidade é crucial para aumentar as taxas de sucesso da inseminação artificial, uma vez que a fertilidade da fêmea é influenciada por diversos fatores, incluindo idade, condição corporal e níveis hormonais, por exemplo. Desta forma, a pesquisa aborda um dos grandes desafios da reprodução bovina: o sucesso da inseminação artificial, essencial para a sustentabilidade econômica da indústria pecuária.


“Pode parecer inusitado, mas esse tipo de união entre a Física e a Medicina Veterinária e a Zootecnia, trabalhando lado a lado, está revolucionando a forma como produzimos alimentos. No nosso caso, a vantagem é a precisão da identificação fornecida pela Física, por meio da análise da luz que interage com o soro dos animais, conseguimos saber se uma vaca vai ficar gestante antes mesmo de inseminá-la”, ressalta Gustavo. Ele já atuava com inovação antes de ingressar no corpo docente da Famez e, ao chegar na UFMS em 2019, buscou parcerias junto ao Infi para dar continuidade aos estudos e pesquisas com foco no desenvolvimento de novos produtos e processos.



Gustavo lembra que o setor pecuário em 2023 registrou um PIB de quase R$ 1 trilhão, e só ele maior que o PIB de 138 países, segundo o Fundo Monetário Internacional, Banco Mundial e Organização das Nações Unidas. Isto porque há quase 90 milhões de fêmeas bovinas aptas a reprodução. “As soluções não são difíceis de serem obtidas e é um dinheiro muito grande que está na mesa”, conta. “A identificação precoce do animal produtivo é fundamental para otimizar a produção de alimento, de carne, de leite, além da saúde dos animais. Além disso, também vai melhorar o nosso entendimento dos processos biológicos dos animais, identificar doenças mais cedo, oferecer tratamento mais eficaz e personalizado, reduzindo uso de antibióticos e emissão de carbono, resultando, consequentemente, em um animal mais saudável e mais produtivo. E nem mencionamos o mercado de pets, que é muito grande e crescente também”, diz o professor da Famez.


“Ao utilizar o nosso método, é possível também termos menor desperdício, evitando que as vacas passem por procedimentos desnecessários, reduzir o número de animais no pasto para produzir uma quantidade x de alimentos. A fazenda fica mais sustentável, o preço mais competitivo. Essa união da física com a medicina veterinária/zootecnia está nos levando para uma nova era de produção de alimentos, onde a ciência e a tecnologia andam juntas para dentro da porteira”, fala o professor Gustavo.


Ele sintetiza a importância da invenção como “uma espécie de raios-x molecular do animal que é capaz de investigar o sangue do animal e revelar seus segredos mais íntimos”. “Isso embasa um avanço gigantesco para a pecuária. O método também vai permitir identificar problemas de saúde com maior rapidez, definindo um tratamento mais eficaz e personalizado para cada animal, além de prevenir doenças, já que conseguimos identificar os que são mais suscetíveis. Temos mais bezerros nascendo a cada ano. É uma tecnologia que otimiza recursos, já que possibilita reduzir custos com alimentação, medicamentos, área de pasto, é como se fosse um GPS da reprodução animal, mostrando para o produtor o caminho mais curto para o sucesso”, enfatiza.



Após centrifugar o sangue, as alíquotas são separadas e congeladas



O professor Gustavo lembra como tudo começou. “O pessoal, para vender o bezerro ou leite, tem que fazer a vaca parir. Para isso, ela passa por uma estação reprodutiva, que chamamos de monta, e dura uns quatro meses. Porém, depois de quatro meses tentando, parte dessas fêmeas não se torna gestante, e lá se foi muito tempo, sêmen, dinheiro, pasto, etc. Ela não fica gestante e é necessário passar um tempão engordando a fêmea, pois de cara entra numa época seca para a estação de monta seguinte ou para abate. Então a questão é: seria legal se desse para olhar um lote de 200 fêmeas, por exemplo, e conseguisse identificar as boas e as ruins. Ou pelo menos, as que vão dar trabalho para emprenhar. Desta forma, a pessoa trabalharia apenas com as boas e as ruins iriam para abate, otimizando os custos”, conta.


