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Por: FAO / ONU
A Organização Meteorológica Mundial, OMM, reforça ações para preparar e minimizar impactos do fenômeno climático La Niña apoiando governos, Nações Unidas e outros setores que lidam com o clima. Essas medidas têm em conta as previsões de piora dos impactos que se estenderá até o próximo ano. Os efeitos serão sentidos em nível de temperaturas, chuvas e padrões de tempestade em várias partes do mundo.
Pacífico
Em outubro passado, a agência da ONU revelou uma tendência de o La Niña se tornar mais forte após o esfriamento das temperaturas da superfície do mar do Pacífico equatorial. Em nível nacional, vários Serviços Meteorológicos e Hidrológicos também confirmaram essa tendência em indicadores oceânicos e atmosféricos. A previsão é que o La Niña atinja o pico da intensidade este mês ou no próximo.
As autoridades climáticas na Austrália anunciaram o aproximar desta etapa na região. As condições neutras somente deverão retornar no verão do Hemisfério Sul ou no início do outono. Nos Estados Unidos, a última atualização da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica e do Instituto Internacional de Pesquisa para o Clima apontou para 95% de probabilidade da La Niña continuar até março de 2021.
A agência da ONU realça que o impacto nos padrões climáticos pode ser complexo. Este dezembro, várias áreas poderão registrar anomalias de temperatura ou precipitação até março de 2021.
Impactos
As chuvas poderão estar abaixo do normal em todo o Pacífico, uma região que já teve um déficit significativo de precipitação nos últimos meses e pode estar exposta aos impactos da seca. Crescem também as probabilidades de áreas da Ásia Central, do sul da América do Norte e s América do Sul terem menos chuvas que o normal. Cada um desses padrões é considerado um efeito clássico do La Niña.
A Austrália poderá ter mais umidade do que a média, especialmente ao longo da costa leste onde houve fortes inundações ocorreram recentemente. No Pacífico equatorial ocidental e na América Central as chuvas poderão estar acima da média.
No entanto, nem todas as áreas terão o padrão típico do La Niña. Por exemplo, a OMM destaca que aparentemente não há qualquer sinal forte no sul da África, que normalmente enfrenta condições mais úmidas.
Implicações
A atuação da agência junto com várias entidades envolve representantes de áreas como saúde, transporte, energia, agricultura e gerenciamento de risco de desastres. Nas últimas semanas, encontros com o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários e a Organização para a Alimentação e Agricultura discutiram o La Niña. A meta é abordar as implicações da previsão sazonal e planejar estratégias de mitigação.
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