sábado, 6 de dezembro de 2025

Veja locais e horários dos jogos do Brasil na Copa do Mundo 2026

 

                                             Foto: Rafael Ribeiro



A Seleção Brasileira já conhece o caminho que percorrerá na fase de grupos da Copa do Mundo de 2026. A estreia será no dia 13 de junho, contra Marrocos, no MetLife Stadium, em Nova Jersey, às 19h (horário de Brasília). Será o primeiro passo do time comandado por Carlo Ancelotti na busca pelo hexacampeonato.


Na segunda rodada, o Brasil volta a campo no dia 19 de junho, quando encara o Haiti no Lincoln Financial Field, na Filadélfia, às 22h (horário de Brasília). Já o encerramento da primeira fase está marcado para o dia 24 de junho, contra a Escócia, no Hard Rock Stadium, em Miami, também às 19h (horário de Brasília).


Caso avance aos 16 avos de final, a seleção enfrentará um adversário vindo do Grupo F, composto por Holanda, Japão, Tunísia e o representante da Europa B — que sairá de Ucrânia, Suécia, Albânia ou Polônia. A partida decisiva será disputada no dia 29 de junho. Se terminar a fase de grupos na liderança, o Brasil jogará em Houston; se avançar em segundo lugar, atuará em Monterrey.


A tabela completa da competição foi anunciada na tarde deste sábado (6), em evento comandado pelo presidente da Fifa, Gianni Infantino, com a presença dos ex-jogadores Ronaldo, Totti, Stoichkov e Lalas. A cerimônia ocorreu no Hilton Capital Hotel, em Washington, nos Estados Unidos.


A Copa do Mundo de 2026 será disputada entre 11 de junho e 19 de julho, em 16 cidades-sede distribuídas entre México, Estados Unidos e Canadá. Os grupos foram definidos na sexta-feira (5), em sorteio realizado no Kennedy Center, também em Washington.


Com 48 seleções e 104 partidas, esta será a maior Copa já realizada. O jogo de abertura, entre México e África do Sul, acontecerá no dia 11 de junho, no tradicional Estádio Azteca, na Cidade do México. A grande final está marcada para 19 de julho de 2026, novamente no MetLife Stadium, em Nova Jersey, palco que também recebe a estreia do Brasil.

Centrão mantém preferência por Tarcísio, e ala vê possibilidade de Flávio não manter candidatura

 

                                          O senador Flávio Bolsonaro (PL-SP) e o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) em entrevista após visita a Jair Bolsonaro (PL), em setembro


  • Políticos avaliam que candidatura possa ser blefe da família Bolsonaro para tentar controlar situação

  • Governador de Goiás diz que respeita decisão de ex-presidente, e Zema diz 'fazer sentido' pré-candidatura do senador


Dirigentes e líderes de partidos do centrão mantêm a preferência por Tarcísio de Freitas (Republicanos) como candidato à Presidência mesmo após o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) ter anunciado, nesta sexta-feira (5), que o pai o escolheu como sucessor para 2026.


Para eles, o governador de São Paulo teria mais chance de ganhar a corrida ao Palácio do Planalto.


A avaliação de políticos consultados pela reportagem é a de que eventual candidatura de Tarcísio poderia unir PL, PP, Republicanos, União Brasil e PSD na disputa contra a reeleição de Lula (PT), enquanto Flávio não deve conseguir costura semelhante.


Caso o filho mais velho de Bolsonaro concorra ao Palácio do Planalto, o cenário desenhado pelo centrão é de pulverização de candidatos na direita —hoje são mencionados como pré-candidatos os governadores Ronaldo Caiado (União Brasil-GO), Romeu Zema (Novo-MG) e Ratinho Júnior (PSD-PR).


De forma reservada, um dirigente do grupo afirma que dificilmente Flávio vai conseguir o apoio de todos os partidos. Ele acrescenta que as pesquisas indicam que Tarcísio teria maior vantagem eleitoral do que um dos membros da família Bolsonaro, que carregam maior rejeição.


Aliados do governador dizem que ele resiste a concorrer ao Planalto num cenário de competitividade de Lula e de brigas no campo bolsonarista, principalmente no clã do ex-presidente. Ele só toparia a disputa, dizem, se houvesse uma unidade.


Parte dos políticos reagiu com ceticismo à escolha do senador, classificando o anúncio como estratégia para manter a relevância política e a militância coesa agora que Bolsonaro cumpre pena em regime fechado por tentativa de golpe de Estado, além de estar inelegível desde 2023.


Segundo essa leitura, Flávio não manteria sua candidatura até o fim. O mandato do senador acaba em 2026.


Além disso, a escolha a mais de seis meses do período de registro dos candidatos em 2026 poderia contribuir para a exposição do senador, suscetível a ataques dos adversários.


Em 2021, o STF (Supremo Tribunal Federal) anulou as provas do caso da rachadinha, que implicou Flávio e Fabrício Queiroz, acusado de ser o operador do esquema no gabinete do então deputado estadual.


Como mostrou a Folha, congressistas de direita e aliados de Flávio afirmam que a prisão de Bolsonaro fez com que o filho entrasse na mira do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). A vigília convocada pelo "filho 01" foi mencionada pelo ministro da corte na ordem de prisão ao ex-presidente.



Sem citar Flávio ou Tarcísio, Antônio Rueda, presidente da federação que reúne as duas principais siglas do centrão, União Brasil e PP, criticou a polarização, indicando que a escolha de alguém da família Bolsonaro poderia acirrar o confronto e prejudicar a tentativa de unificação.


"Os últimos acontecimentos apenas reforçam o que sempre defendemos: em 2026, não será a polarização que construirá o futuro, mas a capacidade de unir forças em torno de um projeto sério, responsável e voltado para os reais interesses do povo brasileiro", disse


O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, declarou que respeita a decisão de Bolsonaro, mas reafirmou que sua pré-candidatura à Presidência está mantida.


"Ele tem o direito de buscar viabilizar a candidatura do senador Flávio Bolsonaro. Da minha parte, sigo pré-candidato a presidente e estou convicto de que no próximo ano vamos tirar o PT do poder e devolver o Brasil aos brasileiros", afirmou.


Romeu Zema, governador de Minas, afirmou fazer sentido a pré-candidatura do senador. "Quando anunciei minha pré-candidatura ao presidente Bolsonaro ele foi claro: múltiplas candidaturas no primeiro turno ajudam a somar forças no segundo. Então, faz todo sentido o Flávio apresentar seu nome à Presidência. É justo e democrático", disse nas redes sociais.


A comemoração em torno da candidatura de Flávio ficou restrita aos aliados mais próximos do bolsonarismo, como a senadora Damares Alves (Republicanos-DF), amiga do ex-presidente e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL).


"Eu seguirei a decisão tomada pelo presidente Bolsonaro, seja ela qual for. Eu, em especial, gosto muito do Flávio. É meu amigo querido", afirmou à reportagem a ex-ministra.


Na mesma linha, o secretário-geral do PL, senador Rogério Marinho (RN), disse que a candidatura de Flávio foi "orientada" por Bolsonaro.


"Estaremos juntos na construção de um projeto que represente os valores do povo brasileiro que ama nossa bandeira, sintetizados no respeito à família, na liberdade religiosa, no livre mercado e na liberdade de expressão. Flávio, conte comigo", afirmou, em nota.


Carolina LinharesThaísa OliveiraCatia SeabraFolha de São Paulo

Paulo Miklos prepara álbum como intérprete e flerta com o indie em músicas inéditas

 

                                             Os músicos Paulo Miklos e Papisa - Maria Cau Levy/Divulgação



Não é de hoje que Paulo Miklos mantém o espírito aberto. Numa madrugada de 1982, ele conta, tomou um susto com uma arruaça embaixo da janela da sua casa. Entre gritaria e alguma música estavam ali os Titãs. "Eles chegaram cantando a plenos pulmões ‘bichos, saiam dos lixos!’, e eu abri a janela e falei ‘o que vocês estão fazendo?’", ele lembra, entre risadas, o que foi a gênese de um dos maiores sucessos de sua carreira. "Às vezes acontece isso de você ser predestinado a ser intérprete de uma música."


Quase 45 anos depois, ele recebeu outra visita pela janela —dessa vez, virtual. A cantora Papisa enviou a ele um convite numa mensagem do Instagram —fazer um show ao seu lado. "Marcamos de tomar um café, levei uma série de músicas inacabadas, áudios meus cantando algumas melodias e dei a ideia de compormos juntos —ela adorou, e surgiu essa parceria", afirma ele.


Entre intérprete e compositor, câmeras e microfones, términos e recomeços, Paulo Miklos vive maquinando o novo. O próximo projeto a ganhar vida é justamente sua parceria com a jovem artista paulistana. Eles se apresentam de sexta a domingo como parte da quinta edição do "Circuito" —série de shows que roda o estado de São Paulo com nomes emergentes da música. "Temos duas músicas inéditas que entraram nesse show, mais um elemento especial desse encontro de gerações", diz ele.


