sábado, 8 de abril de 2023

Itamaraty confirma fim do embargo à carne bovina brasileira pela Rússia

 

                                           Rebanho bovino no MT (Foto: Indea-MT)


O Ministério das Relações Exteriores informou nesta sexta-feira (7) que a Rússia anunciou o fim do embargo à carne bovina brasileira produzida pelo Pará.


O embargo havia sido anunciado pelo país no mês passado, após a confirmação de um caso atípico de "vaca louca" em uma pequena propriedade no município de Marabá, no Pará, no dia 22 de fevereiro.


Vale destacar que a restrição se deu apenas à produção paraense, e outros estados brasileiros puderam seguir exportando sua produção à Rússia.


O caso paraense foi considerado atípico, isto é, sem risco de disseminação ou risco à saúde pública.


"O governo brasileiro recebeu com satisfação o anúncio ontem, 7 de abril, do fim das restrições à carne bovina brasileira impostas pela Rússia em razão do caso isolado de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) atípica no estado do Pará", informou o Itamaraty.


"O anúncio, que se soma à recente reabertura do mercado das Filipinas, lograda em 28 de março, e à reabertura de outros mercados (nota no. 109/2023), representa a plena normalização do comércio do produto com a Rússia", acrescentou o governo brasileiro.


Segundo o governo brasileiro, em 2022, as exportações de carne bovina para a Rússia somaram cerca de US$ 165 milhões, o equivalente a 24 mil toneladas do produto.


Outros embargos


Além da Rússia, países como China e Filipinas também anunciaram embargo à carne bovina brasileira após o caso atípico de "vaca louca".


Esses países, no entanto, já haviam retomado a compra do produto.


De acordo com o Itamaraty, embaixadas brasileiras e representações do Ministério da Agricultura e Pecuária em países considerados "estratégicos" têm atuado desde que o caso foi registrado no Pará a fim de evitar fechamentos "indevidos" de mercados.


O que aconteceu:


O caso de vaca louca foi confirmado pela Adepará (Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará) em um animal de 9 anos em uma pequena propriedade de Marabá (PA).


O animal foi abatido, incinerado e a propriedade, isolada. O governo informou que o protocolo sanitário foi tomado após a confirmação.


Organização Mundial de Saúde Animal (OIE, na sigla em inglês) foi comunicada sobre o caso e as amostras para exame de tipificação foram enviadas para o laboratório referência da instituição no Canadá.


Laudo do instituto mostrou que caso do Pará é atípico, informou o ministro da Agricultura.


O Brasil possui status sanitário de risco insignificante para a doença, desde 2013, na OIE.


Outros casos atípicos


Em 2021, o Brasil deixou de exportar a carne para a China por mais de 100 dias. Na época, o governo havia comunicado dois casos atípicos da doença registrados em Mato Grosso e Minas Gerais.


No ano passado, a receita das exportações de carne bovina registrou alta de 42% em relação a 2021, de acordo com a Abrafrigo (Associação Brasileira de Frigoríficos) com base em dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior). (Com G1)

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