Agência Brasil Foto; Divulgação
A Sociedade Rural Argentina emitiu um comunicado intitulado "Queremos retenciones del 35%", sendo que atualmente esse importo é de 33% para o setor. No entanto, de acordo com o portal local AgroFy, essas retenciones não seriam para os próprios agricultores, mas sim pata a classe política.
"Exigimos que o setor mais rentável da economia argentina contribua com 35% de retenção. Esse setor, como todos sabemos, é o setor político", afirmou o comunicado.
Nesse cenário, província da província de Buenos Aires, ressaltaram que os setores que compõem a cadeia produtiva e, principalmente o campo, diante da crise de 2001 (há quase 20 anos) aceitaram retenções em seus produtos para que, uma vez superada a contingência, elas sejam retiradas. Situação que nunca aconteceu.
Atualmente, o impacto das retenções é agravado pelo hiato cambial. No caso da soja, um produtor recebe apenas US$ 126 por tonelada contra um preço FOB de US$ 330. "Hoje a Argentina precisa que os políticos contribuam com 35% de seu salário, o de seus conselheiros, 35% de sua diária e 100% do que eles administram discricionariamente", observam eles.
O que eles pedem é criar um fundo comum, onde sejam fornecidas contas claras no que cada coisa é gasta. "Propomos que todos esses recursos sejam utilizados para sustentar o sistema produtivo e comercial, a segurança alimentar dos argentinos e, é claro, o sistema de saúde", completam.
"Queremos propor que, uma vez terminada a crise, essas retenções para os políticos sejam gradualmente reduzidas, mas ao mesmo tempo o mesmo seja feito com as retenções no campo e em outros setores que as sofrem", afirmam a Sociedade Rural de 9 de Jlio, da província de Buenos Aires.
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