As faixas também têm versões de estúdio. "Maremoto" é um rock com cara de indie e fim de anos 1980 que cai como luva para a tessitura roqueira da voz de Miklos. Já "São Paisagens, Novas Descobertas" flerta com música eletrônica numa balada densa. "Ambas tratam de desencontros, mas têm uma luz, uma esperança de recomeço ou luta por um amor", diz o artista. A letra desta última diz "agora eu vejo bem, todas as janelas continuam abertas".


Tão logo encerra a pequena turnê, Miklos embarca na finalização de um disco com lançamento previsto para o ano que vem. O projeto é uma coletânea de canções que marcaram sua história, como "Coisas da Vida", de Rita Lee, que dá título ao disco.


"Eu tenho essa paixão pela Rita, eu cresci ouvindo ela, e nessa faixa eu fiz minha própria segunda voz —algo que ela adorava fazer", diz Miklos. "Uma vez ela disse que se pudesse faria backing vocal para os Titãs, e agora sou eu que estou fazendo isso."


Foi também como intérprete à frente dos Titãs que Miklos marcou a história do rock brasileiro em canções como "Sonífera Ilha", "Marvin" e "Domingo". "Cantar sempre foi meu instrumento principal, e aos poucos eu fui assumindo essa coisa do crooner", diz ele. "A gente tinha isso de escolher os intérpretes, e na banda eu tinha compositores fabulosos, talvez os maiores da minha geração." A produção incessante rendeu 14 álbuns de estúdio mais o "Acústico MTV", de 1997, que estabeleceu o grupo também entre millennials.


Em 2023, os Titãs reuniram toda a trupe para satisfazer fãs dos anos 1980, 1990 e 2000. "Estavam filhos e pais, gente que nunca tinha visto a banda reunida", diz. "A gente estava numa felicidade de ver uns aos outros, de estar junto." A festa foi tanta que a turnê se esticou informalmente até o ano passado, quando a banda se apresentou uma última vez com a formação completa no Lollapalooza.


Miklos segue também como ator. "No show eu lembro ao público, costumo brincar, digo que sou ator também e que fiz ‘Carrossel’", afirma. O vilão na novela infantil é uma linha da obra que tem mais de 30 títulos em cerca de 25 anos de carreira, uma lista que o artista revisou há pouco com ajuda da inteligência artificial.


"Botei no ChatGPT e veio a minha filmografia inteira, desde ‘O Invasor’", afirma Miklos. O filme de Beto Brant, de 2001, foi outro momento de encontro para o artista. O cantor se viu como ator e também como parceiro de cena de Sabotage —um dos maiores nomes do rock nacional e um dos grandes nomes do rap no país, então, estavam contracenando pela primeira vez.


"Era uma novidade para nós dois, aquilo de câmera, a equipe, os cabos, então a gente teve uma aproximação natural, deu uma liga imediata", diz Miklos. "Ele tinha aquela coisa de poeta mesmo, um ouvido aberto para a rua."


Morto em 2003, o rapper ficou na memória do amigo como forma de canção em "Sabotage Está Aqui". A faixa foi lançada no último álbum solo de Miklos, "Do Amor Não Vai Sobrar Ninguém", de 2022. O LP foi seguido por um ao vivo, lançado no ano passado.


Com os discos, a turnê dos Titãs, os filmes —Miklos acaba de lançar o longa "Assalto à Brasileira", de José Eduardo Belmonte, no qual faz o papel de um policial—, o corpo passou a exigir cuidados. "Eu estava no programa Altas Horas e o Serginho Groisman perguntou ao Ney qual era o segredo, e ele disse que era comer pouco e se exercitar —agora eu estou no projeto Ney Matogrosso, sou criterioso com a comida e não atropelo meus horários de musculação."


O estilo é algo diferente do jovem dos anos 1970, quando figura cativa do circuito paulistano de bandas e experimentações da vanguarda, ou do roqueiro que fez pulsar os anos 1980. "Foi bom que fiz o que fiz numa época em que conseguia sobreviver", ele diz. "Hoje uma noite boa de sono faz diferença, e eu preciso de fôlego para me movimentar, atravessar o palco. Até porque a galera lá embaixo tem 20 anos, né?"


Miklos faz 67 anos em janeiro de 2026, seu primeiro aniversário após o término de um casamento de uma década . Nem tempo nem idade parecem frear suas empreitadas. Pelo contrário, mais o relógio avança, maior são as ganas de criar —maior a abertura de espírito. "Meter a cara no trabalho é bom para curar os males, principalmente se você tem o privilégio de trabalhar com o que ama", ele diz. "Vou fazendo, compondo, cantando. A gente tem que ter esperança de conseguir ser feliz. Por isso as canções de amor são muitas."


Paulo Miklos e Papisa

Quando Sex. (5), às 19h, no Tetriz Club - r. Oriente, 425, Campinas; sáb. (6), às 19h, no Moon Club – r. Carlos Gomes, 301, Americana; dom. (7), às 17h, no Cine Clube Cortina - r. Araújo, 62, São PauloOnde Campinas, Americana e São PauloPreço R$ 25, ingressos em sympla.com.br


Felipe Maia

Folha de São Paulo

Morre Frank Gehry, que redesenhou a arquitetura com obras ferozes, aos 96

 

                                               Guillermo Martinez/Reuters

  • Vencedor do Pritzker se tornou gigante dessa arte nos EUA

  • Ele ergueu o Guggeinheim de Bilbao e e o Disney Concert Hall


Frank Gehry, um dos grandes talentos da arquitetura mundial, morreu nesta sexta-feira em sua casa em Santa Monica, nos Estados Unidos, aos 96 anos. Ele enfrentava uma doença respiratória.


O maior sucesso de Gehry foi o museu Guggenheim, em Bilbao. Situado no que antes foi uma cidade industrial em declínio na Espanha, este edifício exuberante, revestido de titânio, foi uma sensação internacional quando abriu, em 1997, e ajudou a revitalizar a cidade e a transformar Frank Gehry no arquiteto dos Estados Unidos mais reconhecido no mundo desde Frank Lloyd Wright.


Sua aparência alegre —composição de formas prateadas cintilantes que pareciam ter explodido do solo— apontava para a chegada de uma nova arquitetura, carregada de emoção.


Gehry, um dos primeiros arquitetos a compreender o potencial libertador do design feito no computador, passou a criar outros edifícios célebres —muitos considerados obras-primas—, que em sua bravura escultural e poder visceral igualaram ou até superaram a arquitetura barroca do século 17.


Entre eles estão o Walt Disney Concert Hall, em Los Angeles, com um interior semelhante a um casulo, concluído em 2003; o New World Center, uma sala de concertos em Miami repleta de salões de ensaio cilíndricas, inaugurada em 2011, e a Fundação Louis Vuitton, museu em Paris que parece feito de vidro.


Mas Gehry, que ganhou o prestigioso prêmio Pritzker de arquitetura em 1989, já havia feito seu nome muito antes. Ele irrompeu na consciência do mundo arquitetônico em 1978, com a construção de uma casa em Santa Monica, na Califórnia, que ele projetou e na qual viveu por quatro décadas —um bangalô barato, com estrutura de madeira, que o artista despedaçou e envolveu numa nova pele de compensado, metal corrugado e tela metálica.


A colisão crua e até violenta de formas parecia capturar as divisões políticas e geracionais que tensionavam a família e a sociedade americana desde os anos 1960, o que estabeleceu Gehry como uma força na arquitetura.


Nos anos seguintes, ele produziu várias outras casas cujas composições brutas evocavam estruturas em meio à construção. "Eu estava me rebelando contra tudo", afirmou Gehry em entrevista ao jornal The Times em 2012, ao justificar a sua antipatia pelos movimentos arquitetônicos da época, exemplificados pela Farnsworth House na pradaria de Illinois, um pavilhão modernista austero, plano, de aço e vidro projetado por Mies van der Rohe. "Eu não conseguiria viver numa casa assim", acrescentou.


"Teria que chegar em casa, limpar minhas roupas, pendurá-las de forma adequada. Achei que era esnobe e afetado. Simplesmente não se encaixava na vida."


Gehry depois expandiu o seu repertório com designs cada vez mais esculturais. Eles incluíam as formas contorcidas de estuque branco do museu de design Vitra, inaugurado em 1989, em Weil am Rhein, na Alemanha, e duas torres cilíndricas unidas num abraço balético em Praga —edifício de 1996 chamado Casa Dançante, ou Ginger e Fred, em homenagem à dupla de dançarinos Ginger Rogers e Fred Astaire.


Para alguns, seu trabalho era mais de escultura do que de arquitetura. Outros o viam como emblemático de uma cultura global que reduzia a arquitetura a uma marca. Gehry, cujo nome era reconhecido em todo o mundo, às vezes era tido como uma estrela.


Mas a ferocidade emocional de seu trabalho podia parecer capacitadora, como se a arquitetura tivesse redescoberto uma parte de si mesma que havia sido perdida após décadas de funcionalismo sombrio e clichês pós-modernistas. E o foco generalizado nos exteriores deslumbrantes de seus edifícios podia distrair dos objetivos mais profundos de Gehry —criar uma arquitetura que não fosse apenas impactante, mas democrática em espírito e evocativa da desordem da vida humana.


