segunda-feira, 11 de julho de 2016

Ciclista vai usar prótese impressa em 3D na Paralimpíada

Galilleu

Aos 2 anos de idade, a alemã Denise Schindler perdeu a perna direita em um acidente de carro. Aos 21, ela se apaixonou pelo ciclismo e virou profissional no esporte. Ganhou vários campeonatos pelo mundo, foi prata nos Jogos Paralímpicos de Londres, em 2012, e agora prepara-se para brilhar no Rio.

A novidade é que vem com uma prótese projetada e impressa em 3D, tornando-se a primeira ciclista do mundo a competir com um modelo de perna desse tipo. Isso foi possível graças à parceria entre a campeã de paraciclismo e a Autodesk, empresa norte-americana de software.

A fabricação de uma prótese é um processo lento. O modelo que a atleta usava era feito à mão, por técnicos que fundiam os materiais e os refinavam durante semanas. Sem dúvida, era uma peça bem-acabada, mas levava mais de dois meses para ser confeccionada e tinha alto custo. A prótese da Autodesk levou cerca de cinco dias para ficar pronta e custou 25% do preço da versão antiga. E sem afetar a qualidade e o conforto ‒ importante fator a ser considerado, visto que a ciclista pedala de quatro a cinco horas por dia.

Para fazer a prótese, a empresa de software realizou uma varredura 3D da perna esquerda de Denise, eliminando a necessidade de um molde. Por meio de uma moderna ferramenta de design, a equipe trabalhou em 52 versões digitais da prótese até encontrar a ideal. Depois, foi só imprimir, em questão de minutos. Além de levar menos tempo para ser feito e ser mais barato, o novo modelo pesa quase a metade da antiga perna de fibra de carbono da atleta.

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