Foi então a partir de uma conversa com o professor Cícero na qual ele contou que conseguia tirar a impressão digital do sangue. “Com certeza, as fêmeas férteis têm uma composição sanguínea, uma impressão digital do sangue diferente das inférteis”, avaliou Gustavo na época. “Começamos a desenhar o projeto de pesquisa em 2020 para um edital da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul (Fundect-MS). Após isso, decidimos iniciar os estudos independentemente dos recursos financeiros, inserindo em nossa rotina de trabalho. Em 2021, o professor Gustavo e seu orientando de doutorado em Ciências Veterinárias Willian Reis iniciaram os estudos em campo”, recorda Cícero.


“A motivação estava em buscar métodos rápidos que pudessem identificar fêmeas de alta fertilidade para melhorar a taxa de prenhez após inseminação artificial”, salienta Cícero. “Buscamos fazendas, produtores e veterinários dispostos a participar, tratamos os animais para a estação de monta, aplicando um protocolo de medicamentos. Em dias específicos, coletamos o sangue. Por exemplo, no começo do tratamento, no dia da inseminação artificial e no dia do ultrassom para diagnosticar a gestação. Centrifugamos o sangue, separamos em alíquotas, congelamos até o professor Cícero falar que estava pronto para colocar no equipamento e fazer a dosagem. Em seguida, tentando explicar de modo simples, ele montou toda a análise de dados usando modelos matemáticos e machine learning, um algorítimo de inteligência artificial, e conseguiu separar o lote em dois grupos: as que iam emprenhar e as que não iam”, relata Gustavo.


O grupo de pesquisadores é formado por dois professores e dois estudantes de doutorado do Infi e dois professores, um doutorando, um mestrando e um estudante de iniciação científica da Famez, além dos colaboradores das fazendas parceiras do Grupo Água Tirada. Já os estudos laboratoriais foram realizados no Laboratório de Reprodução Animal da Famez e no Laboratório do Sisfóton do Infi. “A colaboração com o professor Cícero tem sido fundamental para o avanço dos nossos estudos, devido à sua genialidade e expertise em arrumar soluções inovadoras e eficientes para essa linha de pesquisa em fêmeas bovinas que trabalho. Além disso, tem toda a parte de machos que a professora Eliane está a desenvolver, inclusive já tem amostras coletadas em tourinhos. Imagine as possibilidades…”, salienta o professor Gustavo.


“Trabalhar com foco no desenvolvimento de produtos voltados para o incremento da produção, através da melhoria da eficiência reprodutiva é uma demanda que o nosso laboratório sempre teve, e o objetivo de todo pesquisador é gerar benefícios à população através de suas pesquisas. A ideia de aprimorar a eficiência reprodutiva através de uma técnica que utiliza uma fonte de luz na avaliação de componentes e aliar isso com a inteligência artificial foi muito boa e nos deu o resultado esperado”, avalia o médico veterinário e, hoje, doutor em Ciências Veterinárias Willian Vaniel Alves dos Reis.



Willian apresentou resultados na Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Tecnologia de Embriões em 2023

Willian lembra que conforme os resultados surgiam o grupo ficava mais otimista em relação à pesquisa. “Íamos ficando mais contentes com a pesquisa e isso reforçava ainda mais a ideia de que a técnica poderia funcionar e se transformar em produto. Foram meses de trabalho, desde coleta de dados e materiais a campo até as análises laboratoriais e posteriores análises por algoritmos”, recorda. “Com relação à minha participação, por esse ter sido o meu trabalho de tese de doutorado, participei ativamente de praticamente todas as etapas dele, embora para mim também tivesse sido uma experiência nova com espectroscopia”, fala.


“O trabalho contribuiu significativamente, não somente com bons resultados para defesa de uma tese de doutorado, como em geração de oportunidades para minha área profissional. Tive a oportunidade de apresentar os dados (na época, ainda preliminares) em um dos maiores congressos de reprodução animal do país, tivemos uma publicação em periódico científico de alto impacto, e além disso, a experiência foi importante para que eu desse um outro passo em minha carreira acadêmica: após a defesa, fui convidado para ingressar no pós-doutorado pela Universidade de São Paulo (USP – Pirassununga), onde me encontro atualmente”, diz Willian.


