CIÊNCIA JB
A China revelou o seu novo plano para uso mais amplo de robôs, da manufatura à agricultura, à medida que a população diminui e é necessário repensar a produção.
A imprensa chinesa publicou informações sobre o novo plano de Pequim que visa a estabelecer dez setores fundamentais para ampliar o uso de robôs, enquanto o país registra seu primeiro declínio populacional em seis décadas.
Para automatizar a produção, o governo chinês acelerará a aplicação da robótica na manufatura, agricultura, logística, energia, saúde, educação e serviços para idosos, entre outras áreas, escreve o "South China Morning Post".
Os formuladores de políticas visam a alcançar mais de 100 aplicações inovadoras de robótica e identificar cerca de 200 casos em que a tecnologia pode ser aplicada. Segundo estimativas oficiais do país, o objetivo é transformar a China em uma potência robótica global até 2025.
O projeto surgiu depois que foram registradas mais mortes do que nascimentos no ano passado, segundo o Departamento Nacional de Estatísticas, causando apreensão sobre o crescimento da economia.
Em meio a uma crise demográfica cada vez mais profunda, que poderia afetar a futura oferta de mão de obra da China, Pequim lançou um plano nacional de cinco anos para a indústria de robótica.
A ideia é atingir um crescimento anual mínimo de 20% nas vendas de robótica e dobrar a "densidade de robôs" entre 2020 e 2025.
A China foi o maior mercado de robôs industriais do mundo por nove anos consecutivos desde 2013 e também é um dos mercados de crescimento mais rápido. Em 2021, o volume de vendas de robôs industriais na China atingiu 271 mil, um aumento de cerca de 50% em relação ao ano anterior.
No entanto a densidade de robôs, medida pelo número de robôs por 10 mil trabalhadores de manufatura, é frequentemente considerada um melhor indicador da adoção da automação na indústria de manufatura.
A densidade de robôs de fabricação da China atingiu 322 robôs por 10 mil pessoas em 2021, superando os EUA pela primeira vez e colocando o país em quinto lugar. Mas Pequim ainda ficou atrás da Coreia do Sul, Cingapura, Japão e Alemanha.
Como parte de seu objetivo de aumentar a indústria de robótica local, apenas a cidade de Xangai pretende construir dez marcas de robôs líderes do setor, além de 20 "fábricas líderes e 200 fábricas inteligentes". (com agência Sputnik Brasil)
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