Por: AGROLINK -Leonardo Gottems
O Brasil passa a ter novas regras para garantir a qualidade microbiológica dos alimentos a serem adotadas pela cadeia produtiva e indústria. Entraram em vigor no último dia 23 de dezembro de 2020 as novas legislações RDC 331/2019 e a IN 60/2019, que estabelecem normas com o objetivo de proteger a saúde dos consumidores.
De acordo com Graziela Bianchetti, especialista em microbiologia de alimentos e responsável técnica pelo Laboratório Sanuvitas, as mudanças são revolucionárias na prevenção, e mudam a forma de trabalhar das empresas alimentícias. Por outro lado, as novas normas e instruções impactam diretamente nos custos, em função da grande quantidade de amostras exigidas.
Ela explica que os padrões microbiológicos balizam a tomada de decisão sobre os parâmetros de qualidade de um alimento baseado em testes. São a maneira de comprovar se os alimentos que estão à venda são seguros, “verificando ainda se o manuseio e as boas práticas de higiene adotados pelas empresas de alimentos são adequados”, completa.
“A segurança dos alimentos é garantida pela adoção conjunta de uma abordagem preventiva, ou seja, o emprego de Boas Práticas, uso de princípios de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC) e atendimento a várias legislações”, explica Graziela.
Com a entrada em vigor das novas regras, explica a especialista, a indústria deverá montar um plano com coleta e método de transporte definidos. “Exige-se ainda uma frequência das análises diferenciada, adequação dos processos em produtos finais, análise dos resultados e execução de ações corretivas, assegurando que a qualidade dos lotes produzidos mantenha-se em condições similares”, conclui.
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