Resultados



O grupo de pesquisadores está otimista em relação aos resultados da pesquisa. “Recentemente, tivemos um artigo publicado na revista Scientific Reports do grupo Nature (leia aqui), uma das mais conceituadas e foi feito pedido de depósito de patente utilizando os editais da Agência de Internacionalização e de Inovação como Método de triagem para identificação de fêmeas bovinas com maior potencial para prenhez e reprodução junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi)”, destaca o professor Cícero. O pedido foi depositado em agosto de 2023 e encontra-se sob análise.


“As expectativas são bastante positivas dada a robustez do resultado encontrado e o impacto econômico que isso pode representar para o setor pecuário no futuro. Espera-se que o método possa ser implementado futuramente na rotina de avaliação de animais para reprodução. O próximo passo é buscar parcerias com o setor produtivo para implementação da metodologia e avaliar melhorias na metodologia para explorar amostras menos invasivas e avaliar animais de outras raças e/ou submetidos a protocolos de inseminação diferentes”, finaliza Cícero.


Texto: Vanessa Amin

"Patrola" assina outro contrato milionário no interior de MS

 

O empreiteiro venceu licitação em Ladário e terá direito de faturar até R$ 3,76 milhões por ano para aluguel de máquinas pesadas e caminhões

Depois de conseguir três contratos que juntos somam R$ 25,34 milhões com a prefeitura de Corumbá, o empreiteiro André Luiz dos Santos, o André Patrola, venceu uma licitação na vizinha Ladário que pode lhe garantir outros R$ 3.767.784,24 por ano.


O contrato em Ladário, cujo extrato foi publicado no diário oficial do Estado nesta sexta-feira (6), é para locação de máquinas pesadas e caminhões. Ele venceu uma disputa que já estava em suas mãos, pelo menos, desde 2019. 


Aquele contrato sofreu sete aditivos e por conta disso o empreiteiro recebeu pelo menos R$ 15,8 milhões desde então para locação de máquinas no município de apenas 342 quilômetros quadrados, o quarto menor do Estado. 


Esse novo contrato tem validade por 12 meses, a partir de 28 de agosto. Mas, levando em consideração o que ocorre normalmente, tende a ser prorrogado para até 60 meses, já que a legislação permite dos chamados aditamentos. 



André Patrola também presta serviço de aluguel de máquinas e caminhões para a prefeitura de Corumbá. Um contrato tornado público no dia 26 de junho informa que ele pode faturar até R$ 5,134 milhões por ano. A empresa dele também já controlava esse serviço para Corumbá, município  com 64.438 quilômetros quadrados.


Além da locação de máquinas, Patrola tem dois outros contratos com a prefeitura de Corumbá para manutenção de estradas rurais e ruas urbanas sem asfalto. Juntos, somam quase R$ 21 milhões por ano. 


Estes três contratos com a prefeitura de Corumbá foram oficializados horas antes de o então secretário de obras,  Ricardo Ametlla, ser exonerado do cargo. Dois dias antes ele fora alvo de uma operação da Polícia Federal por suposto envolvimento em esquema de corrupção.


A PF apontou que ele era o real dono de empresas que faturaram R$ 17 milhões em contratos com a prefeitura, mas colocou em nome de "laranjas". O último ato legal que fez como secretário foi oficializar a assinatura dos contratos com André Patrola. 


DENÚNCIA

O empreiteiro, que também tem contratos multimilionários com a administração estadual e outras prefeituras, ganhou notoriedade por conta da operação Cascalhos de Areia, deflagrada em 15 de junho do ano passado. 


No começo de agosto deste ano o Ministério Público Estadual concluiu a investigação e apresentou denúncia à Justiça envolvendo André Patrola e outras 11 pessoas. Conforme o MPE, eles desviaram pelo menos 45 milhões em contratos envolvendo locação de máquinas e manutenção de ruas sem asfalto em Campo Grande. 


Os investigadores se debruçaram sobre contratos que somaram mais de R$ 300 milhões em contratos assinados em 2018 e prorrogados por cinco anos ou mais. 


Conforme as denúncias que chegaram ao MPE à época, André Patrola utilizava “laranjas” para vencer licitações e recebia por serviços que jamais eram realizados.


