Reuters
Autoridades dos Estados Unidos (EUA) devem fazer uma turnê pela América Latina nesta semana para analisar projetos de infraestrutura, agora que se preparam para se contrapor à iniciativa multitrilionária Cinturão e Rota do presidente chinês Xi Jinping.
Uma delegação de autoridades diplomáticas e de desenvolvimento liderada por Daleep Singh, vice-assessor de Segurança Nacional do presidente dos EUA, Joe Biden, está na Colômbia, onde pretende se reunir com o presidente Iván Duque antes de paradas no Equador e no Panamá, disseram autoridades norte-americanas.
O grupo está encarregado de concretizar a ação Reconstruir um Mundo Melhor (B3W), iniciativa de investimento internacional em infraestrutura anunciada pelas democracias mais ricas do G7.
Na primeira de várias turnês para planejamento, as autoridades norte-americanas também se reunirão com o presidente equatoriano, Guillermo Lasso, e com autoridades panamenhas, além de conversarem com o setor privado, a sociedade civil e "grupos tradicionalmente marginalizados", segundo as autoridades.
O programa se concentra em áreas que incluem clima, saúde, tecnologia digital e igualdade de gênero.
Um evento de lançamento formal da B3W nos EUA está planejado para o início do ano que vem, e incluirá detalhes de alguns dos projetos iniciais, que visam se aproximar dos US$ 40 trilhões que as nações em desenvolvimento precisam até 2035, de acordo com um funcionário de alto escalão do governo Biden. Ainda não está decidido quanto capital o programa de fato alocará.
Em pouco mais de um mês, autoridades norte-americanas também planejam se unir a aliados na cúpula do G20 e na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas 2021 (COP26) na Europa, às quais a China também deve comparecer. As conversas continuarão na Cúpula para a Democracia, planejada por Biden para dezembro.
A iniciativa Cinturão e Rota (BRI), que Xi Jinping lançou em 2013, envolve projetos de desenvolvimento e investimento em todo o mundo. Mais de 100 países já firmaram acordos com a China para cooperarem em projetos do BRI como ferrovias, rodovias e portos.
"Muito pouco dos projetos faz sentido economicamente, e muitas vezes têm padrões trabalhistas e ambientais muito ruins", disse o funcionário do governo Biden.
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