Por: AGROLINK -Leonardo Gottems Foto:Cultura Mix
O dólar é um dos fortes componentes do preço da soja"
A combinação da recente alta do dólar com a queda na bolsa de Chicago fez o preço da soja registrar uma leve alta, tanto nos portos quanto no interior. De acordo com o analista Luiz Fernando Pacheco da T&F Consultoria Agroeconômica, o principal destino da soja é a exportação e, por isso, o valor do dólar continua sendo fundamental para o preço da oleaginosa.
O dólar é um dos fortes componentes do preço da soja, uma vez que ela é fortemente voltada para a exportação. Assim, com a forte alta da moeda americana nesta quinta-feira, atingindo o segundo nível mais alto desde o Plano Real em 1994, somada a uma quase estabilidade da cotação da oleaginosa em Chicago, o resultado foi uma elevação de 1,09% nos preços de exportação nos portos e 0,49% nos preços do interior”, escreveu.
No entanto, ele ressalta o problema da disparidade entre os preços registrados nos portos e no interior. Nesse modo, a soja, ou óleo e farelo, destinados para a exportação tem um lucro maior do que os comercializados no mercado interno, o que faz com que a saída desses subprodutos seja muito alta.
“Por que esta diferença de percentuais? Porque os preços dos subprodutos da soja no interior, farelo e óleo, estão em queda ou inalteradas no mercado interno em algumas praças importantes, enquanto os preços dos portos são impulsionados livremente pelas oscilações do dólar. Somente a parte de exportação dos subprodutos melhorou, dando suporte à pequena alta”, comenta.
O analista ainda finaliza dizendo que “isto fez repetir os movimentos de ontem (30.08), no mercado: enquanto foram negociadas cerca de 60.000 toneladas de soja para exportação no Mato Grosso, nas outras praças o mercado permaneceu calmo, à espera de novas definições da tendência”.
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