A mãe suspeita de amarrar e agredir o filho de três anos com um cano foi presa. Ela também está proibida de se aproximar da criança. Os fatos foram registrados na cidade de Anastácio, na região do Pantanal, na última segunda-feira, dia 03 de março. Com sinais evidentes de desnutrição, desidratação e lesões pelo corpo, o menino foi encaminhado para uma unidade de saúde de Campo grande.
A delegada Isabelle Sentinello explicou que após ouvir testemunhas, na segunda-feira, data em que a criança foi levada ao hospital pela própria mãe, decidiu por determinar a prisão pelo crime de maus-tratos qualificado. Diante da gravidade da situação, a Polícia Civil também pediu medida protetiva para que a mulher não se aproxime do filho.
A justiça decidiu por determinar que a criança fique em uma unidade de acolhimento do município. "Também proibição da mãe ou de qualquer familiar visitar a criança", disse a delegada. "Além disso, vamos apurar se outras pessoas foram negligentes nos cuidados com a criança", concluiu.
Segundo o site Campo Grande News, o menino está acompanhado de assistente social em hospital de Campo Grande, onde recebe os cuidados necessários.
Entenda
Na segunda-feira (3), por volta das 20 horas, a própria mãe deu entrada na unidade de saúde de Anastácio. Ao atender a criança, equipe médica percebeu lesões pela cabeça, no queixo, braços e por toda a região do abdome. Além disso, a criança estava desnutrida e desidratada.
Por conta da situação, o Conselho Tutelar foi acionado e, posteriormente, a Polícia Militar. Ao conversar com a mãe, a mesma alegou que estava em uma fazenda e deixou o filho com a avó paterna. A PM, então, foi até o imóvel da avó e também a questionou. A mulher negou as agressões, afirmando que quem as cometia era a própria mãe.
Diante das contradições, três pessoas, mãe, avó e tia da criança acabaram conduzidas para a delegacia, onde prestaram esclarecimentos. Lá, a avó contou que nora e neto estavam morando com ela há cerca de cinco meses. Também relatou que presenciava a mãe batendo na criança, mas não se metia na "educação". A mulher afirmou, ainda, que já havia orientado a levar o menino no médico.
Na delegacia, a mãe mudou a versão, afirmando que a irmã, tia do menino, era quem cometia as agressões. Utilizando um cadarço, amarrava a criança e usava um cano de água para bater nele, toda vez que pedia comida. Já a tia nega os fatos, também apontando como autora a própria mãe.
Testemunhas, vizinhos da casa onde a família morava, afirmam que já fizeram várias denúncias ao Conselho Tutelar sobre a situação. "Quando elas suspeitavam que o Conselho vinha, trancavam a casa. Essa criança chorava o dia todo", disse uma vizinha que pediu para ter o nome preservado.
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