terça-feira, 21 de julho de 2020

Parados há 120 dias, setor do transporte escolar pede socorro


Com parcelas de veículos atrasadas e outras despesas, empresários estão a beira da falência
Fábio Oruê

Empresários do setor de transporte escolar, que há 120 dias estão parados por conta da pandemia do coronavírus - que fez suspender as aulas presenciais - passam por dificuldades financeiras e, por isso, pedem ajuda aos órgãos públicos.

Conforme o presidente do Sindicato dos Transportadores Escolares de Mato Grosso do Sul (SinteMS), Rodrigo Armoa, os empresários reivindicam o pagamento de parte do valor do contrato, já que recurso está previsto no orçamento das prefeituras, como repasse para setor da Educação feito pelo governo federal.

“Nós queremos que paguem de 25% a 30% do nosso contrato, mas eles [prefeitura e governo de MS] falam que depende da liberação dos conselheiros do Tribunal de Contas”, disse ele ao Correio do Estado. Esta é uma das possibilidades que os empresários visam para conseguir contornar os prejuízos.

“A gente está aguardando desde abril [uma resposta] e infelizmente não tem como prorrogar mais. [...] Infelizmente estamos quebrando”, lamentou ele. Sem conseguir rendimento, os empresários estão tendo que atrasar pagamentos, como parcelas dos cerca de 3,3 mil veículos que rodam no Estado. “Nós queremos saber se temos direito ou não a esse valor”, contou.

Caso a situação continue sem solução e os diálogos não avançaram, o setor pode ir às ruas protestar. “Vamos às ruas mostrar para Campo Grande os 5,6 mil pais de família que vão ficar sem emprego. [...] Melhor ‘quebrar’ aqui do que dentro de caso”, disse ele sobre os transportadores que vivem em outros municípios do Estado - e que caso aconteça o protesto, viriam até a Capital.

Armoa citou que uma das alternativas para a volta o exercício dos transportadores, além da volta das aulas presenciais, é a de transporte de atividades escolares (escola/aluno e vice-versa) e transporte de merenda aos estudantes que têm esse benefício. “Tem uma prefeitura que no interior que fez isso. Não é todo mundo que tem internet e não tem transporte; dá para atender a zona rural”, elencou ele.

Um projeto foi encaminhado para a Câmara dos Vereadores da Capital para que os veículos particulares fossem usados como transporte coletivo - seguindo as recomendações da saúde - para atender a população, mas ele ainda não deu resultados.

Com informação do Portal Correio do Estado

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