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Para uma banda com apenas três integrantes, o Muse tem uma admirável capacidade de ocupar grandes espaços valendo-se de uma parafernália sonora e visual.
Foi isso que os britânicos mostraram na madrugada deste domingo (15), no palco Mundo, encerrando o segundo dia de Rock in Rio.
Adriano Vizoni/Folhapres | ||
Show do grupo Muse no palco Mundo, durante o 2o dia do Rock in Rio |
Voltando ao país dois anos após abrir os shows do U2 por aqui, dessa vez o trio se concentrou no repertório de seu sexto disco, "The 2nd Law" (2012), que teve seis faixas executadas -- e, pela recepção do público, já bem conhecidas.
A primeira delas foi justamente a de abertura do show, "Supremacy", com sua bateria marcial e guitarra marcante.
O que o Muse faz de melhor --um rock eletrônico dançante-- ficou claro logo nas duas músicas seguintes, a ótima "Supermassive Black Hole" e a muito boa "Hysteria"; o título desta, aliás, descreve bem o efeito de ambas sobre os fãs.
Há espaço para variações na fórmula, como em "Panic Station", com sua levada funk comandada pelo baixo de Christopher Wolstenholme e pela bateria de Dominic Howard, e na acelerada "Stockholm Syndrome", que ganhou ainda mais peso com a citação de "Freedom" (do Rage Against the Machine) ao final.
Há ainda os momentos "rock eletrônico de arena" -- vide "Plug in Baby", "Uprising" e "Starlight"--, com seus refrães grandiosos que puxam o coro do público.
É verdade que, em algumas canções, o Muse parece cópia: do U2 ("Follow Me"), do Queen ("Madness"), do velho Radiohead ("Time Is Running Out").
Mas escolher boas referências não é crime, e outra prova disso é a versão de "Feeling Good" (uma pérola na voz de Nina Simone), com o guitarrista e vocalista Matthew Bellamy ao piano e gastando seus falsetes (além de usar um megafone).
O vocalista, a propósito, não faz feio com seu gogó (ainda que em muitas músicas se apóie em efeitos eletrônicos), o que fica mais evidente quando Wolstenholme, o baixista, se aventura nos vocais (em "Liquid State").
Com camisa vermelha (depois trocada por uma camiseta preta), calça preta, o cabelo de quem tomou choque e um cavanhaque, Bellamy não estava particularmente falante, mas não parou quieto no palco, chegando a descer para o meio da plateia durante "Starlight", já na parte final do show.
"Survival", música oficial das Olimpíadas de Londres, foi a derradeira antes do bis. Sobre o piano que comanda a melodia na primeira parte da canção, Bellamy pôs uma bandeira do Brasil que havia sido jogada em sua cara por um fã, durante sua caminhada pela área do gargarejo.
A essa altura, uma hora após o início, o movimento de parte do público rumo à saída já era notável.
No bis, já era possível chegar próximo ao palco sem muita dificuldade, dado o esvaziamento da plateia.
Os fãs que ficaram puderam ver Wolstenholme solar na gaita na introdução de "Knights of Cydonia", outra das canções do Muse para bradar a plenos pulmões. Na despedida, Bellamy usou o português para agradecer: "Obrigado, nós te amamos, Brasil."
*
Muse - set list
"Supremacy"
"Supermassive Black Hole"
"Hysteria"
"Panic Station"
"Plug In Baby"
"Stockholm Syndrome"
"Feeling Good"
"Follow Me"
"Liquid State"
"Madness"
"Time Is Running Out"
"Unnatural Selection"
"Agitated"
"Uprising"
"Starlight"
"Survival"
"Knights of Cydonia"
"Supermassive Black Hole"
"Hysteria"
"Panic Station"
"Plug In Baby"
"Stockholm Syndrome"
"Feeling Good"
"Follow Me"
"Liquid State"
"Madness"
"Time Is Running Out"
"Unnatural Selection"
"Agitated"
"Uprising"
"Starlight"
"Survival"
"Knights of Cydonia"
The 2nd Law (6)
Follow Me
Liquid State
Madness
Panic Station
Supremacy
Survival
Follow Me
Liquid State
Madness
Panic Station
Supremacy
Survival
Rock in Rio - 2º dia
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O grupo Florence and The Machine se apresenta no Palco Mundo durante o 2° dia do Rock in Rio 2013 (RJ)
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