Neste domingo (1), a partir das 20h30, o GloboNews Especial vai discutir o assédio sexual em lugares públicos e dentro de casa.
A atração exibirá vídeos caseiros com depoimentos de vítimas desse crime execrável ainda pouco debatido na mídia.
O portal G1, pertencente ao Grupo Globo, estimulou leitoras a fazer uma gravação de até 30 segundos relatando o assédio e enviá-la ao programa.
Na chamada que está no ar, nos intervalos da GloboNews, uma mulher com o rosto ocultado pela tela de um notebook descreve o terror do primeiro assédio, praticado por um homem mais velho num ônibus: “Eu chorava, ele sorria”.
A atração terá a participação de policiais, advogados e juízes para esclarecer os direitos das vítimas e como enquadrar os agressores nas leis vigentes.
Outro aspecto a ser discutido é o preconceito. Não raro as mulheres são culpabilizadas pela violência sofrida.
Para que o tema do primeiro assédio conseguisse o devido destaque na imprensa foi necessário ocorrer um episódio tão ignóbil quanto emblemático.
A estudante Valentina, de 12 anos, tornou-se vítima de comentários com teor sexual nas redes sociais após aparecer no reality gastronômico MasterChef Júnior, na Band.
Em nota, a emissora repudiou essas manifestações. A chef Paola Carosella, técnica do programa, tuitou sua revolta: “Pedofilia é crime. Denuncie. Denuncie. Denuncie. Acenda a luz na cara deles”.
Após a repercussão do caso Valentina, mulheres anônimas e famosas passaram a relatar na internet a primeira vez em que foram assediadas.
A mobilização foi iniciada pela jornalista Juliana de Faria, fundadora do coletivo feminista Think Olga e criadora da hashtag #primeiroassedio.
Desde 2013 ela coordena a campanha Chega de Fiu Fiu, que estimula as mulheres a compartilhar suas histórias e denunciar os agressores.
As atrizes Letícia Sabatella e Rachel Ripani, conhecidas por atuar em novelas da Globo, aderiram à causa e narraram episódios de assédio na infância, no Facebook.
Nenhum comentário:
Postar um comentário