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sexta-feira, 27 de dezembro de 2019
Liberada a verba de R$ 15 milhões para reforma da antiga rodoviária
FÁBIO ORUÊ
Liberação de R$ 15 milhões pelo Ministério do Desenvolvimento Regional possibilitará a reforma da parte pertencente à Prefeitura de Campo Grande – cerca de 9% – do Complexo Empresarial Terminal do Oeste Heitor Eduardo Laburu, antiga rodoviária da Capital, que, após a desativação, virou uma espécie de cracolândia da cidade.
Apesar de o recurso ainda estar em fase burocrática para ser liberado, ele deve estar disponível nas próximas semanas, segundo informou ao Correio do Estado o secretário municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), Rudi Fiorese.
Mas as obras devem começar efetivamente apenas no segundo semestre de 2020, pois ainda é preciso fazer o projeto de engenharia e, posteriormente, a licitação do empreendimento. “Não é rápido não, quem me dera se fosse rápido”, disse o secretário.
De acordo com a coordenadora especial da Central de Projetos da Secretaria Municipal de Governo e Relações Institucionais (Segov), Catiana Sabadin, o projeto das empresas que entregaram os portfólios está em análise. “A gente tinha só uma concepção do projeto. Estamos analisando as empresas que entregaram os portfólios. A gente imagina que em três meses, como é uma licitação rápida, já termina. Entregamos os projetos lá por março, abril e tentamos licitar a obra até o fim do primeiro semestre”.
Conforme noticiado anteriormente, quinze empresas se interessaram em reformar a antiga rodoviária e algumas são estrangeiras. A prefeitura quer contratar uma especialista em revitalização de espaços públicos e por isso pediu que as companhias encaminhassem relatórios de obras semelhantes já executadas.
O recurso de R$ 15 milhões é do Orçamento Geral da União, sendo um valor dado a recurso perdido – ou subvenção. O local que passará por requalificação será a área que era destinada ao embarque e desembarque de passageiros – parte do Executivo municipal –, que deve virar uma espécie de Central do Cidadão, o que foi anunciado no dia 27 de agosto. “São seis mil metros quadrados. Ali vai ter umas linhas de ônibus, mas sem retomar aquela função de terminal central”, explicou Catiana.
A Secretaria Especial de Segurança e Defesa Social (Sesdes) e a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) querem transformar o prédio também em um centro integrado de segurança.
A ideia é levar para o local a Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) do Centro e também a Gerência Operacional Centro da Guarda Civil Metropolitana. Atualmente, a Depac funciona junto da 1ª Delegacia de Polícia Civil, na Rua Padre João Crippa, e também divide espaço com a Polícia Militar. Com a mudança, apenas a Depac seria transferida para a antiga rodoviária.
PACOTE
A verba para a execução do projeto na antiga rodoviária faz parte de um montante de R$ 74,6 milhões obtidos pelo Ministério do Desenvolvimento Regional para transformar a zona urbana de Campo Grande.
Os investimentos incluem a revitalização da Rua Bom Pastor e a instalação de rede de fibra ótica, no valor de R$ 27 milhões, que deve melhorar a conexão com a internet nas repartições públicas e também acelerar os sistemas de comunicação do município.
O Correio do Estado apurou que uma das alternativas que a prefeitura cogita para o corredor gastronômico é tornar a via mão única. Também está prevista a padronização das calçadas. “Ainda não está definido [se a via será de mão única ou de mão dupla], a população da região, os comerciantes, todos serão ouvidos”, informou Catiana Sabadin.
AÇÕES
Com ações policiais praticamente semanais, que ganharam força há quase quatro meses, e projetos de revitalização em andamento, a intenção é fazer com que o local deixe de ser a cracolândia da Capital. Isso porque, atualmente, a antiga rodoviária é tomada por moradores de rua e usuários de drogas. Por isso, a Polícia Militar tem feito várias operações no local no intuito de reduzir a criminalidade, apreendendo entorpecentes e recolhendo quem tem mandado de prisão em aberto. O prédio fica a poucas quadras da principal obra do Reviva Campo Grande, cujo investimento milionário permitiu a reforma de dez quadras da Rua 14 de Julho, inauguradas no mês passado.
* Colaboraram Natalia Yahn e Eduardo Miranda
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