Governador classificou delação como mentira deslavada e acusou JBS de fazer retaliação
O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) voltou a rebater as denúncias feitas na delação de Wesley Batista, um dos donos da JBS, com duros ataques e acusações. Ele chamou o empresário de “bandido”, ao assegurar não ter recebido propina da empresa, tanto na campanha eleitoral de 2014 quanto pessoalmente, em troca de benefícios fiscais. “É uma inverdade, mentira deslavada que parece piada”, reagiu Azambuja.
Para Azambuja, “ele [Wesley] é um bandido, que, para se livrar da prisão, faz delação”. O governador desafiou o empresário a apresentar provas e documentos sobre o pagamento de propina. “Estamos ouvindo há um ano muitas empresas que ficaram milionárias nos governos anteriores. Devem explicações”, afirmou.
Ele também estranhou a acusação de pagar a conta do então senador Delcídio do Amaral (na época, do PT) à JBS, por ser vencedor da disputa eleitoral. “Todo mundo sabe como foi o enfrentamento na campanha eleitoral de 2014”, afirmou. “Tivemos forte enfrentamento contra Delcídio, contra Nelson Trad [Filho], e é piada dizer em acordo que um pagaria a conta do outro”, ressaltou.
Indignado com a citação do seu nome, Azambuja não só se defendeu, como também acusou a JBS e fez desabafo. “Isso é impensável de pessoa que tem muito a esclarecer ao Brasil pelo enriquecimento do grupo”, afirmou. A empresa foi beneficiada com mais de R$ 12 bilhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Os irmãos Joesley e Wesley ficaram bilionários à custa do dinheiro do contribuinte por meio de empréstimo temerário.
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