Por Agência Brasil
A Liga dos Campeões chega ao seu capítulo final neste sábado (28), quando Liverpool (Inglaterra) e Real Madrid (Espanha) disputam, a partir das 15h (MS) no Stade de France, nos arredores de Paris (França), a decisão da atual edição da principal competição de clubes do Velho Continente. E como toda decisão esta terá seus protagonistas, dentro e fora de campo.
Ocupando o posto de maior campeão da história da competição (com 13 conquistas), a equipe espanhola chega com muita moral para mais uma final de Champions. E o adversário será o time sobre o qual obteve o seu último título continental, no dia 26 de maio de 2018 no estádio Olímpico de Kiev (Ucrânia).
Naquela oportunidade os madrilenhos triunfaram por 3 a 1 sendo comandados pelo técnico francês Zinédine Zidane e tendo como grande destaque o português Cristiano Ronaldo. Após a conquista CR7 deixou o Real Madrid, que apenas agora retorna a uma final de Liga dos Campeões.
A presença do atual campeão espanhol pode ser creditada a alguns personagens em especial. O primeiro é o técnico Carlo Ancelotti. Com uma passagem anterior no comando dos merengues, na qual conquistou uma Champions (ele também já venceu a competição em duas oportunidades com o Milan), o italiano tem mostrado mais uma vez que, além de grande estrategista, é um grande gestor de elenco.
É verdade que Cristiano Ronaldo não está mais no time de Madri, mas comandar um Real com estrelas do calibre de Benzema, Courtois, Alaba, Eden Hazard, Toni Kroos, Luka Modric, Gareth Bale e dos brasileiros Marcelo e Casemiro é sempre um grande desafio. Porém, nesta temporada o treinador italiano mostrou mais uma grande competência, a de desenvolver jovens valores.
O maior exemplo é o brasileiro Vinícius Júnior, que deixou a condição de reserva com poucos minutos em campo para se transformar em um dos grandes nomes da equipe espanhola (apontado por muitos como o melhor jogador brasileiro em atividade no mundo). Apesar de ainda não ter se tornado um grande finalizador, o atacante passou a formar com o francês Benzema (artilheiro da atual edição da competição com 15 gols) uma das duplas de ataque mais letais do futebol atual.
Chance de revanche
Se para o Real a final é a chance de ampliar ainda mais a sua hegemonia na Liga dos Campeões, para o Liverpool é a oportunidade de empatar com o Milan no posto de segundo maior campeão da história da competição (com sete títulos). Além disso, a equipe da terra dos Beatles tem como motivação devolver a derrota na final da temporada 2017/2018 (que terminou com triunfo espanhol por 3 a 1).
Este desejo de revanche fica claro em declaração do atacante Salah em entrevista coletiva nesta semana. “Estou motivado até o teto. Especialmente pelo o que aconteceu da última vez”, disse o egípcio em referência ao fato de deixar aquela partida ainda no primeiro tempo após sofrer falta dura do zagueiro espanhol Sergio Ramos, que agora defende o PSG (França).
A expectativa agora é de coroar uma temporada esplêndida, na qual o Liverpool já levou para casa os troféus da Copa da Inglaterra e da Copa da Liga Inglesa. Para isto os Reds confiam demais no trabalho do alemão Jürgen Klopp, que, junto com o espanhol Pep Guardiola, é apontado como um dos melhores técnicos do mundo.
Klopp é considerado uma das principais referências das equipes contemporâneas, que tentam emular de alguma forma o Gegenpressing, proposta de jogo baseada na manutenção de pressão contínua sobre o adversário para recuperar a bola o mais rápido possível.
Se o Real tem suas estrelas, o Liverpool também conta com grandes nomes do futebol atual, como o goleiro brasileiro Alisson e o zagueiro holandês Van Dijk. Porém, a grande força da equipe está em seus jogadores de frente, que se notabilizam pela constante movimentação, pela capacidade de criar jogadas e por marcarem muitos gols. O egípcio Salah e o senegalês Sadio Mané são os grandes expoentes da posição, mas o colombiano Luis Díaz, que chegou no início do ano, tem brilhado demais, mostrando que pode desequilibrar se for acionado.
Terceira final entre Real e Liverpool
A grandeza da partida também fica evidenciada quando se considera o fato de que esta é a terceira final de Liga dos Campeões entre Liverpool e Real. Se no dia 26 de maio de 2018 a vitória foi dos merengues, na decisão da temporada 1980/1981, no Parque dos Príncipes, em Paris, o lateral Alan Kennedy marcou o solitário gol que levou os Reds ao topo do Velho Continente.
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