domingo, 1 de janeiro de 2023

Datafolha mostra que 51% dos brasileiros esperam que governo Lula será melhor que o de Bolsonaro

 

                                            © Thomson Reuters


Reuters


Pesquisa Datafolha divulgada na noite de sábado sobre as expectativas em relação ao o que será o terceiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) evidencia a polarização política no país, mostrando que uma maioria estreita dos brasileiros espera que o petista fará uma administração melhor do que a do seu antecessor, mas com uma parcela historicamente alta prevendo um governo ruim ou péssimo.


Segundo a sondagem, 51% das pessoas acham que Lula, que toma posse nesta tarde, será melhor do que Jair Bolsonaro (PL), enquanto 31% preveem que ele será pior e 13%, igual --5% disseram não saber.


Para 49%, o petista fará um governo ótimo ou bom, enquanto 26% avaliam que ele terá uma administração ruim ou péssima --o maior índice desde que o Datafolha começou a fazer o questionamento em relação a presidentes eleitos, em 1990, com o presidente Fernando Collor. Outros 20% avaliam que Lula será regular e 4% não opinaram.


Quando Bolsonaro foi eleito, em 2018, 65% previam um governo ótimo ou bom. Em 2002, quando Lula foi eleito para o seu primeiro mandato, 76% manifestaram esperança no ótimo/bom.


O Datafolha ouviu 2.026 pessoas com mais de 16 anos, em 126 municípios do país, nos dias 19 e 20 de dezembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais.


Outra sondagem divulgada pelo Datafolha na quinta-feira mostrou que Bolsonaro, que viajou aos Estados Unidos na sexta-feira e não passará a faixa presidencial a Lula, quebrando uma tradição da democracia brasileira, encerra seu mandato com 39% dos brasileiros avaliando seu governo como bom ou ótimo, enquanto 37% o avaliam como ruim ou péssimo.


Foi o pior resultado ruim/péssimo de um presidente eleito que concluiu seu primeiro mandato desde a redemocratização. Ainda assim, as taxas melhoraram ao longo do último ano. Entre julho e dezembro de 2021, a taxa de reprovação a Bolsonaro ficou acima de 50%.


(Por Isabel Versiani)

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