sexta-feira, 27 de setembro de 2019

Presos deixam Garras e são levados para celas de presídio e delegacias





Os 19 presos da Operação Omertà foram transferidos no fim da tarde e início da noite desta sexta-feira, dia 27 de setembro, para celas do Centro de Triagem, da 3ª Delegacia de Polícia Civil e da Derf (Delegacia Especializada de Repressão ao Crimes de Roubo e Furto). Segundo o site Campo Grande News, as ações são resultado de investigações sobre uma milícia responsável por pelo menos três execuções na Capital.

A transferência aconteceu por volta das 18h30, quando quatro viaturas do Garras, duas delas caminhonetes descaracterizadas, deixaram a delegacia.

Segundo o advogado Renê Siufi, o empresário Jamil Name, e o filho dele Jamil Name Filho, principais alvos da operação, ficarão no Centro de Triagem, localizado no complexo penal de Campo Grande, no Jardim Noroeste, junto com os outros suspeitos com prisão preventiva.

A reportagem acompanhou a chegada de pelo menos seis presos ao presídio. Jamil Name e o filho entraram cada um em uma caminhonete na garagem da unidade, o que impediu o registro por parte da imprensa. Os outros quatro entraram andando. Já os presos de forma temporária foram levados para as duas delegacias.

Segundo apurado pela reportagem, apenas um dos presos deve permanecer o Garras. Já o militar, identificado como Andrison Coreia, ficará sobre a responsabilidade do Exército Brasileiro e por isso foi levado por uma viatura da Polícia do Exército.

Conforme a Polícia Civil e o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) as investigações que resultaram na operação de hoje começaram em abril deste ano, com a força-tarefa que apura as execuções do policial militar Ilson Martins Figueiredo, de Orlando da Silva Fernandes o “Bomba” e Matheus Coutinho Xavier.

Nesta manhã policiais do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assalto e Sequestros) e do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado), com apoio do Batalhão de Choque e do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais), foram aos ruas para crumpir 21 mandados de busca e apreensão e 23 ordens de prisões: sendo 13 mandados de prisão preventiva e 10 mandados de prisão temporária.

Além dos 19 presos, as buscas terminaram com a apreensão de aproximadamente R$ 160 mil em dinheiro, cheques em nome de terceiros, armas dos calibres 38, 22 e 12, munições, aparelhos celulares (inclusive os conhecidos como "bombinhas", que são descartados após o uso), computadores e documentos.

São alvo de mandados de prisão preventiva: os guardas municipais Alcinei Arantes da Silva, Marcelo Rios, Rafael Antunes Vieira e Robert Vítor Kopetski, o militar do exército Andrison Correia, os pistoleiros José Moreira Freire e Juanil Miranda Lima, os policiais civis Vladenilson Daniel Olmedo e Márcio Cavalcanti Da Silva, Eltom Pedro de Almeida e Flávio Narciso Morais da Silva, além de Jamil Name e do filho.

Foram alvos de prisão temporária: o advogado Alexandre Gonçalves Franzoloso, os policiais civis Elvis Elir Camargo Lima e Frederico Maldonado Arruda, os guardas municipais Igor Cunha de Souza, Rafael Carmo Peixoto Ribeiro e Eronaldo Vieira Da Silva, além de Euzébio de Jesus Araújo, Luis Fernando Da Fonseca e Rudney Machado Medeiros.

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