quarta-feira, 7 de novembro de 2018

Simone vê risco de encolhimento ainda maior do MDB após fracasso eleitoral



De Brasilia                          Foto;Divulgação


A senadora Simone Tebet, líder do MDB no Senado, lamentou que quadros importantes do partido deixam a vida pública ao final de 2018.

Em evento do partido, na manhã desta quarta-feira (07), para lançar o documento “O Caminho para o Futuro”, Simone disse que as lideranças partidárias precisam se reconectar com as ruas.

“Eles não estão saindo pela falta de uma trajetória na vida pública. Eles estão saindo, muitos deles, exatamente porque pertencem ao MDB”, constatou.

Simone, que chegou a ser lançada candidata ao governo de Mato Grosso do Sul este ano, destacou que o partido é ainda o maior do Brasil devido à capilaridade regional.

No entanto, ressaltou: “se a legenda não se reinventar, ouvir as lideranças, a comunidade e mudar a maneira de ser comunicar, enfrentará dificuldades não só nas urnas, como também nas estratégias para atrair novos nomes. Agora é a hora. É urgente virar essa página e, acima de tudo, conseguir chegar ao cidadão, dialogar com humildade, não só com nossos filiados, mas com ‘o novo’ e interagir melhor com a mídia e as redes sociais. Caso contrário, em breve, nós estaremos aqui lamentando o encolhimento da legenda”.

Ela entende que a história vai fazer o reconhecimento dos governos e da atuação de parlamentares emedebistas que não renovaram o mandato na eleição passada.

“O tempo da história é diferente do tempo do processo eleitoral. Se não houver essa almejada renovação, daqui a dois anos nós começaremos a perder a nossa maior força, que é a nossa presença municipal marcante”, colocou.

Para a parlamentar, o momento é de observar os próprios erros, mudar estratégias e atitudes.

“Muito mais do que uma discussão do que queremos para o futuro na pauta econômica e nas políticas públicas, de como iremos agir com o futuro presidente da República, que nós possamos ouvir as bases, ouvir o nosso colegiado e repensar se não é mais estratégico imergir para depois emergir com êxito e com glória”.

Em nível nacional, o partido fracassou com a candidatura do ex-ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que amargou derrota frustrante nas urnas.

Em Mato Grosso do Sul, o partido disputou o governo com o deputado estadual Júnior Mochi, que ficou em terceiro lugar na disputa, após substituir a própria Simone.

É que a senadora declinou ao apelo feito pelo ex-governador André Puccinelli para que enfrentasse o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), reeleito após derrotar o ex-juiz Odilon de Oliveira (PDT), no segundo turno das eleições.

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