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A redução da produção e a preferência por outros grãos levarão a uma diminuição na área plantada de trigo em 2024 em São Paulo, conforme discutido durante a reunião da Câmara Setorial do trigo em 29 de fevereiro, em Capão Bonito (SP). O encontro abordou a análise de projeções para o ano e ressaltou a necessidade de estratégias para assegurar a produção qualitativa da matéria-prima para a indústria moageira paulista.
“Todas as cooperativas que apresentaram seus reportes apontaram para uma redução de, pelo menos, 20% de suas áreas para a próxima safra, o que, provavelmente, vai se refletir no saldo final de produção no encerramento do ano”, explica o novo Presidente da Câmara Setorial, Nelson Montagna.
Os produtores enfrentam indecisão sobre qual cereal plantar, com o milho apresentando um cenário mais favorável. O Head de trigo da OpenSolo, Rafael Mihailovici, destaca a importância do Hemisfério Norte no mercado global de trigo, influenciando os preços mundiais. Ele menciona o ritmo lento de exportação dos EUA devido a preços menos competitivos em comparação com o trigo do Mar Negro, enquanto a Rússia investe em portos para aumentar a exportação. No Brasil, todas as commodities enfrentam queda, e Mihailovici destaca a transição do El Niño para o La Niña como um fator adicional.
“Há uma expectativa de uma neutralidade do El Niño até o meio do ano e, no segundo semestre, espera-se a chegada do La Niña. Nos anos em que ela ocorreu, o trigo acabou tendo uma produtividade muito boa tanto em São Paulo quanto nos demais estados do Sul”, reforça.
AGROLINK - Leonardo Gottems
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