Ele nasceu Frank Owen Goldberg em 28 de fevereiro de 1929, numa família judaica, numa região operária de Toronto, no Canadá, filho de Irving e Sadie Caplan Goldberg. Seu mundo desmoronou por volta da década de 1940, quando seu pai sofreu um ataque cardíaco e eles mudaram para Los Angeles, fugindo do inverno.


Como arquiteto, Gehry foi um talento tardio. Após uma breve passagem pelo Exército, casou-se com Anita Snyder, de quem se separou em 1966, e ingressou na Universidade do Sul da Califórnia, onde estudou cerâmica. Ele mudou para arquitetura depois que um professor o apresentou a Raphael Soriano, um pilar do modernismo do pós-guerra no sul da Califórnia. Foi também nesta época que ele adotou Gehry como sobrenome, segundo ele para escapar do antissemitismo.


Gehry ainda trabalhava em projetos como uma loja de 7.600 metros quadrados para a Louis Vuitton, em Beverly Hills. O arquiteto deixa a mulher Berta Isabel Aguilera e os quatro filhos, Samuel, Leslie, Alejandro e Brina.


Nicolai OuroussoffNova York | The New York Times

Estreia de espetáculo teatral “Petúnia” marca 22 anos do Grupo Fulano di Tal

 

                                                Foto: Douglas Moreira



De 7 a 14 de dezembro, o grupo percorre seis cidades de MS , ocupando espaços públicos e reafirmando o compromisso com a formação de plateia e a democratização do acesso à arte.

O Grupo Fulano di Tal inicia em dezembro a circulação do espetáculo “Petúnia”, concebido na celebração dos 20 anos da companhia. Criado em em 2023, o projeto “Fulano di Tal – Ato 20” é um marco de atuação na cena teatral sul-mato-grossense, duas décadas de pesquisa, invenção cênica e intensa relação com artistas e comunidades do Estado.


A cidade de Rochedo será o ponto de partida. A estreia acontece neste domingo (7), às 17h30, no Clube Chicão, que fica situado na Avenida Evangelina Viera. A partir daí, “Petúnia” percorre outras cinco cidades de Mato Grosso do Sul, ocupando espaços públicos e reafirmando o compromisso do grupo com a formação de plateia e a democratização do acesso à arte.


O diretor da companhia, Marcelo Leite, explica que a escolha de “Petúnia” para circular em 2025 surgiu naturalmente no processo criativo. “O que era para ser uma comemoração de 20 anos virou celebração dos 22. Estrear ‘Petúnia’ agora, depois da experiência com o Palco Giratório, consolida um fazer teatral que descobrimos com o espetáculo ‘A Fabulosa História do Guri-Árvore’. Criamos visualidades, figurinos, objetos e maquiagem no nosso ateliê, com toda equipe envolvida. Esse formato tem nos agradado muito”.


Marcelo destaca que o novo trabalho nasce após uma vivência transformadora. “A circulação pelo Palco Giratório do Sesc, nos permitiu percorrer 31 cidades de 18 estados e um total de 34, é um marco para nós. Foi a primeira vez que um grupo de teatro de Mato Grosso do Sul entrou no projeto — antes, só a dança havia alcançado isso. Essa etapa mexeu profundamente com nosso fazer artístico”, afirma.


Fundado em 2003, o Fulano di Tal já encenou 18 espetáculos e se tornou referência na produção teatral independente no Estado, atuando com processos colaborativos, intercâmbios e formação de público.


Com “Petúnia”, a companhia reforça esse movimento, iniciando nova itinerância por seis municípios. Com dramaturgia, direção e produção de Edner Gustavo, que assina cenografia e figurino ao lado de Douglas Moreira, a obra mergulha no delírio, na memória e na reinvenção como gesto de resistência.


“‘Petúnia’ fala de memória e invenção como sobrevivência — assim como o próprio Fulano di Tal. São 22 anos criando, enfrentando desafios e encontrando modos de existir. A peça trata disso: da destruição que vira poesia e da reinvenção que permite continuar”, explica Edner.


Ele acrescenta que o Palco Giratório influenciou profundamente o modo de produção do grupo. “O intercâmbio artístico e de gestão foi transformador. Isso reverbera em ‘Petúnia’. Pensamos a qualidade do espetáculo mesmo em cidades sem teatro, porque queremos proporcionar experiências completas para cada público”.


E as cidades já se preparam para receber o grupo. Em Bodoquena, por exemplo, a apresentação será na tradicional Feira do Produtor, ponto de encontro da comunidade.


Para Edson Antônio Pereira, gerente do Departamento de Cultura, a parceria valoriza o cenário cultural local. “Receber o Fulano di Tal é uma oportunidade valiosa. Ampliar o acesso à arte é uma diretriz da Gestão Municipal, que busca ações que dialoguem com a identidade do município”.


Ele também ressalta o potencial do espaço. “A Feira do Produtor é palco de diversas manifestações culturais. À noite, recebe entre 500 e 700 pessoas; durante o dia, de 100 a 150. É um ponto vivo da cidade, onde a arte encontra o público naturalmente”.


O espetáculo – Em “Petúnia”, uma criatura narradora tenta reconstruir, entre lapsos e ruínas afetivas, a história de uma jovem nascida em um lugar onde ser feia é destino. Petúnia, “a mais feia das feias”, percorre memórias da mãe, comadres horrorosas, um monstro e um amor : e um amor por uma Criatura Sem Nome. Entre mito e lembrança, o espetáculo revela a beleza do que permanece: a invenção como forma de existir.


A obra tem dramaturgia, direção e produção de Edner Gustavo, colaboração dramatúrgica de Nicoli Dichoff, atuação das atrizes-criadoras Kelly Figueiredo, Luana Vilela e Nicoli Dichoff, assistência de direção e produção de Marcelo Leite, cenário, figurino e maquiagem de Douglas Moreira e Edner Gustavo, iluminação e técnica de palco de Breno Lucas, trilha original de Ewerton Goulart e interprete de Libras, Sinalize.


A circulação conta com financiamento do FIC – Fundo de Investimentos Culturais de Mato Grosso do Sul, da FCMS (Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul), Setesc e Governo do Estado. Acompanhe o projeto pelo Instagram @fulanodital.


Serviço



Circulação 2025 – espetáculo “Petúnia” – 22 anos do Grupo Fulano di Tal

07/12 (domingo) – Rochedo – às 17h30

Local: Clube Chicão

Endereço: Avenida Evangelina Viera – Praça Maria Sem Troco


08/12 (segunda-feira) – São Gabriel do Oeste – às 19h

Local: Centro de Eventos Felipe Eduardo Grimm

Endereço: Rua João Rodrigues Miranda, 844 – Centro


09/12 (terça-feira) – Miranda – às 19h

Local: Escola Estadual Carmelita Canale Rebuá

Endereço: Avenida João Pedro Pedrossian, 809 – Centro


10/12 (quarta-feira) – Bodoquena – às 19h

Local: Feira do Produtor Rural

Endereço: Av. Manoel R. Oliveira, 786


11/12 (quinta-feira) – Guia Lopes da Laguna – às 19h

Local: Salão Paroquial

Endereço: Rua Capitão Pizá Flôres, 248 – Centro


13 e 14/12 (sábado e domingo) – Campo Grande – às 19h

Local: Espaço Fulano di Tal

Endereço: Rua Rui Barbosa, 3099 – Centro


 

Com reportagem de Aline Lira e Lucas Arruda



“Palhasseata” leva música, poesia e riso às ruas da Orla Morena neste domingo

 

                                              Foto: Vaca Azul



Um dos momentos mais esperados da IX Pantalhaç@s – Mostra de Palhaç@s do Pantanal acontece neste domingo (7), a partir das 17h, quando a Palhasseata toma a Orla Morena com um cortejo de palhaços, música ao vivo, canto coletivo e a energia festiva que marca a tradição circense. O cortejo, que este ano ganha uma preparação inédita, antecede a apresentação internacional do Latin Duo (Argentina/Peru), às 18h, no Teatro de Arena.


A Palhasseata é, há anos, um símbolo da Mostra: um gesto poético e político que rompe fronteiras entre arte e cidade, interrompe o ritmo cotidiano e convida o público a caminhar junto com artistas de várias regiões do Brasil e da América Latina. Em 2025, ela ganha um novo fôlego musical sob coordenação do palhaço Thiago Sales, que também se apresenta na segunda-feira na Mostra.


Thiago, que desenvolve há anos trabalhos de cortejos musicais em festivais de palhaçaria, trouxe para Campo Grande um formato mais cuidadoso de preparação, com arranjos inéditos, paródias compostas especialmente para o evento e o envio antecipado de partituras para os artistas que tocam instrumentos de sopro.


“As canções têm uma potência enorme no cortejo, porque permitem que todo mundo participe, quem toca, quem canta e até quem encontra o festival pela rua. A paródia ajuda nisso: a pessoa já conhece a melodia e rapidamente aprende a nova letra. É humor, é festa, é convite. Estou muito confiante de que será um momento lindo”, afirma Thiago.