Um destes era  Adir Paulino Fernandes, de 66 anos, um queijeiro que dizia ter faturamento mensal de R$ 2,5 mil e era proprietário legal de uma empresa que havia faturado em torno de R$ 220 milhões em contratos com a prefeitura de Campo Grande nos últimos cinco anos.


Neri Kaspary

Com o Portal Correio do Estado

Psicológico, treinamento e investimento foram a chave para as conquistas olímpicas

 

                                           Marcelo Victor/Correio do Estado



Duas vezes medalhista nas Paralimpíadas de Paris, Yeltsin Jacques foi recepcionado nesta sexta-feira (6) em seu retorno a Mato Grosso do Sul. Na ocasião, recebeu o carinho de alunos do Serviço Social da Indústria (Sesi), e de colaboradores da Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul (Fiems).


Com orgulho, Yeltsin mostrou, beijou e vestiu as medalhas conquistadas nesta 17ª edição do evento: uma de ouro, conquistada nos 1.500 metros, e outra de bronze, dos 5.000 metros, ambas as provas da classe T11, para atletas com deficiência visual quase total.


Ao lado de seu guia, Guilherme Ademilson, Yeltsin concedeu entrevista e falou sobre a participação nos jogos que, em resumo, pode ser definida em três pilares: investimento, treino e força mental.


Investimento

Nos 1.500 metros T11, Yeltsin quebrou o próprio recorde mundial, que era de 3m57s60 e foi para 3m55s82. Questionado sobre o resultado histórico, que teve quase 2 segundos de diferença, o bicampeão paralímpico da prova contou o segredo:



"Treinamento, investimento, em estrutura, em recuperação, em melhora de performance, em uma equipe muito profissionalizada, e em tecnologia, que tem evoluído muito", disse Yeltsin.


Jacques exaltou também a estrutura do Stade de France, em Paris, palco das provas do paratletismo, descrevendo a pista como "única" e já demonstrando expectativa de que a próxima edição, de Los Angeles, seja ainda melhor.


"A tecnologia da pista usada em Paris foi única, e eu acredito que em Los Angeles vão melhorar ainda mais. Cada vez a tecnologia fica mais fantástica, o tipo de material esportivo, tênis, sapatilha, o material usado para recuperação, as novas metodologias de treinamento que têm sido usadas", descreveu o paratleta.


O investimento começa já nos treinos, como com a tenda de simulação de altitude, por exemplo, mencionada por Yeltsin durante a entrevista, que possibilita que o paratleta se prepare para competir em lugares mais altos, onde a pressão atmosférica e a quantidade de oxigênio no ar são menores, o que pode causar problemas de saúde, como desmaios, por exemplo.


"A gente fazia muitos treinamentos na Bolívia, por exemplo. A gente saía daqui, pegava ônibus, ia até a fronteira, pegava ônibus para ir até Santa Cruz, ia para Cochabamba ou para La Paz. Hoje a gente tem tendas que simulam a altitude, ou seja, eu não preciso me expor a essa viagem, a esse cansaço, à alimentação diferenciada, nada (...) Então isso tem transformado cada vez mais. A tecnologia está aípara beneficiar a todos nós, né? E o esporte não fica atrás disso".


Além de exaltar estruturas e materiais, Yeltsin destacou o investimento em humanos, em profissionais qualificados, que fazem toda a diferença nos resultados.


"Em Mato Grosso do Sul, em especial, mas no Brasil todo, a gente tem um potencial humano, um material humano muito bom, gigantesco (...) Então a gente tem todo esse trabalho tecnológico, a gente tem equipe médica, equipe de fisioterapeutas...", mencionou.


Yeltsin acredita que, por mais que ainda tenha muito a ser transformado, está no caminho certo para que o esporte evolua.


"A gente precisa de investimento em tecnologia, e cada vez mais a gente tem melhorado, a gente está no caminho certo, e a gente está melhorando ainda mais, lógico que a gente sabe que a gente tem muito o que transformar, muito o que melhorar ainda, mas a tecnologia ela está aí, ela está presente e ela vem cada vez mais mostrando resultados", concluiu.


Força mental

Um dos temas bastante abordados durante a coletiva foi a questão mental durante as provas. Yeltsin revelou que considera ter um psicológico bom, e que já passou por consultas psicológicas, mas que atualmente não sente necessidade de manter sessões semanais, por exemplo. As consultas são mais sobre técnicas para aperfeiçoar ainda mais esse lado.


