O projeto Som da Concha, da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, celebra mais uma vez o mês da Mulher neste domingo (25 de março). O som regional de AliceA e os sambas clássicos do grupo Sampri tomam o palco da Concha Helena Meirelles do Parque das Nações Indígenas, novamente a partir das 17h30, com entrada franca.
A douradense AliceA aprendeu a cantar e tocar violão ainda pequena, com o auxílio do irmão. Sua vida artística teve início aos 18 anos, quando começou a tocar profissionalmente em bares. Seu grande trunfo foi a participação no “I Prêmio Divas da Música Brasileira”, em 2010. Dentre mais de 2 mil candidatas de todo o país, ficou entre as 3 finalistas.
Essas apresentações fizeram com que AliceA seguisse o conselho de um dos jurados do prêmio Divas, o músico Charles Gavin (Titãs). Ele recomendou um trabalho de pesquisa em música em Mato Grosso do Sul, para distinguir melhor a essência da musicalidade de seu próprio Estado.
A partir dessa pesquisa, AliceA passou a conhecer melhor os cantores e compositores sul-mato-grossenses, como Helena Meirelles, Almir Sater, Maciel Correia, Dino Rocha, Tetê, Alzira, Geraldo e toda a família Espíndola, referência, segundo ela, da música de Mato Grosso do Sul no Brasil. A partir daí surgiram vários convites profissionais em todo o Estado e uma apresentação no 12º Festival de Inverno de Bonito, em 2011.
Sampri – Como já disse Dorival Caymmi em “Samba da Minha Terra”, quem não gosta de samba bom sujeito não é. Ainda mais quando esse samba é levado por mulheres como Carmem Miranda, Aracy de Almeida, Elizete Cardoso e Tereza Cristina. Esse é o som que as três irmãs de sangue e de música do Sampri resgatam com o devido balanço e respeito.
Luciana no pandeiro, Renata no violão e Magally no cavaquinho soltam suas vozes na melhor tradição do samba brasileiro. Acompanhadas por dois percussionistas e de um repertório da pesada, também vão de Noel Rosa a João Nogueira, de Cartola e Nelson Cavaquinho a Candeia e Zeca Pagodinho, passando pelo já citado mestre Dorival Caymmi, Zé Keti e Paulinho da Viola, entre outros bambas.
As três sul-mato-grossenses beberam da mesma fonte de seu pai e avô. O samba nasce em família e toma conta da casa, como no tempo da tia Ciata, onde as raízes africanas fizeram brotar as primeiras rosas de Pixinguinha. Ensaios não têm hora marcada e a troca de informações contribui com a pesquisa de antigos sucessos. O repertório se renova e o talento é aprimorado pela afinidade. O resultado são bons espetáculos e um gostinho de “quero mais”...
Som da Concha
O projeto é uma realização da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul em parceria com a Fundação Manoel de Barros, TV Brasil Pantanal e 104 FM Rádio MS e prevê apresentação de shows em domingos alternados.
A Concha Acústica Helena Meirelles fica no Parque das Nações Indígenas, na Rua Antonio Maria Coelho, nº 6000. Outras informações pelo telefone (67) 3314-2030. A entrada para os shows é franca.
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