quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Estreia: SEM FÔLEGO



- Diretor de filmes elegantes, densos e de temas adultos – caso de “Carol” e “Longe do Paraíso”-, o cineasta norte-americano Todd Haynes aproxima-se de um universo infanto-juvenil em seu novo drama “Sem Fôlego”. O roteiro de Brian Selznick (autor do livro “A Invenção de Hugo Cabret”) adapta seu próprio livro homônimo aqui.

Duas narrativas paralelas conduzem a trama. A primeira, em cores, em 1977, acompanha o drama de um menino de 12 anos, Ben (Oakes Fegley), que, depois da morte súbita da mãe (Michelle Williams), decide fugir de sua casa, em Minnesota, para Nova York, em busca do pai desconhecido. Suas únicas pistas são um livro e um marcador de páginas da Livraria Kincaid.

Na outra história, ambientada em 1927 e em preto-e-branco, outra menina, Rose (Millicent Simmonds), também fugiu de casa para Nova York em busca da atriz Lilian Mahew (Julianne Moore), um mito do cinema mudo. Os motivos da garota ficarão claros depois. Um detalhe em comum: tanto Ben quanto Rose são deficientes auditivos.

Alternando as duas histórias, sugere-se que terão uma conexão em algum momento, já que ambas convergem para Nova York. Como sempre, a fotografia de Ed Lachman, parceiro habitual do diretor, é um primor, criando beleza nas menores cenas. A trilha de Carter Burnwell é outro suporte emocional poderoso, especialmente no segmento em P&B.

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