quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Estreia: “THE POST: A Guerra Secreta


- Meryl Streep e Tom Hanks nunca haviam dividido a tela antes do drama jornalístico “The Post: A Guerra Secreta”, de Steven Spielberg, que acaba de conquistar duas indicações ao Oscar: melhor filme e melhor atriz para Meryl Streep.

O filme é uma crônica substancial dos dilemas dos anos 1970, quando os EUA viviam a interminável Guerra do Vietnã. Um analista militar, Daniel Ellsberg (Matthew Rhys), depois de uma visita ao Vietnã, decide vazar para a imprensa aqueles que ficaram conhecidos como os Papéis do Pentágono – cerca de 7.000 páginas de documentos ultrassecretos que mostravam que diversos presidentes norte-americanos, incluindo John Kennedy, Lyndon Johnson e o próprio Richard Nixon, vinham mentindo há anos ao seu povo sobre aquela guerra.

Em 1971, o jornal “The Washington Post” vivia dias cruciais. A dona do jornal, Katharine Graham (Meryl Streep), tomava a decisão de abrir o capital do jornal, lançando ações na Bolsa. Era uma forma de capitalizar a empresa que, apesar de importante, era uma publicação regional, ao contrário do “The New York Times”, cuja influência atingia os quatro cantos do país.

Por isso, não foi surpresa que parte dos Papéis do Pentágono chegasse primeiro ao “NY Times”, que publicou o furo – indignando o editor-chefe do “Post”, Ben Bradlee (Tom Hanks), que estava de olho nisso. Quando Nixon entra na justiça para impedir o “NY Times” de divulgar o resto dos documentos, repórteres do “Post” entram na jogada. O filme retrata de maneira eletrizante esta batalha pela liberdade de expressão que mudou para sempre o status do “Post” – que, poucos anos depois, estaria à frente do caso Watergate, que derrubou Nixon.

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