Foto: Reprodução/Internet
Raquel Valasques Portugal, de 43 anos, é assessora jurídica ambiental do órgão público e já fez 65 pagamentos falsos em um único salão de beleza de luxo; seu salário no instituto chega aos R$ 5,9 mil
Raquel Velasques Portugal, de 43 anos e assessora jurídica ambiental do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), foi presa por realizar pagamentos falsos em estabelecimentos de beleza de Campo Grande, do qual as fraudes somam R$ 60 mil.
Segundo a gerente do estabelecimento que flagou Raquel, a mulher frequenta o salão desde janeiro, duas vezes por semana. Ela disse que a moça chegou a pagar normalmente na primeira vez, mas a partir da segunda, editava o comprovante do pix para enganar a responsável pelo salão. Ao todo, estima-se que Raquel gastou cerca de R$ 40 mil em procedimentos estéticos no local, sendo 65 pix falsos de 72 no total.
O flagrante aconteceu nesta terça-feira (24), quando a moça frequentou novamente o salão e consumiu R$ 788 em procedimentos, mas enviou um comprovante de pagamento falso novamente para o estabelecimento. O alerta veio no último final de semana, quando um grupo no WhatsApp com gerentes de vários salões de beleza foi criado justamente para trocar informações sobre a suspeita de constantes golpes aplicados pela servidora pública.
Outras profissionais, desta vez relacionadas à saúde (uma cirurgiã plástica e uma fisioterapeuta), registraram boletins de ocorrência contra Raquel, já que a mulher aplicou um golpe de R$ 7 mil em botox e preenchimentos, em agosto, e outra fraude no valor de R$ 13,5 mil, do qual consistiu em mais preenchimentos e sessões para tratar a flacidez, melhorar o contorno corporal e rejuvenescer a pele, no início deste mês.
No seu primeiro depoimento após a prisão, a funcionária pública disse que faz isso pois tem compulsão de gastos e hipertensão arterial, além de duas filhas menores de idade. Ela passará por audiência de custódia nesta quarta-feira (25), a fim de saber se vai continuar presa ou se vai responder em liberdade.
Apenas em setembro, foram registrados sete boletins de ocorrência contra a golpista. Raquel foi encaminhada para a Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) do Centro Especializado de Polícia Integrada (Cepol). Segundo o Portal da Transparência, seu salário no instituto ambiental é de R$ 5.976,75.
Estelionato em MS
Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2024, do qual se baseia em dados do ano anterior, Mato Grosso do Sul teve 13.357 ocorrências de estelionato em 2023 (taxa de 484,5 a cada 100 mil habitantes), um pouco a menos que em 2022, quando teve 13.647 (taxa de 495 a cada 100 mil habitantes).
Ao se aprofundar nos dados de estelionato por meio eletrônico, o estado registrou 5.414 ocorrências em 2023 (taxa de 196,4 a cada 100 mil habitantes) e 5.027 em 2022 (taxa de 182,3 a cada 100 mil habitantes).
Em âmbito nacional, o Brasil registrou 1.965.353 casos no ano passado (taxa de 967,8 a cada 100 mil habitantes), 8,2% a mais que em 2022, quando teve 1.816.438 ocorrências (taxa de 894,4 a cada 100 mil habitantes).
Com o Portal Correio do Estado
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