"Eu cresço muito em grandes competições, às vezes até surpreendo. O Guilherme brinca e fala 'cara, quem vê o Yeltsin treinando às vezes não imagina que ele vai correr o que ele vai correr (...) quando dá o tiro de largada ele se transforma'", brincou Yeltsin.


Guilherme, guia de Yeltsin, faz acompanhamento semanal com o psicólogo do Comitê Paralímpico Brasileito (CPB), e afirmou que as consultas foram essenciais para a conquista do ouro paralímpico.


As consultas começaram depois do mundial em Kobe, no Japão, após uma queda na prova dos 1.500 metros, que os desclassificou da final.


"Comecei a fazer [o acompanhamento] após o mundial, que aconteceu a queda, e me ajudou demais. Tanto no nervosismo durante a prova, que foi o que me atrapalhou no mundial, então o psicólogo fez um bom trabalho', disse Guilherme. "O 'cara' é fenomenal", acrescentou.


Yeltsin nas Paralimpíadas

Natural de Campo Grande, Yeltsin Jacques conquistou mais duas medalhas nas Paralimpíadas de Paris, e agora soma quatro conquistas paralímpicas, já que havia conquistado outras duas na edição de Tóquio.


Nos 1.500 metros classe T11, Yeltsin e o guia Guilherme Ademilson bateram o recorde mundial, que já pertencia a Yeltsin, finalizando a prova em 3m55s82 e garantindo o ouro.


Já nos 5.000 metros classe T11, eles ficaram com o bronze, terminando a prova em 14min52s61 - melhor marca da carreira de Yeltsin, mas que não foi suficiente para o ouro.


Em Tóquio, Yeltsin Jacques havia conquistado o ouro nos 1.500 e nos 5.000 metros da T11.


Alanis Netto

Com o Portal Correio do Estado

"O momento do Brasil é bem delicado", diz Rivaldo sobre a Seleção nas Eliminatórias

 

                                             Foto: Divulgação



Campeão mundial com a Seleção Brasileira e já eleito melhor jogador do mundo, Rivaldo avaliou a situação do Brasil nas Eliminatórias da Copa do Mundo 2026. A Seleção duela contra o Equador nesta sexta-feira (06), e Paraguai na terça-feira (10).


Para a partida contra o Equador, nesta sexta, no estádio Couto Pereira, em Curitiba, o Brasil entra pressionado, pois possui apenas sete pontos em seis jogos, amargando a 6ª colocação nas Eliminatórias. Rivaldo afirmou que a Seleção precisa fazer um bom início de jogo contra o Equador, uma vez que atua dentro de casa, diante da sua torcida.


“O momento do Brasil é bem delicado, pela situação da Copa América, pelo desempenho na competição, pela situação que está as Eliminatórias e a colocação que se encontra a Seleção Brasileira, Mas o Brasil tem uma boa equipe, acho que todos os jogadores têm que ter tranquilidade nessa hora. Os primeiros minutos vão ser bastante importantes para a Seleção Brasileira que joga em casa”, afirmou Rivaldo.


Rivaldo relembrou que a pressão das arquibancadas acontece com frequência em solo brasileiro, principalmente em atuações do Brasil abaixo do esperado. “A torcida brasileira é muito exigente, principalmente pela maneira que está jogando a Seleção, pela situação que ela está, então vai ter aquela pressãozinha da torcida. Os jogadores precisam ter tranquilidade, paciência e personalidade para poder jogar e tentar fazer o primeiro gol o mais rápido possível para que a torcida possa ajudar fora de campo”, disse.


Rivaldo também comentou sobre Dorival ter convocado mais nomes que atuam no país. Sete jogadores do Campeonato Brasileiro foram relacionados para as partidas das Eliminatórias (contando com Pedro, cortado posteriormente por lesão).


“Acho que o Dorival acertou em levar jogadores que atuam no Brasil. Acredito que até o Mundial com certeza ele vai levar muitos jogadores que estão jogando por aqui. O Campeonato Brasileiro é bom de se jogar, recheado de grandes jogadores, atletas bons que se destacam e que precisam ter uma chance na Seleção. O Dorival está de parabéns por ter levado esses jogadores. Acredito que na convocação final para a Copa, seis ou até dez jogadores [que atuam no Brasil serão convocados], como o Felipão fez para a Copa do Mundo de 2002”, afirmou o ídolo brasileiro.


