Licitações desertas e a interrupção do fornecimento são alguns dos motivos para falta de medicamentos
Jornal Midiamax
Medicamentos como Ibuprofeno, Nimesulida, Amoxicilina e Dipirona continuam em baixa em Mato Grosso do Sul há mais de um mês. Pelo menos 94% dos municípios estão com algum remédio faltando, dependendo de auxílio e doações.
No mês passado, o Cosems-MS (Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Mato Grosso do Sul) emitiu nota alertando sobre a falta de medicamentos em diversos municípios do Estado — problema que não mudou. Esses remédios são usados em tratamentos hospitalares.
Conforme o Conselho, 72 municípios manifestaram interesse em adquirir Amoxilina e 68 em Cefalexina — medicamento usado no tratamento de bactérias. De acordo com a instituição, os principais motivos são licitações desertas e a interrupção do fornecimento por empresas licitadas, que alegam falta de matéria-prima. O problema também estaria ocorrendo em outros Estados.
O que dizem a SES e o Ministério da Saúde?
Procurada pelo Jornal Midiamax, a SES (Secretaria de Estado de Saúde) informou que os medicamentos são de uso hospitalar e a aquisição é de responsabilidade das próprias unidades hospitalares.
O Ministério da Saúde foi questionado sobre os insumos e medicamentos pela reportagem, mas não deu retorno. O espaço segue aberto para manifestação.
Problema parcialmente sanado
Por conta da persistência do desabastecimento, o Conselho articulou junto à Furp (Fundação para o Remédio Popular “Chopin Tavares de Lima”) a doação desses dois remédios para os municípios de MS.
O primeiro carregamento, com 45.759 frascos de Amoxicilina suspensão 250 mg, já está no prédio do Cosems para que os municípios, que manifestaram interesse, possam fazer a retirada.
Além disso, está programado para a próxima semana o recebimento de 24,1 mil frascos de Cefalexina suspensão, também atendendo ao pedido das cidades.
Maior doação de medicamentos do Brasil
Essa é a maior doação da Furp no Brasil. A Fundação é o laboratório farmacêutico oficial do Governo do Estado de São Paulo e vinculado à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo.
O local ocupa posição estratégica nas políticas públicas de saúde, dedicando-se ao desenvolvimento, produção, distribuição e dispensação de produtos para melhoria da qualidade de vida da população.
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