Por: AGROLINK -Leonardo Gottems Foto/Divulgação
Os preços da soja no Brasil acabaram caindo levemente no início da semana, mas, mantiveram os lucros, segundo informou a pesquisa diária do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada. De acordo com o especialista Luiz Fernando Pacheco, analista da T&F Consultoria Agroeconômica, a China tem a ver com esses preços.
“A China sentiu a grande pressão vendedora, por parte da Origem na América do Sul, dos últimos dias, principalmente diante das altas sucessivas do dólar (tanto no Brasil quanto na Argentina) e, com isto, se manteve ausente, como no dia anterior”, afirmou o especialista.
Além disso, a nova alta de 0,45% do dólar, que elevou a cotação da moeda americana aos níveis mais elevados dos últimos 12 meses, foi neutralizada pela queda nos prêmios e de 7,50cents/bushel das cotações de Chicago. Isso levou “os preços oferecidos pelas Tradings nos portos brasileiros a recuarem 0,05% para a média de R$ 88,52/saca (88,56, do dia anterior)/saca no mercado spot. Desta forma, os ganhos da soja exportada em agosto também voltaram a recuar para 14,53% (14,58%), segundo o Cepea”, diz ele.
“No mercado interno a queda foi de -0,32%, contra +1,77% do dia anterior; os preços médios oferecidos pelas indústrias esmagadoras estão se mantendo no território positivo já por oito dias ininterruptos, mesmo recuando para R$ 82,10 (82,32)/saca, com ganhos no mês de 13,48% (13,84)%. Como a margem de esmagamento (crush margin) das indústrias chinesas está reduzida, no mercado à vista, a demanda deste país esteve ausente, continuando a esfriar o mercado de prêmios, que recuaram novamente nesta terça-feira”, conclui.
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