A convocação de Lucas Moura no lugar de Savinho, lesionado, chamou muito a atenção do torcedor brasileiro e de Rivaldo.


“Acho que ele não foi convocado lá atrás, muito por decisão dos treinadores anteriores, porque ele já estava em uma boa fase. Ele pegou muitos momentos bons na carreira jogando fora do Brasil, quando atuava na Inglaterra. Acho que essa convocação é um prêmio, por tudo que ele fez atuando pelo São Paulo. Acredito que a convocação poderia ter acontecido muito antes pelo treinador passado, mas não aconteceu, vejo que ele tem tudo, se der oportunidade, para ir bem na Seleção Brasileira. Porque ele já jogou na Seleção, já conhece e é mais um jogador experiente que pode ajudar muito o Dorival dentro de campo”, concluiu Rivaldo.


Gazeta Esportiva

Muricy revela interesse do São Paulo por Renan Lodi e Alex Telles antes de acerto com norte-irlandês

 

                                              Foto: Reproduçção



Muricy Ramalho, coordenador de futebol, confirmou nesta sexta-feira que o São Paulo buscou as contratações de Alex Telles e Renan Lodi antes de acerto com o lateral-esquerdo Jamal Lewis. O primeiro fechou com o Botafogo, enquanto o segundo permaneceu no Al-Hilal, da Arábia Saudita.


"Trouxemos um lateral-esquerdo que era a posição mais difícil. A gente estava no mercado olhando com carinho até o jogador que foi para o Botafogo (Alex Telles). O Renan Lodi, que estava para decidir se seria inscrito no time da Arábia ou não. Ele não foi inscrito, mas não dava mais tempo (de fechar a contratação). Quando a gente chega nesse tipo de jogador não temos condições porque o salário é muito alto. Então tivemos a oportunidade do Jamal, que é um jogador de seleção. Um jogador de velocidade, muita força e que jogou no Campeonato Inglês. São oportunidades", disse Muricy, em entrevista ao programa Jogo Aberto, da Band.


O dirigente também revelou a dificuldade que o São Paulo encontrou nesta janela de transferências. Além de Lewis, os volantes Marcos Antônio e Santiago Longo chegaram ao clube para reforçar outra posição carente no elenco. O zagueiro Ruan Tressoldi foi a outra contratação.


"A gente trabalha todos os dias olhando o mercado porque temos que ser muito criativos. Não dá para a gente brigar com os grandes times do Brasil no que diz respeito à parte econômica, a gente sai muito atrás em relação a isso", afirmou Muricy.



"Para essas posições a gente precisava (reforços). Perdemos dois volantes importantíssimos, o Alisson e o Pablo - jogador de Seleção. Tivemos que ir ao mercado para trazer jogadores. Trouxemos o Marco Antônio, que é um jogador de intensidade e que tem a posse de bola, estilo de jogo que o São Paulo gosta de praticar. Trouxemos o Ruan, com quem o Zubeldía conversou bastante, que joga em posições diferentes", continuou.


"E o argentino (Longo), que também é um volante que o Zubeldía pedia. É um primeiro volante, um jogador que estava há muito tempo no mesmo time. Um jogador de marcação e de bom passe. Nosso time tem a marcação forte, mas tem uma boa posse de bola. A gente traça o perfil e vai atrás", completou.


Muricy ainda disse que a diretoria perdeu muito tempo negociando as contratações do volante argentino Pol Fernández, do Boca Juniors, e do lateral-esquerdo português Mário Rui, do Napoli. As negociações, que foram um pedido de Zubeldía, não deram certo.


"Foi um trabalho duríssimo. A gente ficou muito tempo conversando com o Pol, do Boca Juniors, e com o Rui, do Napoli. Demorou quase um mês porque era um pedido do treinador. No final não deu certo, os jogadores não quiseram vir. E na última hora trabalhamos dia e noite para dar essa oportunidade ao treinador, de mesclar o time em alguns jogos", pontuou Muricy.


Gazeta Esportiva