Além da criação musical, o artista também preparou linhas melódicas acessíveis, pensadas para incluir músicos iniciantes e ampliar a participação dos artistas presentes na Mostra. O cortejo contará ainda com ensaios prévios e organização de um grupo de batucada, garantindo unidade e força sonora ao percurso.


Para os idealizadores da Pantalhaç@s, a Palhasseata é um dos pilares da Mostra justamente por tornar a arte acessível, ocupando ruas e aproximando a população da palhaçaria.“A Palhasseata é um alívio dentro da cidade. Ela quebra a rigidez do cotidiano e cria um momento de encontro, de pertencimento — uma beleza que aparece no meio do concreto”, define Anderson Lima, da Flor e Espinho Teatro.


A expectativa é que a Orla Morena se transforme em um grande corredor de festa, onde famílias, crianças, ciclistas e transeuntes possam acompanhar o cortejo, cantar as paródias criadas para a edição e sentir a vibração que inaugura a segunda metade da Mostra.


Thiago reforça o caráter afetivo e histórico do cortejo dentro da cultura circense. “Os primeiros circos anunciavam sua chegada com cortejos musicais. Era um modo de avisar à cidade que o riso havia chegado. A Palhasseata segue essa tradição, só que ampliada, porque agora também é celebração, encontro e troca entre artistas e público”.


Com música, humor e comunidade, a Palhasseata promete ser um dos momentos mais marcantes desta 9ª edição, que conta com investimentos da PNAB (Política Nacional Aldir Blanc), do Governo Federal, através do MinC (Ministério da Cultura), operacionalizado pelo Governo do Estado, por meio da FCMS (Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul.


PROGRAMAÇÃO DA MOSTRA


SÁBADO – 06/12

9h às 12h — Oficina Que palhace é esse? – Gabriel Cavalcante

Local: Flor e Espinho

16h — Apalhassadamuzikada… Uma Sinphonia Engrassada! – Turma do Biribinha (AL)

Local: Teatro Prosa Sesc

19h — Batalha – Dagmar Bedê (MG)

Local: Teatro de Arena – Orla Morena

21h — Roda de Palhaç@s – sonhos, frustrações e utopia

Local: Flor e Espinho


DOMINGO – 07/12

9h às 12h — Oficina Que palhace é esse? – Gabriel Cavalcante

Local: Flor e Espinho

9h às 12h — Oficina Teoria e Prática do Malabarismo – Passe de Claves – Vitor

Local: Circo do Mato

17h — PALHASSEATA

Local: Teatro de Arena – Orla Morena

18h — Se Desconcierta el Concierto – Latin Duo (Argentina/Peru)

Local: Teatro de Arena – Orla Morena


MS e Google firmam acordo para fomentar transformação digital

 





O Governo de Mato Grosso do Sul formalizou acordo de cooperação técnica com o Google Brasil para ajudar a acelerar a transformação digital regional e consolidar o Estado como uma referência em inovação para políticas públicas digitais do país. O Memorando de Entendimento (MoU) assinado prevê cooperação em tecnologia, inteligência artificial e infraestrutura em nuvem, envolvendo áreas essenciais da administração pública.


A iniciativa foi anunciada durante reunião realizada na sede do Google, em São Paulo (SP), com participação do governador Eduardo Riedel, secretários de Estado e de executivos da empresa. O objetivo é potencializar a eficiência da gestão estadual e ampliar a oferta de soluções tecnológicas para a eficiência operacional de setores-chave do Estado, como educação, saúde e segurança pública.


"Nossas ações dentro do Governo do Estado estão muito focadas na transformação digital, que na atualidade tem um papel fundamental para a efetividade da gestão estratégica sair do papel e ser executada, chegando à população. Por isso, a digitalização e modernização do Estado estão entre os nossos pilares de Governo", disse o governador Eduardo Riedel durante a assinatura, destacando ainda a importância da IA e outras tecnologias na sociedade atual e no serviço público.


Além das áreas já citadas, o agronegócio também deve se beneficiar dessa iniciativa. Uma das principais forças econômicas de Mato Grosso do Sul deve experimentar, a partir do uso da inteligência artificial, ampla otimização da cadeia produtiva, além do aprimoramento da previsão climática, fundamental para as plantações.


Por ser um dos maiores polos agropecuários do Brasil, Mato Grosso do Sul será campo de testes para modelos avançados que prometem elevar a produtividade e apoiar tomadas de decisão.


Presidente do Google Brasil, Fábio Coelho ressaltou o ressaltou o crescimento econômico e social de Mato Grosso do Sul. Esse panorama tende a melhor ainda mais com as ações de modernização e otimização de políticas públicas que contarão com maior amparo tecnológico.


"O Mato Grosso do Sul já é uma potência no agronegócio e a tecnologia pode ser uma aliada para o crescimento do Estado. Queremos apoiar o Governo do Estado a levar o impacto positivo da tecnologia para a população", afirmou o executivo.


Educação e gestão em foco


O Governo do Estado pretende também aplicar tecnologias do Google para personalizar currículos, melhorar o desempenho dos alunos e aumentar a eficiência administrativa das escolas.


A modernização beneficiará a estrutura interna do Estado, com apoio de soluções de nuvem (armazenamento de dos dados e sistemas online) e machine learning (aprendizado de máquina) para a gestão pública avançar na organização de dados e no aumento da transparência e da economia de recursos.


A criação de uma base de dados estruturada permitirá que, futuramente, novas aplicações de IA sejam integradas a serviços essenciais, como saúde, segurança e finanças. Para o Governo de Mato Grosso do Sul, o acordo representa um passo decisivo rumo a uma administração mais moderna, inteligente e conectada às necessidades da população.


O governador Eduardo Riedel participou do evento em São Paulo (SP) acompanhado dos secretários Rodrigo Perez (Governo e Gestão Estratégica) e Jaime Verruck (Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação)..

Wagner Moura é indicado em 2 categorias no Critics Choice Awards

 




Wagner Moura foi indicado a dois prêmios no Critics Choice Awards 2026. Ele concorre a Melhor Ator pelo papel em "O Agente Secreto" e como Melhor Ator Coadjuvante em Série Limitada por "Ladrões de Drogas". A cerimônia acontece no dia 4 de janeiro de 2026.


Na categoria Melhor Ator, Wagner concorre com Timothée Chalamet ("Marty Supreme"), Leonardo DiCaprio ("Uma Batalha Após a Outra"), Michael B. Jordan ("Pecadores") e Ethan Hawke ("Blue Moon").


Já na categoria Melhor Ator Coadjuvante em Série Limitada, os outros indicados são Owen Cooper ("Adolescência"), Nick Offerman ("Death by Lightning"), Michael Peña ("All Her Fault"), Ashley Walters ("Adolescência") e Ramy Youssef ("Mountainhead").


Além dele, o filme de Kleber Mendonça Filho foi indicado a Melhor Filme Internacional. "O Agente Secreto" concorre com "Foi apenas um acidente", "A Garota canhota", "No other choice", "Sirat" e "Belén".


O Critics Choice é promovido pela Associação dos Críticos de Cinema (BFCA) dos Estados Unidos. A premiação é considerada um termômetro para o Oscar, que em 2026 acontecerá no dia 15 de março


G1

Muricy destaca importância de Neymar ir à Copa e usa Ronaldo como exemplo

 


                                            Foto: Raul Baretta/Santos FC



Atual coordenador de futebol do São Paulo, Muricy Ramalho entende que Neymar pode ser importante para a Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 2026. Em entrevista exclusiva à TV Gazeta, o ex-treinador do Santos destacou a genialidade do jogador de 33 anos.


"Eu acho que o Neymar vai se reabilitar. Estive com ele no meu aniversário, conversamos bastante. Incentivei demais ele. Ele está com esse probleminha no joelho, está jogando no sacrifício no Santos, mas é uma coisa que resolve rápido, uma artroscopia é muito rápida. E o talento dele...", disse.


"É um cara diferente. Ele faz um improviso, o simples com um improviso... a gente não tem mais um jogador assim. Temos jogadores bons, mas o diferente não tem. Agora, o Ancelotti é um cara experiente e está percebendo isso", declarou.


Neymar ficou fora de todas as convocações de Carlo Ancelotti. O treinador italiano entende que os jogadores têm que estar 100% fisicamente para vestirem a Amarelinha.


O meia-atacante do Santos está sofrendo com lesões nesta segunda passagem pelo Santos. Hoje, inclusive, ele está com uma contusão no joelho esquerdo, porém está atuando no sacrifício para poder ajudar o clube a se livrar do rebaixamento no Campeonato Brasileiro.


Muricy concorda com Ancelotti, mas citou alguns exemplo que Neymar pode seguir. Ele relembrou o caso de Ronaldo Fenômeno, que superou uma grave lesão no joelho para ser um dos principais destaques no pentacampeonato do Brasil.


"O Ancelotti já falou uma coisa que eu também concordo: ele [Neymar] tem que estar 100%. Não 100%, mas perto. Eu sempre tenho como exemplo o Ronaldo Fenômeno, sou amigo dele. Aquela condição no joelho, que foi na patela, não tinha nada. Todo mundo falou que ele não iria jogar mais futebol, que não ia dar tempo de se recuperar para a Copa do Mundo. Por isso que eu falo que esses caras diferentes têm que tomar cuidado. Eles querem saber de ganhar, fazer o melhor", relatou.


