O Brasil é o maior produtor de goiabas vermelhas, enquanto a Índia está em primeiro lugar na produção de goiabas brancas. Os principais estados produtores de goiaba no Brasil são Pernambuco, São Paulo e Rio de Janeiro, que participam com 80% do total produzido.
O Distrito Federal não aparece nesta lista mas é do Cerrado que vem a maior produtividade da fruta. Os produtores locais colhem 27,5 toneladas por hectare, enquanto a média do país é de 26,4 toneladas por hectare. Segundo o coordenador do programa de fruticultura da Emater-DF, Felipe Camargo, a produtividade do DF é maior graças a tecnologias adotadas pelos produtores locais.
“Cerca de 95% das áreas plantadas são irrigadas. Além da irrigação, as podas de frutificação contínua permitem que o produtor colha da fruta quase o ano todo. Temos ainda produtores que dividem a área de plantio em talhões para fazer o manejo da poda. Assim, na mesma propriedade, terá áreas com plantas florindo e áreas já sendo colhidas”, afirma Camargo.
Os produtores de goiaba Estado devem colher 8 mil toneladas da fruta neste ano, mantendo a média dos últimos três anos. A safra principal vai até o final do mês e o segundo período de colheita, a “safrinha”, ocorre de setembro a outubro. O DF tem cerca de 100 produtores, com uma área total de quase 300 hectares plantados da fruta, 22,7% da área de plantio destinada à fruticultura na capital.
A principal região produtora da fruta é Brazlândia, concentrando 98% da área de cultivo. A produção representa uma receita bruta de mais de R$ 10 milhões aos produtores da fruta e gera subprodutos apreciados pelo mercado. Além de fresca, ela pode ser consumida desidratada, em polpa, sucos, néctar, geleia, sorvetes e doces.
A goiaba é uma das frutas em que o Distrito Federal é autossuficiente – dados da Ceasa de 2019 mostram que das 3.957 toneladas da fruta comercializadas na Central, 3.098 toneladas eram de produtores do DF. Para comparar, das 15 mil toneladas de banana prata comercializadas em 2020 na Ceasa, apenas 336 toneladas eram de produtores locais.
“Além da Ceasa, os produtores comercializam diretamente a consumidores, mercearias, mercados, lanchonetes ou em feiras. Como o que acontece na Ceasa é um retrato do que acontece no DF, podemos dizer que somos autossuficientes na produção de goiaba. O que produzimos atende o mercado interno”, diz Camargo.
A goiaba é uma planta perene e, com o manejo adequado, é possível colher a fruta o ano inteiro. Produtores locais buscam novas variedades como a Cortibel, cultivada no Espírito Santo. Ela pode durar até uma semana sem ser refrigerada e não fica com cheiro forte, além de ter muita massa, ideal pra consumo in natura. Também é mais resistente à doenças e pragas e é mais produtiva. Atualmente as variedades mais cultivadas no Estado são Pedro Sato e Paluma.
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