Jornal Correio do Estado
O novo porto seco de Corumbá, que tem investimentos previstos de R$ 92,5 milhões, poderá ter estrutura rodoferroviária para se integrar à Ferrovia Malha-Oeste, cuja recuperação foi garantida pelo presidente eleito Jair Bolsonaro com investimentos de R$ 5 bilhões.
A ideia foi defendida ontem pelo secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck, que participou da audiência pública promovida pela Receita Federal sobre o empreendimento, em Corumbá.
Na oportunidade, ele sugeriu a construção do terminal ferroviário, que não estava contemplado no edital da nova estrutura. A proposta deve alterar o projeto original, cuja licitação está prevista para abril de 2019.
“O que destacamos na audiência foi que o porto seco deve ter a dimensão de prever o que nós, como Governo do Estado, temos como meta para o desenvolvimento futuro de Corumbá e região”, disse. Ele citou o empenho do governador Reinaldo Azambuja para efetivar a reconstrução da Malha-Oeste, praticamente desativada desde 2015, e concretizar a implantação do corredor biocecânico – que ligará o Porto de Santos (SP) ao porto de Ilo, no Peru, passando por Mato Grosso do Sul. O desenvolvimento logístico é estratégico para o Estado e o ramal ferroviário na área alfandegária é fundamental para atender o comércio com a Bolívia.
ESTRUTURA ATUAL
O atual armazém alfandegário de Corumbá, a Agesa, apresenta deficiências estruturais depois de 26 anos em operação e sua concessão, autorizada pela Receita Federal, foi encerrada. O novo porto seco, conforme estudos de viabilidade apresentada pela Receita, poderá ser construído também no município vizinho, Ladário. O edital da obra será lançado no dia 29 de janeiro de 2019, com licitação prevista para abril e execução a partir de julho. Os investimentos iniciais previstos (sem contar o ramal ferroviário) são de R$ 92,5 milhões, e mais R$ 21 milhões até 2025.
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