"Por isso que eu ainda acredito no Neymar nesse sentido. Ronaldo se fechou, ninguém acreditava. Ele pegou o Filé, o fisioterapeuta, e trabalhou, trabalhou. Ninguém acreditava, ele deu a resposta: foi campeão do mundo e, para mim, o melhor do mundo. Eu acredito nessas histórias, desses caras diferentes", ampliou.


"Eu acho que o Neymar vai fazer isso [parar tudo e focar na Copa do Mundo]. Encontrei ele agora, ele está fininho, cara. Está com o corpo legal, bem estruturado. Eu acho que ele vai se fechar também, porque ele sabe que tem o potencial", completou.


Posição carente?

Muricy ainda revelou onde escalaria Neymar na Seleção Brasileira. O dirigente reconhece que o astro já não tem mais a mesma velocidade de antigamente, quando eles trabalharam juntos no Santos, mas acredita que ele pode ajudar na criação.


"Claro que, hoje, ele já mudou um pouco o estilo de jogo, o cara começa a ficar mais experiente. Lembra o Muller? No começo aqui no São Paulo, ele era um ponta rápido e virou um meia que enxergava mais que ninguém. É mais ou menos isso o Neymar, ele está mudando o estilo de jogo dele. Na Seleção Brasileira, você imagina ele servindo todos esses caras bons que temos lá: Vini Jr., Rodrygo... Ele servindo aqueles caras, sendo um 10 atrás do 9, um 8 e meio que se fala... ", analisou.


"Para mim, se jogar nesse esquema de dois volantes e ele atrás do atacante, que é o cara que enxerga o jogo, que é o inteligente do time, eu acho que ele cairia bem. O Ancelotti, com a experiência que ele tem, com certeza está observando isso, porque ele sabe muito de futebol", acrescentou.


"Agora, está na mão do Neymar. E agora fez três gols, está todo entusiasmado. Eu conversei com ele, estava todo feliz. Acho que ele vai se preparar bem, porque ele quer esse desafio da Copa do Mundo", finalizou Muricy à TV Gazeta.


Próximo jogo do Santos

Santos x Cruzeiro (38ª rodada do Brasileirão)

Data e horário: 07/12 (domingo), às 16h (de Brasília)

Local: Vila Belmiro, em Santos (SP)


Por Rodrigo Matuck e Thais Bueno

Ancelotti avalia grupo do Brasil na Copa de 2026 como "difícil

 

                                             Foto: Dan Mullan/AFP)



O técnico Carlo Ancelotti avaliou como "difícil" a chave do Brasil na Copa do Mundo de 2026, nos Estados Unidos, México e Canadá. A Seleção Brasileira foi sorteada no Grupo C, ao lado de Marrocos, Haiti e Escócia.


"Difícil. Marrocos foi muito bem na última Copa do Mundo. Escócia é uma equipe sólida. Temos que fazer o melhor e tentar chegar em primeiro no grupo. O primeiro jogo será muito importante", disse o treinador italiano em entrevista ao SporTV.


O técnico italiano da seleção brasileira, Carlo Ancelotti, posa no tapete vermelho ao chegar para participar do sorteio da Copa do Mundo FIFA de 2026, que acontecerá nos Estados Unidos, Canadá e México, no Kennedy Center, em Washington, DC, em 5 de dezembro de 2025. (Foto de Roberto SCHMIDT / AFP)


"Temos que pensar em ganhar os três jogos. Marrocos será o mais difícil, mas temos que ter confiança", acrescentou.


O presidente da CBF Samir Xaud, por sua vez, aprovou o grupo do Brasil. "Independente das seleções que vêm, temos que mostrar nosso futebol nessa Copa. Gostamos do grupo, bastante, e da região que podemos ficar. Está encaminhado. Ficou parecido com a última Copa que fomos campeões. Está no caminho certo".


Agenda

O Brasil estreia na Copa do Mundo diante de Marrocos em 13 de junho (sábado). O duelo contra Haiti será no dia 19 (sexta-feira). Já o confronto com a Escócia ocorre no dia 24 (quarta-feira).


Os jogos da Seleção serão realizados em cidades do Leste dos Estados Unidos (Atlanta, Boston, Miami, Nova York/Nova Jersey ou Filadélfia). A tabela completa, com horários e locais, será divulgada pela Fifa somente neste sábado, às 14h (de Brasília).


Amistosos pela frente

Antes de pensar na Copa, o Brasil se prepara para realizar novos amistosos. Na próxima data Fifa, em março do ano que vem, a Canarinho medirá forças com França e Croácia. A convocação para esses jogos será próxima da lista definitiva para o Mundial.


"A lista de março vai ser mais ou menos a lista definitiva para a Copa do Mundo", revelou Ancelotti.


Novo formato

O Mundial de 2026 irá estrear um novo formato. A partir de agora, para ser campeã, uma seleção precisará realizar oito partidas. Isso porque haverá uma fase antes das oitavas de final: 16-avos de final. Avançam ao mata-mata os dois primeiros de cada grupo, além dos oito melhores terceiros colocados.


Quando começa?

O jogo de abertura da Copa do Mundo de 2026 está marcado para 11 de junho, no Estádio Azteca, na Cidade do México. Ao todo, serão 104 partidas na competição.


O início do mata-mata está previsto para o dia 28 de junho. Já a grande final, no Estádio MetLife, em Nova Jersey, será em 19 de julho. A disputa pelo terceiro lugar ocorre um dia antes, no Estádio Hard Rock, em Miami.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2025

Veja quando serão os jogos da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 2026

 

                                             (Foto de Roberto Schmidt / AFP)



A Seleção Brasileira conheceu, nesta sexta-feira, os adversários na Copa do Mundo de 2026. O Brasil foi sorteado no Grupo C, ao lado de Marrocos, Haiti e Escócia.


A equipe de Carlo Ancelotti estreia diante de Marrocos em 13 de junho (sábado). O duelo contra Haiti será no dia 19 (sexta-feira). Já o confronto com a Escócia ocorre no dia 24 (quarta-feira).


Os jogos da Seleção serão realizados em cidades do Leste dos Estados Unidos (Atlanta, Boston, Miami, Nova York/Nova Jersey ou Filadélfia).


A tabela completa, com horários e locais, será divulgada pela Fifa somente neste sábado, às 14h (de Brasília).


Tabela da Seleção

Brasil x Marrocos


Data: 13 de junho (sábado)

Horário: a definir

Local: a definir

Brasil x Haiti


Data: 19 (sexta-feira)

Horário: a definir

Local: a definir

Brasil x Escócia


Data: 24 de junho (quarta-feira)

Horário: a definir

Local: a definir

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Novo formato

O Mundial de 2026 irá estrear um novo formato. A partir de agora, para ser campeã, uma seleção precisará realizar oito partidas. Isso porque haverá uma fase antes das oitavas de final: 16-avos de final. Avançam ao mata-mata os dois primeiros de cada grupo, além dos oito melhores terceiros colocados.


Quando começa?

O jogo de abertura da Copa do Mundo de 2026 está marcado para 11 de junho, no Estádio Azteca, na Cidade do México. Ao todo, serão 104 partidas na competição.


O início do mata-mata está previsto para o dia 28 de junho. Já a grande final, no Estádio MetLife, em Nova Jersey, será em 19 de julho. A disputa pelo terceiro lugar ocorre um dia antes, no Estádio Hard Rock, em Miami.

Seleção fará amistosos contra França e Croácia antes da Copa do Mundo

 

                                           Foto: KEVIN DIETSCH / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / GETTY IMAGES VIA AFP 



A Seleção Brasileira agendou dois amistosos para março de 2026. A equipe de Carlo Ancelotti irá enfrentar França e Croácia. A CBF ainda não revelou data, horário e local dos embates.


A entidade entende que são dois fortes adversários europeus e que será um teste interessante para a Copa do Mundo de 2026, que começa em junho. O Brasil já encarou Coreia do Sul e Japão, em outubro, e Senegal e Tunísia, em novembro.


Atualmente, a França ocupa a terceira colocação do ranking mundial da Fifa. A Croácia está em décima. A Seleção Brasileira se encontra na quinta posição.


Rivais definidos!

A Fifa sorteou nesta sexta-feira, em Washington, os grupos da Copa do Mundo de 2026, que será disputado em três países: Estados Unidos, México e Canadá.


As 48 seleções foram divididas em 12 chaves, com quatro países cada. O Brasil foi sorteado no Grupo C, ao lado de Marrocos, Haiti e Escócia.


Os jogos da Canarinho serão nos dias 13 (sábado), 19 (sexta) e 24 de junho (quarta). A tabela completa, com horários e locais, será divulgada neste sábado, às 14h (de Brasília).


