Por RENAN NUCCI/Correio do Estado
Atendente de telemarketing de 27 anos foi presa em flagrante na noite de ontem, em Campo Grande, por injúria racial contra um policial militar que acompanhava ocorrência de violência doméstica a qual ela era vítima. A mulher chamou o policial de macaco, pé de macaco e o agrediu fisicamente. Ela foi liberada depois de pagar fiança de um salário mínimo.
Conforme relatado no boletim de ocorrência, os fatos ocorreram na casa dela, na região do Jardim Tijuca. Por volta das 21h30, a PM foi chamada ao local, por conta das agressões. Quando chegaram, encontraram o ex-marido dela com ferimento no pé. A mulher disse que não seria mais necessária a presença da equipe no local, pois tudo já estava resolvido.
Os policiais então questionaram a origem da lesão e descobriram que foi causada quando o homem invadiu o imóvel e avançou contra a moradora, ao descobrir que ela estava com outro homem. Durante atendimento, os dois homens tentaram se agredir, com a mulher tentando segurar o ex, ocasião em que os PMs interviram. Neste momento, a moradora deu início ao ataque verbal contra os militares.
Ela os chamou de "cambada de palhaço, cachorros do governo", entre outros termos de baixo calão. Por este motivo, recebeu voz de prisão por desacato e em seguida começou a se debater, tentando morder os policiais. Ela deu um chute em um dos PMs e o ofendeu com palavras referentes a elementos de raça e cor. Segundo a polícia, foi necessário uso de força progressiva para contê-la.
O delegado plantonista Hoffman D'Ávila Cândido e Souza disse que ela foi levada para a Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam), para registrar a ocorrência de violência doméstica, e em seguida foi para a Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) da Vila Piratininga, onde acabou autuada em flagrante por injúria racial, desacato, desobediência e resistência. "A injúria é crime passível de flagrante e ela vai responder judicialmente", disse o delegado, que arbitrou fiança em um salário mínimo, que foi paga
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