terça-feira, 2 de julho de 2019

Cultura de algodão no MS registra aumento de 25% na área plantada


Por:                            Foto; Abapa

A colheita da safra de algodão 2018/2019 na região Centro-sul de Mato Grosso do Sul está finalizada, e, no Centro-norte o trabalho já começou com resultados relevantes para os agricultores.

Com aumento de 25% na área plantada, a estimativa do setor é somar 71 mil toneladas de algodão em pluma, e pelo menos, 160 mil toneladas em caroço de algodão.

O Estado é um dos cinco maiores produtores nacionais da matéria-prima, porém, os dois primeiros colocados somam juntos, 80% da produção nacional. O 1º colocado é o Mato Grosso, responsável por 50% do volume produzido e o 2º colocado, Bahia, que soma 30% da produção.


O presidente da Associação Sul-Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampasul), Adão Hoffmann, explica que apesar da cultura não ter a representatividade da soja e milho no Estado, apresenta um diferencial que tornou o Estado campeão nacional de produtividade.

"Na última safra conseguimos uma produtividade de 325 arrobas por hectare, resultado excelente, considerando 30 mil hectares de área plantada", reforça.

CENÁRIO REGIONAL

Hoffmann destaca que o desempenho da produção sul-mato-grossense é resultado de vários fatores combinados. "Além do clima e solo favoráveis, os agricultores são altamente tecnificados, o que possibilita conseguir uma alta produtividade em menor área", revela.

O representante da Ampasul explica que atualmente, 80% da produção é destinada ao consumo interno, sendo uma parte adquirida por uma usina de esmagamento de óleo de algodão bruto em Chapadão do Sul, outra para produção de ração e a pluma segue para Ivinhema, para uma cooperativa de fiação.

"Ainda assim, exportamos para outros estados e países, sendo 40% da pluma para países asiáticos e 60% no mercado interno. Quanto aos estados compradores de nossa matéria-prima estão São Paulo, Paraná e Santa Catarina", acrescente o dirigente.

ATUALIZAÇÃO DADOS

Hoffmann acrescenta que na região Centro-norte do Estado, 15% da colheita já foi concluída, a qual deve terminar até agosto. Assim como os agricultores que plantaram milho, os produtores de algodão esperam que não ocorram chuvas fortes durante o mês de julho. "Excesso de chuva é muito prejudicial para a colheita do algodão, comprometendo a qualidade da pluma que tem maior valor agregado", finaliza.

CENÁRIO NACIONAL

A estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para safra 2018/2019 é chegar a 3.994 mil toneladas, o que representa crescimento de 32,8% no volume. Com relação à produtividade, o percentual é menor, 3,3%.

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