Após um hiato de 44 anos, Galvão Bueno retorna para a Band com seu novo programa, Galvão e Amigos, que levará grandes debates do mundo do futebol para a TV aberta. Ao lado de Walter Casagrande, Mauro Naves e Paulo Roberto Falcão, ele vai falar sobre os maiores campeonatos do esporte que é paixão nacional. O ESTRELANDO esteve na coletiva de imprensa do projeto, que rolou nesta segunda-feira, dia 24, quando todos falaram sobre suas expectativas para a nova fase de suas carreiras.
Depois de quase dois anos longe da televisão aberta sem um contrato fixo, o narrador comentou sobre como foi a sua saída da TV Globo para a sua atual emissora:
- Eu já estava certo que, após a Copa do Mundo de 2022, no dia 31 de dezembro de 2022, eu encerraria o meu contrato com a Globo. Porém, a gente acabou estendendo um pouquinho mais, eu ajudando em algumas coisas. Quando eu saísse de lá, eu não poderia ir para nenhuma nova emissora durante um tempo, mas eu sabia que não poderia ficar parado.
Além disso, o jornalista revelou que seu contrato final com o antigo emprego o restringia de ir para alguma concorrente por um ano. Mas, com o tempo, ele e sua equipe descobriram uma forma de driblar os pedidos da Globo, criando seu canal no YouTube para falar de futebol, transmitir jogos e entrevistando grandes personalidades do esporte:
- O canal seria lançado depois, mas, com toda a questão do contrato, nós adiantamos até um pouco a história do canal para o dia 11 de março de 2023, para o jogo da seleção brasileira. Então, além de não fazer bem o contrato, a Globo errou em não ter comprado o jogo, e aí nós o fizemos e deu mais de 11 milhões de pessoas, simultaneamente, assistindo.
Em suas palavras, a volta de Galvão para a Band foi algo natural, sendo, para ele, um momento era de mudança. Para quem não se lembra, aliás, o grande amigo de Ayrton Senna descobriu o que era narrar justamente no canal televisivo, em 1977:
- Eu era comentarista, quando dois produtores me chamaram para narrar um jogo do campeonato carioca. Eu disse que não iria, pois não sabia o que era gritar gol. Desde então, são quase 50 anos gritando gol nos maiores campeonatos do mundo. Era o momento de voltar, de ter essa coisa gostosa, de voltar a própria gente, onde começou. Acho que a vida não deve parar, independente da idade... E ter os amigos de volta ao meu lado! Estou finalmente em casa.
Mas não foi só Galvão que falou. Casagrande comentou como está feliz de poder trabalhar com seus amigos, que o ajudaram muito com seus problemas com drogas:
Eu fico muito emocionado de estar aqui ao lado deles. Quando eu passei pelo meu problema com as drogas, eu não recebi só apoio da minha família, mas deles também. Um dia, fomos viajar para cobrir um grande evento e, no jantar, o garçom passou oferecendo champanhe, na hora que eu ia recusar, todos eles gritaram dizendo que eu não estava bebendo. Foi ali que eu me vi em um lugar seguro e amado.
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