Mercado do boi fecha semana com preços estáveis em SP

 

                                            Foto: Sheila Flores


O informativo “Tem Boi na Linha”, publicado pela Scot Consultoria nesta sexta-feira (5), apontou estabilidade nas cotações do boi gordo em São Paulo após uma semana de movimentações moderadas no mercado. Segundo a análise, “ao longo da primeira semana de dezembro, o mercado registrou altas de R$2,00/@ para o boi gordo e de R$1,00/@ para o ‘boi China’”, enquanto vaca e novilha permaneceram com preços inalterados. A consultoria atribuiu o cenário à “boa demanda por carne bovina no mercado doméstico e pelo bom desempenho das exportações”, somados a uma oferta compatível com a procura.


Na sexta-feira, os negócios ocorreram em ritmo mais lento, comportamento considerado comum para o dia da semana. A Scot relatou que frigoríficos com escalas mais alongadas “ofertavam valores abaixo da referência”, mas, mesmo assim, a ponta vendedora manteve firmeza nos preços pedidos. Dessa forma, as cotações permaneceram estáveis na comparação diária. Para a segunda semana de dezembro, o viés indicado era de preços firmes e demanda consistente.


No mercado externo, as exportações de carne bovina in natura alcançaram 318,5 mil toneladas em novembro, superando pela terceira vez seguida a marca das 300 mil toneladas. A Scot destacou que o resultado posicionou o mês como o segundo maior volume da série histórica, ficando acima de setembro e atrás apenas de outubro, com diferença de 2,1 mil toneladas. Segundo a consultoria, o volume embarcado em novembro foi “39,6% maior que o do mesmo mês de 2024”. A média diária atingiu 16,7 mil toneladas e o preço médio da tonelada ficou em US$5,5 mil, crescimento de 13,1% em relação ao ano anterior.


Embora outubro permaneça como o mês com maior volume exportado, novembro registrou a maior média diária de embarques já registrada. O mês não assumiu a liderança no total acumulado porque teve três dias úteis a menos. Para a Scot, os números demonstram que as exportações “não perderam ritmo ao longo de novembro”. Com o fechamento do mês, 2025 se consolidou como o ano de maior volume exportado da série histórica, com faturamento recorde desde outubro e projeção de que o total ultrapasse US$15 bilhões após o desempenho de dezembro.


A expectativa para dezembro é de manutenção do ritmo forte, impulsionado pela demanda aquecida, especialmente pela redução das tarifas norte-americanas e pela sazonalidade das compras dos EUA entre o fim e o início do ano. A consultoria observa ainda que a China mantém investigações de salvaguarda, mas o adiamento da decisão para janeiro de 2026 evita impactos imediatos sobre o Brasil.


"Concerto com os Pobres", o Papa aos artistas: é uma forma de amor pelos mais frágeis

 

                                            O cantor canadense Michael Bublé, que se apresentará neste sábado no Concerto com os Pobres, cumprimenta o Papa Leão




O Papa recebeu esta manhã no Vaticano os promotores e protagonistas do evento programado para este sábado à tarde na Sala Paulo VI. O convite a “cantar bem” e “com o coração”, porque a música é um “caminho de beleza que conduz a Deus”.

Daniele Piccini/Mariangela Jaguraba – Vatican News


O Papa Leão XIV recebeu em audiência, nesta sexta-feira (0512), na Sala Clementina, no Vaticano, os organizadores e artistas que animarão, neste sábado, 6 de dezembro, na Sala Paul VI, o Concerto com os Pobres.


“É com grande alegria que os encontro hoje, na véspera da sexta edição do Concerto com os Pobres. Esta feliz intuição do Papa Francisco está se tornando uma bela tradição, que se insere no contexto da preparação para o Santo Natal, em que celebramos o Senhor Jesus Cristo que se torna próximo e pobre por nós.”


No Natal, Deus nos oferece um modelo de amor a seguir

No Natal, explicou Leão XIV, citando a primeira encíclica do Papa Bento XVI Deus Caritas est, “o próprio Deus busca a ‘ovelha perdida’, a humanidade sofredora e perdida”.


“Deus que se faz criança, que se confia aos cuidados de pais humanos, que se oferece a cada um de nós, é o ícone do amor divino que vem nos salvar.”


Essa solicitude divina é também um modelo para nós, deve guiar as ações do cristão e representa o momento em que o próprio cristão se realiza plenamente como pessoa.


“Olhando para Ele, podemos aprender a amar como Ele nos amou; podemos descobrir que o mandamento do amor responde às nossas necessidades mais autênticas, porque é quando amamos que nos realizamos verdadeiramente.”


Os mais frágeis ​​ocupam os primeiros lugares

A maneira correta de ver o Concerto é, portanto, interpretá-lo como uma oportunidade para amar os mais pobres e frágeis.


“Não é apenas uma exibição de bons artistas ou um simples festival musical, nem mesmo um momento de solidariedade para acalmar nossa consciência diante das injustiças da sociedade.”


O Papa pediu aos cerca de 150 organizadores e artistas que encontrou nesta sexta-feira por volta do meio-dia, hora local, que tenham em mente as palavras de Cristo no Evangelho de Mateus para assumirem a atitude correta durante a exibição, a do dom: “Tudo o que fizeram a um destes meus irmãos mais pequeninos, a mim o fizeram”. De fato, “se amamos concretamente quem tem fome e sede, quem não tem o que vestir, quem está doente, quem é estrangeiro, quem está preso, estamos amando o Senhor”, disse ainda o Papa.


“A dignidade dos homens e das mulheres não se mede pelo que possuem: nós não somos nossos bens e pertences, mas sim filhos amados de Deus; e esse mesmo amor deve ser a marca do nosso agir em relação ao próximo. Por essa razão, em nosso Concerto, os irmãos e irmãs mais frágeis ​​ocupam os primeiros lugares.”


A música é uma celebração do mistério de Deus

Citando Santo Agostinho, que no Comentário aos Salmos convidava a cantar a Deus, “mas com arte”, “não desafinado”, Leão XIV lembrou o “papel importante” da música “na experiência cristã”, e em particular na liturgia. A quarta arte, argumentou ele, não é “um simples fundo musical”, mas deve “elevar o espírito para conduzi-lo o mais próximo possível do mistério que se celebra”.


“Permitam-me, portanto, irmãos e irmãs, uma brincadeira: por favor, cantem bem amanhã! Cantem e toquem com arte e, acima de tudo, com o coração, porque a música pode realmente representar uma forma de amor, uma via pulchritudinis que conduz a Deus.”


Por fim, Leone XIV citou a saudação aos promotores e artistas, proferida há exatamente um ano pelo Papa Francisco, que convidava a ver a beleza como um dom de Deus “para todos os seres humanos, unidos pela mesma dignidade e chamados à fraternidade”.


A proteção de Santa Cecília

O Papa agradeceu a “todos aqueles que estão trabalhando para o sucesso do concerto”.


“Em particular, o cardeal vigário Baldo Reina, mons. Marco Frisina, junto com o Coro da Diocese de Roma, a Orquestra e a Fundação Nova Opera, a atriz Serena Autieri, Michael Bublé e sua banda e cada um dos artistas, sem esquecer todos os parceiros, que com seu generoso apoio tornam possível o evento.”


Ao final do encontro, o Bispo de Roma confiou os promotores e artistas do Concerto à “intercessão maternal de Maria Santíssima Imaculada”, invocando para eles a proteção de Santa Cecília, “padroeira dos músicos”, desejando que “o Senhor continue abençoando o seu compromisso e esta belíssima obra”.

Putin e Modi renovam aliança estratégica em tempos de Trump

 

                                            Sajjad Hussain/AFP

  • Russo e indiano prometem novos negócios na área de defesa e compra de petróleo, apesar da pressão do americano

  • Na prática, há limitações e o movimento é mais simbólico, já que ambos precisam dos EUA e conviver com a China



Os governos da Rússia e da Índia assinaram um acordo de parceria estratégica nesta sexta-feira (5) desenhado para posicionar os dois países do Brics, bloco que inclui o Brasil, no bravo novo mundo de regras bagunçadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.


Ambas as nações lidam com pressões diversas vindas da Casa Branca, com o republicano visando fazer a Índia comprar menos petróleo russo e com isso financiar a Guerra da Ucrânia, mas evitaram ao máximo o choque direto com Trump.


Os russos contam com a russofilia do americano para lograr um acordo favorável ou apenas seguir em frente com sua guerra na Ucrânia sem que Kiev tenha ajuda dos EUA, e os indianos negociam um fim ao tarifaço imposto a eles.


"Em temos de complexidade geopolítica, os laços Rússia-Índia resistem", disse o comunicado selado em Nova Déli no segundo dia de visita de Vladimir Putin a Narendra Modi, premiê que recebeu o russo em alto estilo e com promessas de reforçar o papel de seu país como o maior comprador de armas de Moscou, enquanto o líder do Kremlin enfatizou a questão do petróleo.


Com as sanções ocidentais à Rússia, os indianos elevaram sua compra da commodity e, do fim de 2022 até novembro de 2025, seu país virou destino de 38% do óleo russo. Trump resolveu puni-los por financiar Moscou, dobrando para 50% a sobretaxa de importação aos produtos do país em agosto, gerando a ira de Modi.


