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" Precisamos ter uma agenda de enfrentamento mais forte para a diversificação”
Por: AGROLINK -Leonardo Gottems
O gerente setorial de Transportes e Logística do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Dalmo Marchetti, afirmou que o investimento no setor ferroviário brasileiro pode mais que dobrar, caso seja implementada uma agenda de amplo desenvolvimento do setor. Segundo ele, o montante investido passaria de R$ 9 bilhões para R$ 19 bilhões no médio prazo.
De acordo com Marchetti, algumas medidas emergenciais devem ser tomadas que esse amplo investimento tenha sucesso e o setor ferroviário consiga aproveitar todo o seu potencial para o transporte de cargas. Ele explica que os principais eixos do projeto são adoção das linhas de extensão curta, devolução de trechos que são pouco utilizados para que o governo promova uma “relicitação” e desenvolvimento de novas PPPs(Parcerias Público-Privadas), além de ajustes na regulamentação.
Dentre os principais problemas do sistema ferroviário, o gerente cita a concentração de linhas somente da rota de exportação e exclusivamente para o transporte de commodities agrícolas e minerais. Ele defende que haja um aumento dessas linhas indo para o interior do País e que também haja uma diversificação dos produtos transportados, para que desafogue o sistema rodoviário.
“O País tem muitas oportunidades nesse setor. A agenda ferroviária é uma muito cara ao BNDES. O modelo atual é excessivamente concentrado. Precisamos ter uma agenda de enfrentamento mais forte para a diversificação”, alegou.
Outra saída apontada por Marchetti foi o uso da malha ferroviária dentro das metrópoles para o transporte de cargas. Segundo ele, isso seria feito quando o fluxo do transporte de passageiros for baixo, como a noite e a madrugada, por exemplo.
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