quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022

MS tenta emplacar proposta de reformulação da taxa do FCO Empresarial

 

                                              Foto; Bruno Henrique- Arquivo

Regras do FCO Rural usam taxas pré-fixadas enquanto empresários têm que lidar com taxas reajustadas pela inflação


Entidades e autoridades de Mato Grosso do Sul tentam a alteração das regras do Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO) para a classe empresarial. Reunião em Brasília nesta semana uniu dirigentes das fiems e outras federações estaduais e senadores para planejar os próximos passos da proposta.


O Fundo fornece crédito para o desenvolvimento da atividade econômica na região e foi criado na constituição federal de 1988.


Com duas linhas bem separadas de crédito, o FCO Rural tem taxas pré-fixadas, portanto o produtor é cobrado de acordo com a Receita Bruta Agropecuária gerada. Nos casos de pagamento integral, com receita de até R$ 16 milhões os ficam juros em 6,09% ao ano, receita de R$ 16 a R$ 90 milhões a taxa sobe 6,56% ao ano e acima de R$ 90 milhões ela fica na faixa de 5,59% para 7,03% ao ano.


Diferentemente do FCO Empresarial, que segue regras um pouco mais rígidas e que tornam difícil para o empresariado a adequação. Nesta linha, indústrias, fábricas, comércio e varejo tem à disposição de crédito corrigido pela inflação.


De acordo com o site do Banco do Brasil, o Único Banco habilitado para conceder empréstimos do FCO, a taxa anual nesta segunda modalidade é estudada caso a caso.


Conforme informado pela Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul (Fiems), em nota, o crédito atual está na casa dos 13% ao ano, bem descolado da outra linha. "A alta recente da inflação causou aumento dos encargos financeiros dessa linha de financiamento, o que inviabiliza investimentos em longo prazo", justifica a nota.


Nesta semana, representantes do Fiems, da Sudeco (Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste), da Semagro (Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Produção e Agricultura Familiar), e das federações industriais das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, se reuniram em Brasília para discutir a apresentação por senadores para viabilizar o FCO Empresarial a taxas mais próximas ao FCO Rural.


Conforme o secretário da Semagro, Jaime Verruck, há a necessidade de reduzir juros para trazer maior previsibilidade aos empresários e destravar investimentos. "Somos dependentes desses recursos do FCO para o desenvolvimento de nossas atividades produtivas. Viemos aqui buscar a aprovação rápida da proposta junto ao Conselho Monetário Nacional (CNM). Já temos um documento consensual, por isso precisamos que os senadores nos apoiem", salientou.


Com informação do Portal Correio do Estado

Nenhum comentário: