Um dos maiores nomes da música e do cinema brasileiros, Carmem Miranda completaria hoje (9) cem anos. Para lembrar o centenário de nascimento daquela que é apontada como a brasileira mais famosa do mundo no século 20, a Secretária Estadual de Cultura do Rio de Janeiro promove ao longo da semana uma série de atividades. O destaque será a instalação de uma estátua em tamanho natural da artista – também conhecida como Pequena Notável – , que passará a integrar o museu da cantora.
O Museu Carmem Miranda, localizado no Aterro do Flamengo, zona sul da cidade do Rio, receberá a obra, esculpida em resina, ainda hoje. O autor da peça, o artista plástico Ulysses Rabelo, chegou até a estudar a máscara mortuária e a arcada dentária da da Pequena Notável. A réplica vestirá o traje usado no filme Uma Noite no Rio, de 1941.
Ao longo da semana, o museu terá palestras do jornalista Ruy Castro, autor de uma biografia da artista, exibição de filmes e apresentações musicais com a participação de blocos de carnaval e de escolas de samba. Também será apresentada uma exposição com uma retrospectiva da vida da cantora.
Quem for ao local também poderá conferir no acervo outras três mil peças, entre roupas de filmes em Hollywood, além de objetos pessoais como escovas e espelhos. Há ainda partituras e fotos originais. As peças foram doadas pela família da artista.
A Rádio Roquette Pinto – do governo estadual - onde a Pequena Notável começou a carreira, também prestará homenagem com programas especiais.
Em entrevista à Rádio Nacional do Rio, a secretária de Cultura Adriana Rattes disse que a idéia não é só relembrar a artista, mas repensar “o fenômeno que era Carmem”. Ela lembra que a cantora foi usada pelo governo dos Estados Unidos para estreitar relações com a América Latina.
“Ela fazia parte da política americana de boa vizinhança”, disse. “Estamos acostumados a ligá-la ao lado brejeiro, mas ela também representou criatividade, coragem, ousadia, empreendedorismo. Esse lado também fala do Brasil”.
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