Eduardo Miranda, Fábio Oruê
Em Campo Grande, por meio de decreto, somente estabelecimentos de serviço essencial estão abrindo normalmente e a reabertura dos demais comércios dependerá do quadro de evolução do vírus na Capital.
Atualmente o município tem 24 casos de coronavírus confirmados e ainda investiga outros 15. “Eu tenho que ver essa curva. Se houver crescente de casos não haverá nenhuma mudança. Se houver estabilidade e diminuição a gente pode ver em doses homeopáticas”, disse o prefeito Marcos Trad (PSD), sobre a abertura de estabelecimentos como lojas de roupas, cosméticos e eletrônicos.
Tanto a prefeitura da Capital quanto o Governo do Estado monitoram diariamente o avanço do vírus em Mato Grosso do Sul e por meio das estatísticas decidem as ações de combate. Segundo Trad, o Executivo Municipal vai respeitar o período dos decretos publicados (quarentena; toque de recolher; suspensão do transporte), que é de cerca de 15 dias e deve acabar no começo de abril.
O prefeito se reuniu na tarde de ontem com representantes do comércio, Ministério Público do Trabalho (MPT) e Consórcio Guaicurus - administradora do transporte coletivo - para discutir sobre as ações de retomada do atacado e do varejo.
Representantes da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG) e a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) levantaram a questão sobre um possível colapso da economia e pediram flexibilização dos decretos.
“O prefeito se mostrou sensível, e nos ouviu. Tenho certeza que o próximo encontro levaremos soluções para os comerciantes”, relatou Roberto T. Oshiro Júnior, representante da ACICG.
Já Cândice Gabriela Arosio, do Ministério Público do Trabalho (MPT), informou que o Ministério está à disposição para intermediar os diálogos entre os trabalhadores e os comerciantes.
“Estamos aqui para encontrar soluções, um meio termo. Precisamos entender que as medidas de prevenção foram tomadas sob uma necessidade para que os números de casos não aumentassem. A prefeitura fez isso com todo respaldo legal. Neste momento, precisamos avaliar as necessidades de todos e encontrar soluções”, explicou Cândice.
Ficou definido que os casos precisam ser monitorados e serão reavaliados durante uma nova reunião que está marcada para este fim de semana. Até esta quarta-feira (25), Campo Grande registrava 240 notificações.
Com Informação do Portal Correio do Estado
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