quarta-feira, 11 de janeiro de 2023

Custos em alta limitam margens e investimentos em 2022

 

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Para hortaliças, indústria foi responsável por leve crescimento
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A Hortifruti Brasil acompanha a área cultivada das principais frutas e hortaliças nas regiões de destaque da produção no Brasil (hortaliças: alface, batata, cebola, cenoura e tomate; frutas: banana, maçã, mamão, manga, melancia, melão e uva de mesa). Nas seções de cada uma destas culturas, no Anuário 2022/23, há um descritivo completo da área cultivada por região. Abaixo, confira um resumo do cenário de 2022 das principais frutas e hortaliças.



HORTALIÇAS:


Batata: O setor de indústria pré-frita impulsionou a área de cultivo do tubérculo, mas a do mercado de mesa deve ter queda, devido à rentabilidade mais justa em 2022 (aumento dos custos de produção).


Tomate de mesa: A área de mesa teve ligeira alta, influenciada pelas praças que cultivam safra anual. A área da safra de inverno, em especial, teve nova queda no plantio em 2022 frente a 2021.


Tomate industrial: As indústrias começaram o ano com estoque bem baixo. Esse cenário somado à alta demanda industrial impulsionaram a área de cultivo em 2022.


Alface: Mesmo com preços mais altos (sobretudo no primeiro semestre), a área na temporada de verão 2022/23 deve ter apenas pequeno crescimento, não compensando as perdas de investimento nos últimos anos.


Cebola: As regiões que aumentaram área em 2021 (MG, GO e SP) reduziram seus investimentos em 2022, por conta das margens mais apertadas. No Sul, a tendência é de ligeiro aumento na área cultivada em Santa Catarina e Rio Grande do Sul na temporada 2022/23.


Cenoura: Na safra de inverno 2022, que ainda era colhida até o fechamento desta edição, a tendência é de aumento de área, devido à alta expressiva nos preços na temporada de verão 2021/22. Já para o verão 2022/23, a aposta inicial é de manutenção nos investimentos.


FRUTAS:


Banana: A expectativa é de leve aumento na área em 2022, puxado por Delfinópolis (MG), Bom Jesus da Lapa (BA) e Vale do São Francisco.


Maçã: Para 2022/23, espera-se manutenção da área, já que os elevados custos e a crise econômica desanimaram produtores.


Mamão: O ano deve fechar com nova queda de área, mas em menor intensidade, diante do retorno da disponibilidade das sementes nos últimos anos.


Manga: Os investimentos devem continuar no Vale do São Francisco, principalmente de exportadores, mas em um ritmo menor, devido às margens mais apertadas.


Melancia: A previsão é de nova queda nos plantios em 2022, diante da continuidade dos altos valores de arrendamento e de outros custos de produção.


Melão: A cultura deve fechar o ano com queda de área diante dos elevados custos, do mercado interno fraco e de problemas logísticos na exportação.


Uva: Os investimentos em área continuaram no Vale do São Francisco, especialmente por parte dos exportadores. Já em Pilar do Sul (SP), a área cultivada deve fechar o ano em queda.

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