Em relação à Rússia, o americano está em uma ofensiva por um acordo de paz que parece favorecer Putin, ou um desengajamento da guerra que também agrada o Kremlin. Mas no fim de outubro aplicou sanções contra as duas maiores petroleiras russas, o que obrigou uma redistribuição das exportações por empresas secundárias.


Isso, mais a queda no preço do barril e o rublo mais forte, derrubou a receita de Moscou com petróleo. Em novembro, ela caiu quase 34% em comparação com o mesmo mês de 2025, ainda que o fluxo de exportação siga estável. Em 2025, a queda ronda os 50%, segundo análise do banco Goldman Sachs.


"Estamos prontos para manter o envio ininterrupto de combustíveis para a economia indiana", disse Putin nesta sexta, sem citar o momento de crise e os já generosos descontos no produto devido ao ambiente mais restrito de negócios energéticos. O russo também ventilou a construção de uma central nuclear em Kundankulam.


Desde os tempos da União Soviética, a Índia é uma grande compradora de armas de Moscou, mas nos últimos anos tem buscado diversificar seu arsenal, trocando a aquisição de caças russos por franceses, por exemplo.


Segundo o Instituto Internacional para Estudos da Paz de Estocolmo (Suécia), de 2020 a 2024, a fatia russa na lista de compras bélicas de Nova Déli foi de 38%, ante 76% do quadriênio anterior. O papel da França se firmou, e Paris chegou a 33% do mercado indiano.


A Índia é o segundo maior importador de defesa do mundo, com 8,3% do mercado segundo o Sipri. Perde apenas para a Ucrânia, que saiu do zero em 2020 para 8,8% agora, cortesia da guerra iniciada em 2022 por Putin.


O conflito foi tema das conversas, e Modi manteve sua posição de que "o mundo precisa ter paz". Ele voltou a se colocar como mediador eventual, mas esse é um papel hoje reservado a Trump.


Putin ofereceu a retomada de parcerias militares, inclusive visando exportação "para países amigos", como já ocorreu no passado com os caças multifuncionais Su-30, que a Índia primeiro comprou de Moscou e depois fabricou, e refinou, em casa. Deu certo, e agora a quase ex-aliada russa Armênia será a primeira cliente do avião feito pelos indianos.


"Em resposta às aspirações da Índia por autossuficiência, a parceria está agora sendo reorientada para pesquisa conjunta e desenvolvimento, assim como produção de plataformas avançadas de defesa", disse o russo.


Não houve, contudo, nenhum anúncio efetivo. O motivo são os limites atuais da indústria russa, comprometida pela produção para a guerra e tolhida de materiais mais sensíveis por sanções.


Esse tipo de questão já ocorreu antes. Putin ofereceu aos indianos a compra e montagem no país do Su-57, seu caça de quinta geração que só foi vendido para a Argélia, 15 anos depois de seu primeiro voo.


O projeto é simbólico, pois era conjunto com a mesma Índia e usando o caso de sucesso do Su-30 como base. Nova Déli iria fazer a versão de dois lugares do avião, que Moscou não usa, mas caiu fora no meio do caminho e foi comprar material francês. Será notável se voltar ao Su-57 agora.


Mais futuro parece ter um negócio já adiantado de arrendamento de um submarino de propulsão nuclear russo pelos indianos, e há outras parcerias já em curso, como o míssil BrahMos


Subjacente a tudo isso está a China, a rival estratégica dos EUA. Aqui o cipoal de interesses é denso. Rival histórica e com diversas desconfianças atuais em relação a Pequim, Moscou hoje vive uma relação "sem limites", como definido por Putin e Xi Jinping 20 dias antes da guerra em 2022.


O namoro instável de Trump com o russo pode ser visto como uma tentativa de afastá-lo da órbita chinesa. Já em relação à Índia, o efeito foi contrário. Nova Déli são grandes rivais na Ásia e quase se enfrentaram militarmente nos últimos anos. Mas a pressão de Trump levou Modi a reaproximar-se cautelosamente de Xi, visitando o chinês neste ano.


Com tudo isso e a necessidade de buscar acomodação de Trump, os atores tentam se posicionar entre os polos conflitantes. A Índia tem uma posição privilegiada, pois é uma gigante econômica em ascensão, tem a maior população do mundo ainda com bônus demográfico e de quebra é uma potência nuclear.


Folha de São Paulo

Em ação coordenada pela Sejusp, PCi e Agepen realizam coletas de DNA em operação que envolve quatro estados

 




Etapa realizada em MS soma 393 coletas e integra esforço conjunto no âmbito da Operação Codesul II


A PCi-MS (Polícia Científica de Mato Grosso do Sul), em parceria com a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), realizou, nos dias 1º e 3 de dezembro, uma etapa de coleta de material biológico que integra um conjunto de ações coordenadas pela Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública). A iniciativa compõe a operação conjunta desenvolvida entre as Polícias Científicas e Polícias Penais dos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul, no âmbito da Operação Codesul II.


Em Mato Grosso do Sul, as equipes coletaram 69 amostras no Estabelecimento Penal de Aquidauana e 324 amostras no Instituto Penal de Campo Grande (IPCG), totalizando 393 coletas. Cada estado participante executa sua etapa conforme cronograma interno, ampliando de forma articulada a base de dados que compõe o Banco Nacional de Perfis Genéticos.


A ação mobilizou equipes especializadas da PCIMS. Participaram 16 peritos criminais, 3 agentes de Polícia Científica e 3 peritos papiloscopistas, com o apoio de 19 policiais penais, que realizaram a triagem e seleção dos custodiados e acompanharam os procedimentos realizados pela perícia.


A Polícia Científica desempenha papel central no processo de identificação genética, desde a coleta padronizada das amostras, passando pela realização dos exames de DNA no IALF, até a validação e inserção dos perfis na Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos. Esse fluxo assegura rigor técnico, confiabilidade e potencial de cruzamento de informações com vestígios e casos investigados em todo o país.


De acordo com a diretora do IALF (Instituto de Análises Laboratoriais Forenses), perita criminal Josemirtes Prado da Silva, o avanço decorre da atuação integrada entre os estados.


“A articulação entre diferentes estados fortalece a precisão das análises, qualifica o intercâmbio de informações e amplia a capacidade de elucidação de crimes”, afirmou.


O diretor de Operações da Agepen, Flávio Rodrigues, também destacou a importância da iniciativa. “A Polícia Penal realizou a triagem e a seleção dos internos que se enquadram nos perfis estabelecidos para a coleta, possibilitando a criação de um banco de dados que poderá contribuir para a solução de crimes. Este trabalho conjunto é uma forma de fortalecer a segurança pública de todo o país”, enfatizou.


A iniciativa segue as diretrizes da Lei Federal nº 12.654/2012, que determina a coleta de DNA de condenados por crimes violentos ou hediondos. Os perfis gerados são inseridos na Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos, coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública.


Com a coordenação da Sejusp e a atuação integrada prevista no Codesul, os estados reforçam a cooperação regional, fortalecem a investigação científica e ampliam a efetividade das ações de segurança pública.


Maria Ester Rossoni, Comunicação PCi-MS

Keila Oliveira, Comunicação Agepen

Fotos: Comunicação Agepen

Agenda: Santa Missa, sessões e solenidades estão previstas

 

                                             Foto: Luciana Nassar



Terça-feira


Os eventos iniciam no dia 9, com a Santa Missa de Ação de Graças pelo ano de 2025, promovida pela Escola do Legislativo Senador Ramez Tebet, no saguão Nelly Martins, a partir das 8h, com a condução do padre Aldir da Silva.


Na sequência os deputados estaduais se reúnem para a votação da Ordem do Dia, na sessão ordinária, a partir das 9h, no Plenário Júlio Maia.


Pela tarde, a partir das 13h30 no Plenarinho Nelito Câmara, está previsto o seminário com o tema: "As Câmeras de vigilância em Sala de Aula: Coibição de Crimes, Promoção de Segurança ou Negação do Ato de Educar?". A proposição é da deputada Gleice Jane (PT), em correalização com a Seção Sindical dos Professores da UFMS (ADUFMS) e o Observatório Nacional da Violência Contra Educadoras/es (ONVE).


Quarta-feira


O dia 10 começa com a reunião da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR), às 8h, no Plenarinho Nelito Câmara. Na sequência ocorre a sessão plenária, às 9h, no Plenário Júlio Maia.


Pela noite, às 19h, está prevista a Sessão Solene alusiva ao Dia do Farmacêutico, por proposição do deputado Professor Rinaldo Modesto (Podemos), àqueles que contribuíram para o desenvolvimento do Estado.


Quinta-feira


Dia 11, está prevista a votação da Ordem do Dia, na sessão ordinária, a partir das 9h, no Plenário Júlio Maia.


À noite ocorre a Sessão Solene da Entrega da Medalha e Diploma de Honra ao Mérito Legislativo Engenheiro José Francisco de Lima, por força da Resolução 01/2022.  A proposição é do deputado Renato Câmara (MDB) e o evento está previsto para às 19h, no Plenário Júlio Maia.


