domingo, 17 de setembro de 2023

Sainz vence GP de Singapura e rompe jejum de 434 dias da Ferrari

 




Exatos 434 dias separam a última vitória da Ferrari na F1 e o mais novo triunfo da escuderia, conquistado de forma dominante - mas não menos emocionante - por Carlos Sainz no GP de Singapura deste domingo, dia 17 de setembro. Sob extrema pressão apesar de liderar de ponta a ponta, o espanhol tornou-se o primeiro piloto não-Ferrari a vencer em 2023, após segurar Lando Norris. Lewis Hamilton é terceiro, após George Russell bater na volta final.


Além do desempenho digno dos idos de 2019 para a escuderia italiana, o dia foi para a RBR esquecer: largando em 11º e 13º, Max Verstappen e Sergio Pérez não tiveram ritmo para avançar; alvo fácil da Ferrari, McLaren e Mercedes, terminaram respectivamente, em sexto e nono. Foi a primeira corrida desde o GP do Bahrein de 2022 sem a dupla no pódio. Na ocasião, eles abandonaram após quebras.



A briga pelas posições abaixo de Sainz não decepcionou: Charles Leclerc herdou a vice-liderança na largada e foi prejudicado por um pit stop lento após safety car acionado pela batida de Logan Sargeant na volta 19. Aí, Russell e Norris entraram em disputa com Hamilton correndo por fora.


O monegasco até retornou ao top 3 com a troca de pneus das duas Mercedes na volta 44 mas foi superado pela dupla nas voltas seguintes. Perto da bandeirada, um "trem de asa traseira aberta" se formou entre Sainz, Norris, Russell e Hamilton. Porém, a prova do jovem britânico acabou metros antes no muro da curva 7, na última volta, quando menos de 1s separavam os três primeiros.


Resultado


A F1 retorna já no próximo fim de semana em 24 de setembro com o GP do Japão, válido como a 16ª rodada da temporada. Restam seis corridas para o fim do campeonato. Veja calendário.


A largada


A prova começou sem Lance Stroll, que não largou devido aos danos em sua Aston Martin após a forte batida na classificação deste sábado, e por ainda sentir dores por causa do choque. Com Guanyu Zhou largando do pit lane após trocar componentes do carro, só 18 estavam no grid.



Sainz conseguiu manter a posição de vantagem com tranquilidade à frente de Leclerc, que passou Russell para assumir a vice-liderança da prova. Logo atrás deles, Hamilton freou tarde demais e escapou da pista, retornando para o traçado na frente de Norris, quarto colocado, e o colega de equipe. Ele devolveu a posição para Russell na segunda volta da prova mas manteve-se em terceiro.


Kevin Magnussen, sexto no grid, caiu para oitavo; e o líder Verstappen, de cara, ganhou uma posição e foi de 11º para décimo. Pérez, por outro lado, manteve-se em 13º e ainda se envolveu em um toque que ocasionou o abandono de Yuki Tsunoda na volta de abertura. Zhou ocupava a última colocação.


Destaques da prova


De ponta a ponta, Sainz (e como perder um pódio)


Munido de pneus macios, Leclerc manteve-se na cola de Sainz durante as voltas iniciais, gerenciando a diferença de 1s para o companheiro. Na volta 10, a Ferrari pediu ao piloto de Mônaco que abrisse 3s de vantagem sobre Russell para proteger-se; assim, ele viu também a distância para o líder aumentar.



A dupla manteve o ritmo parelho nos giros seguintes, quando a escuderia também pediu que Leclerc abrisse uma distância maior para Sainz apesar do temor ao risco de Russell. No entanto, a batida de Logan Sargeant na curva 8 separou as duas Ferraris, na volta 19: o calouro da Williams perdeu a asa dianteira e voltou para a pista, direcionando-se ao pit lane.


Mesmo assim, a direção de prova optou pelo safety car, que levou os cinco primeiros aos boxes: Sainz, Leclerc, Russell, Norris e Hamilton. Com o movimento na área, a Ferrari segurou o carro 16 e com isso, a troca de Leclerc durou 5s7. Ele caiu para sexto e recuperou apenas uma posição nas voltas seguintes, abrindo caminho para Russell e Norris.


A quebra de Esteban Ocon virou o jogo para o monegasco: a Mercedes chamou seus pilotos na volta 44 aos boxes, sob safety car virtual. Com isso, Leclerc subiu para terceiro lugar mas acabou superado por Russell e Hamilton, terminando em quarto devido a batida do jovem britânico na volta final.


Dessa vez, não deu


Verstappen se moveu com facilidade nas sete voltas iniciais, de 11º a oitavo. Porém, ficou estacionado atrás da Alpine de Esteban Ocon enquanto Pérez seguia em 13º. A dupla permaneceu imóvel por 13 voltas até a batida de Sargeant, quando a direção de prova acionou o safety car.



Com os cinco primeiros visitando os boxes no 22º giro, Verstappen subiu para segundo, já que seus pneus duros dispensavam uma troca. Pérez também foi para quarto lugar, mas a dupla não durou muito nas posições herdadas: Russell e Norris ultrapassaram o bicampeão, que caiu para quarto e entrou na mira de Hamilton. Ele já era sexto enquanto Pérez ocupava o sétimo lugar na 24ª volta.


A dupla só fez seus pit stops na volta 41, trocando os compostos duros pelos médios. A parada os jogou para fora da zona de pontuação, embora ambos tenham se recuperado nos giros seguintes.


G1

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