Agressor chamou vítima de “preto fedido” após trabalhador perguntar se a pessoa estava bem; Violência aconteceu neste sábado dentro do banheiro masculino
NATÁLIA OLLIVER
Um funcionário da Loja Paris 6, localizada no Shopping Campo Grande, agrediu um prestador de serviços neste sábado (20), em um banheiro masculino, no piso superior do centro comercial. A vítima trabalha na limpeza e contou à polícia que o funcionário o chamou de preto fedido, o jogou no chão e deferiu chutes nas pernas, após o homem perguntar, devido à demora, se o individuo estava bem.
O agressor teria se incomodado com a pergunta da vítima, se levantado e se recusado a dar descarga nos dejetos deixados no sanitário. Neste momento, segundo o relato, o prestador de serviço solicitou ao funcionário que apertasse o botão. O ofensor se recusou e começou a dizer insultos relacionados a cor da pele e profissão do homem. “Seu preto, faxineiro de merda, filha da puta”, disse o agressor.
A vítima relatou ainda que o funcionário chegou a deixar o local, mas retornou comunicando que faria uma reclamação do prestador na administração do Shopping. Em seguida, tentou dar uma gravata na vítima, que conseguiu se esquivar. Não tendo sucesso, o agressor derrubou o prestador de serviços e deu chutes nas pernas do homem.
De acordo com o Boletim de ocorrência, registrado como injúria racial, na Delegacia de pronto atendimento comunitário de Campo Grande (Depac), algumas testemunhas gritaram para o agressor alertando que chamariam a segurança caso o mesmo não deixasse o homem em paz. Só mediante a ação que o colaborador deixou o banheiro.
Em nota encaminhada ao Correio do Estado, o Shopping Campo Grande reconheceu as agressões e informou que foi prestado auxílio a vítima.
“O Shopping esclarece que um funcionário de limpeza sofreu agressão por parte de um colaborador de uma das lojas. A administração do Shopping prestou suporte à vítima e acionou a gerência da loja para providências. O Shopping ressalta que repudia qualquer tipo de violência física ou verbal e se coloca à disposição das autoridades para qualquer esclarecimento”.
Segundo a vítima, as câmeras de segurança flagraram o crime. Até o final dessa reportagem as imagens não tinham sido enviadas à Polícia.
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