Folhapress
Diante da crise hídrica que acomete São Paulo, a presidente Dilma Rousseff e o governador Geraldo Alckmin (PSDB) assinaram nesta quinta-feira (25) contrato de financiamento de R$ 830,5 milhões para a interligação das represas Jaguari e Atibainha.
Dos R$ 830,5 milhões, R$ 747,45 milhões serão liberados pelo governo federal por meio de financiamento do BNDES, enquanto R$ 83,05 milhões serão de contrapartida da Sabesp, responsável por executar a obra. A operação de crédito tem prazo de 20 anos.
"Estamos abertos, em situação de parceria sistemática. Temos sido parceiros dentro das nossas possibilidades, e continuaremos daqui para frente", disse Dilma em discurso durante a cerimônia que formalizou o financiamento.
A interligação vai aumentar a oferta de água no sistema Cantareira, que sofre com a baixa nos últimos meses. O nível do reservatório nesta quinta, segundo a Sabesp, opera com 15,4% de sua capacidade. Segundo Dilma, a parceria com o tucano ocorre "dentro das possibilidades".
A obra entrou no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) em janeiro deste ano, de forma emergencial, mas os recursos serão liberados apenas este mês. A conclusão da obra está prevista para 2017.
"Enfrentamos em 2014 a maior seca da história", disse Alckmin, destacando que esta é uma obra "estruturante" e não emergencial. O tucano, porém, reafirmou que "não vai haver rodízio" de água em São Paulo e que o governo "está preparado" para seca.
Dilma, por sua vez, aproveitou o discurso do governador sobre crise hídrica para justificar o aumento das tarifas de energia após as eleições do ano passado.
"A crise afetou não só a água em São Paulo, no Nordeste e em Minas Gerais, mas também o uso da energia térmica no Brasil, o que elevou o preço das tarifas de energia de forma bastante acentuada", disse a presidente.
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