Serviço


Todos os eventos na ALEMS são abertos ao público e à imprensa. A Casa de Leis fica localizada na Avenida Desembargador José Nunes da Cunha, Bloco 9 do Parque dos Poderes – primeiro bloco pela entrada da Avenida Mato Grosso. As ações terão a cobertura e banco de imagens pelo Portal da ALEMS e transmissões pelo Facebook e Youtube.

Professor da USP é preso nos EUA após tiros de chumbinho perto de sinagoga

 

                                            (Foto: Divulgação/Harvard Law)



Autoridades de imigração dos EUA prenderam um professor visitante da Faculdade de Direito de Harvard nesta semana, após ele ser acusado de disparar uma arma de pressão do lado de fora de uma sinagoga em Massachusetts, na véspera do Yom Kippur, informou o Departamento de Segurança Interna dos EUA na quinta-feira (4).


Carlos Portugal Gouvea, cidadão brasileiro, foi preso na quarta-feira pelo ICE (Serviço de Imigração e Alfândega dos Estados Unidos) após seu visto temporário de não imigrante ter sido revogado pelo Departamento de Estado americano, em decorrência do que o governo do presidente Donald Trump classificou como um "incidente de tiro antissemita" — uma descrição que diverge da versão apresentada pelas autoridades locais. Caso aconteceu em outubro deste ano.


Gouvea, professor associado da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, que lecionou em Harvard durante o semestre de outono, concordou em deixar o país, informou o Departamento de Segurança Interna.


Não foi possível contatá-lo imediatamente para comentar o assunto, e Harvard, com sede em Cambridge, Massachusetts, recusou-se a comentar.


Cerco às universidades


A prisão de Gouvea ocorre em um momento em que o governo Trump pressiona Harvard a chegar a um acordo para resolver uma série de acusações feitas contra a universidade, incluindo a de que a instituição não teria feito o suficiente para combater o antissemitismo e proteger estudantes judeus no campus.


O antissemitismo é um movimento extremista que prega o ódios aos judeus. O movimento foi mais forte na Alemanha, onde durante anos foi criado o sentimento de que os judeus eram os responsáveis pelos males ocorridos no país.


Harvard chegou a processar o governo por algumas das medidas adotadas contra ela, o que levou um juiz a decidir, em setembro, que a administração federal havia encerrado ilegalmente mais de US$ 2 bilhões em subsídios de pesquisa destinados à universidade.


A polícia de Brookline, em Massachusetts, prendeu Gouvea em 1º de outubro, após atender a um chamado sobre uma pessoa armada perto da Temple Beth Zion, na véspera do feriado judaico de Yom Kippur. Segundo o boletim de ocorrência, Gouvea afirmou que usava a arma de pressão para caçar ratos nas proximidades.


No mês passado, ele chegou a um acordo para resolver a acusação de disparo ilegal de uma arma de pressão, pelo qual cumprirá seis meses de liberdade condicional antes do julgamento e pagará US$ 386,59 em indenização.


Outras acusações que ele enfrentava por perturbação da paz, conduta desordeira e vandalismo foram retiradas como parte do acordo.


Apesar das alegações do governo Trump, a Temple Beth Zion já havia informado seus membros que o incidente não parecia ter motivação antissemita, avaliação compartilhada pelo Departamento de Polícia de Brookline, que investigou o caso.


 


A sinagoga afirmou que a polícia informou que Gouvea “não sabia que morava ao lado de uma sinagoga, nem que estava disparando sua arma de chumbinho ao lado de uma, ou que se tratava de um feriado religioso". (Da Reuters) 

Governo avalia aumentar Imposto de Importação em 2026 e projeta alta de R$ 14 bi na arrecadação

 

                                            Folhapress

  • Dinheiro extra viria de 'medidas concorrenciais', de acordo com relatório aprovado pelo Congresso

  • Entre os setores com possibilidade de revisão de alíquotas estão aço, químicos e carros elétricos



O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prevê aumentar a alíquota do Imposto de Importação para setores da economia em 2026 e passou a projetar aumento de R$ 14 bilhões na estimativa de arrecadação com o tributo no próximo ano. As medidas visam evitar a necessidade de corte de gastos no ano eleitoral.


A informação foi antecipada pelo jornal Valor Econômico. A Folha apurou que entre os produtos que podem ser afetados estão aço, químicos e carros elétricos. Integrantes do Executivo afirmam que há muitos procedimentos de defesa comercial em andamento e que o imposto será reavaliado em alguns setores. Ainda não há confirmação de quais itens serão atingidos e quais serão os percentuais.


A projeção consta no relatório de receita do PLOA (Projeto de Lei Orçamentária Anual) de 2026, apresentado pela senadora Dorinha Rezende (União Brasil-TO) e aprovado na CMO (Comissão Mista de Orçamento) na quarta-feira (3).


O aumento da alíquota do Imposto de Importação não foi detalhado no texto da congressista. Cabe ao Executivo definir qual será a elevação.


Segundo o relatório da senadora, a mudança se deu considerando iniciativas "de defesa comercial pleiteadas por setores produtivos nacionais". "As medidas estão em consonância com análise realizada acerca da melhoria de condições de concorrência de alguns dos setores estudados", diz.


Com isso, a estimativa de receita com o Imposto de Importação subiu 13,59%. Passou de R$ 103 bilhões para R$ 117 bilhões. As receitas primárias líquidas foram reajustadas para R$ 13,23 bilhões, enquanto as brutas foram elevadas para R$ 12,30 bilhões.


O relatório também indica que derrubar o veto presidencial ao texto que muda as regras do preço de referência do barril de petróleo usado no cálculo dos royalties terá impacto de R$ 3,7 bilhões na arrecadação de 2026. O valor foi incluído no relatório, mas o veto ainda será debatido pelo Congresso.


Os royalties são valores pagos ao governo por empresas que fazem a extração do óleo. No Brasil, são divididos entre União, estados e municípios, com o objetivo de compensar a sociedade pelo uso do bem público, financiar investimentos em áreas como educação e saúde e mitigar os impactos ambientais.


Entre outras estimativas presentes no relatório estão a lei aprovada pelo Congresso com o endurecimento das compensações tributárias do PIS/Cofins, que aumentará as receitas em R$ 10 bilhões, e o projeto de lei que aumenta a taxação de casas de apostas, as chamadas bets, e de fintechs, que deve elevar a arrecadação em R$ 3,99 bilhões, caso aprovado.


Elas compensarão parcialmente a derrubada da MP (Medida Provisória) que fazia compensação ao IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), cuja rejeição pela Câmara dos Deputados causou frustração de receita de R$ 20,9 bilhões.


Além disso, a lei que deu benefícios tributários à indústria química foi estimada renúncia de R$ 434,2 milhões.


A previsão é que a LOA (Lei Orçamentária Anual) de 2026 seja votada a partir de 15 de dezembro, antes do recesso parlamentar.


Já a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2026, com as diretrizes que precisam ser seguidas na elaboração do Orçamento, foi aprovada com atraso, apenas nesta quinta-feira (4), depois de impasses entre o Executivo e o Legislativo sobre as medidas de aumento da arrecadação e o pagamento das emendas parlamentares.


Isadora Albernaz

Folha de São Paulo

Condições hídricas sustentam as lavouras argentinas

 

                                              Foto: Divulgação


A área de girassol estimada em 2,7 milhões de hectares está praticamente concluída

O avanço das principais culturas de verão na Argentina mantém ritmo moderado, em meio a condições de umidade consideradas favoráveis na maior parte do país. Segundo a Bolsa de Mercadorias de Buenos Aires (BCBA), o plantio de soja alcança 44,7% da área projetada para a safra 2025/26, ainda com atraso frente ao ciclo anterior. A semeadura de primeira segue para a fase final nos núcleos produtivos, enquanto a falta de piso no centro de Buenos Aires limita o acesso às lavouras. Com o avanço da colheita de trigo, cresce o ritmo da soja de segunda.


O plantio de milho destinado a grão chega a 44% da área nacional após avanço semanal de cinco pontos. Do total já implantado, 86% apresenta condição de boa a excelente, sustentado por umidade adequada. A oferta hídrica indica cenário amplamente favorável, com 94% das áreas entre níveis adequados e ótimos, apesar de excessos pontuais no Núcleo Sul e no centro de Buenos Aires.


A área de girassol estimada em 2,7 milhões de hectares está praticamente concluída. Regiões iniciais registram lotes entre enchimento de grãos e maturação, com colheitas pontuais no NEA e produtividades entre 25 e 35 quintais por hectare. A região enfrenta ataques de pombas que reduziram rendimentos em pontos isolados. Nas demais áreas, as lavouras evoluem de V2 a floração, com condição entre normal e excelente.


O sorgo cobre 45,4% da área prevista, com avanço anual de 4,3 pontos, impulsionado pela boa umidade. O progresso se concentra no sul de Córdoba e no Núcleo Norte, onde o plantio está concluído. A colheita de trigo atinge 45,3% da área apta, com produtividades elevadas entre 35 e 59 quintais por hectare. Com 73% das lavouras maduras e oferta hídrica favorável no sul, mantém-se a projeção de 25,5 milhões de toneladas.