Jornal do Brasil Foto Divulgação
Levantamento feito pelo partido Rede Sustentabilidade aponta que, no dia em que a Procuradoria-Geral da República apresentou a segunda denúncia contra o presidente Michel Temer, o governo liberou R$ 65 milhões em emendas parlamentares. O valor representa o maior volume de dinheiro repassado a parlamentares até agora durante o mês de setembro. Ainda neste mês, no dia 19 - um dia antes de o Supremo Tribunal Federal concluir o julgamento que liberou o envio da denúncia para a Câmara - houve mais pagamento de emendas. As informações são da Rádio CBN.
O deputado da Rede Alessandro Molon, que reuniu as informações, afirmou que vai ao Ministério Público denunciar novamente o que chama de "compra de votos" para barrar a denúncia contra Temer. "Os primeiros sinais do governo mostram que ele vai tentar repetir esse comportamento. Nós vamos denunciar ao Ministério Público e fiscalizar dia a dia. Lamentavelmente, tudo indica que o que o governo quer é garantir votos liberando emendas, algo inteiramente anti-republicano inclusive criminoso", disse.
Segundo o levantamento, em agosto a média de liberação de emendas era de quase R$ 4 milhões por dia; em setembro, subiu pra R$ 8,6 milhões, o que representa um aumento de 126%.
De acordo com a CBN, o Ministério do Planejamento informou que o governo terá R$ 1 bilhão a mais para as emendas parlamentares, mas negou qualquer vínculo com o momento político. A pasta também informou que, com a aprovação da nova meta fiscal, teve autorização para trabalhar com um déficit maior, e é obrigada a destinar o montante para as emendas, que são impositivas.
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