A tendência dos preços da soja depende, basicamente, do que acontecer com o clima e com a demanda da China, aponta a Consultoria TF Agroeconômica. “São estes dois fatores que estão fazendo as cotações futuras e os preços do disponível oscilarem neste momento. Um terceiro fator, que influencia mais eventualmente, é o comportamento dos fundos [de investimento]”, explicam os analistas.
“O clima tem melhorado nos EUA, principalmente neste momento importante de formação dos grãos nas lavouras norte-americanas. As boas chuvas ocorridas contribuem para a melhoria das plantas. O tour ProFarmer registrou melhoras no rendimento em alguns estados em relação ao último relatório do USDA. Em setembro saberemos os dados oficiais”, ressaltam os especialistas.
A demanda chinesa está ativa, diz a TF, adquirindo com alguma frequência lotes ao redor de 130 mil toneladas, que mantém os vendedores espertos. “Mas, no total, ela deve ser levemente menor nesta temporada”, acrescentam.
A produção de soja brasileira da safra 2021/22 foi estimada nesta semana em 141,26 milhões de toneladas, aumento de 3,9% em relação à safra anterior. Esta produção supõe uma produtividade de 3.540 kg/hectare, alta de apenas 0,29%, mas há previsão da ocorrência de La Niña no período. A previsão de esmagamento interno é de 51,47 MT em 2022 ante 46,5 MT em 2021 e de exportação é de 87,58 MT em 1022 ante 83,42 MT em 2021.
“O importante, porém, como já dissemos em nosso comentário da semana passada, é que a rentabilidade do produtor deverá se manter elevada por mais uma safra, ao redor de 78,67% na relação atual”, concluem os analistas da TF Agroeconômica.
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