Um lugar onde se ouve do Sertanejo ao Jazz, do Samba ao Rock, além de outros ritmos eruditos ou populares. Uma varanda onde acontecem apresentações de dança e teatro, com espaço para declamação de poemas e exibição de audiovisual.
Um quintal cheio de artesanato, artes plásticas e poesia, visitado por gente da comunidade e de toda a capital sul-mato-grossense.
O Sarau dos Amigos chega à trigésima terceira edição mantendo a diversidade artística e se firmando na agenda cultural de Campo Grande.
Nesta quinta-feira, 30 de setembro, o jovem compositor Felipe Copat, acadêmico de Música da UFMS, mostra canções sertanejas inéditas que compôs em Bonito, sua cidade natal. Além dos novos talentos, o sarau recebe também o projeto Nossa Música MS, com as bandas Toca Trio e Dimitri Pells, patrocinados pelo FIC-MS.
Dança cigana é outro destaque deste encontro, com o Estudio de Dança Isa Yasmin. A dançarina Isa apresenta a dança Snuj Guazzi, do Egito. Fernando Cunha e Solange Bertozi vem com dança cigana espanhola e Morgana Shayra mostra uma dança tribal.
Está confirmada também a dupla sertaneja Kin & Adriano, o samba e MPB de Gabriel Leal, o Pop e MPB de Daniele Santana & Renato Mendes.
Na área de exposições haverá o artesanato de Rose, moradora da comunidade. A artista plástica Frann Zamora revela suas telas Pop Art, criadas a partir das “descobertas surtidas da imensa curiosidade perante o mundo”, conforme explica.
Outra novidade é exposição eletrônica dos fotógrafos Anderson Reinheimer e Giovani Neves, quer será projetada num telão.
A família Almeida, do Recanto das Mudas, vai decorar o ambiente com plantas e distribuir mudas de árvores ao público. O Instituto de Permacultura Cerrado-Pantanal expõe fotos, modelo de banheiro seco e técnicas de compostagem doméstica.
Trechos de poemas nas paredes integram a proposta de diversidade artística do Sarau dos Amigos. Virginia Woolf, Oscar Wilde, Saramago, Vargas Llosa e Hermann Hesse também participam desta edição.
Serviço: O Sarau dos Amigos acontece toda última quinta-feira do mês na casa do ator e jornalista Eduardo Romero. Rua Elvira Matos de Oliveira, 927, Universitário, região sul de Campo Grande. A entrada é um quilo de alimento, que são destinados aos Vicentinos da Paróquia Santa Rita de Cássia. Informações pelos telefones (67) 3043-6703 ou 9215-3082.
DANÇA CIGANA
Advindos da região da Índia que permanecem até hoje, os povos ciganos migraram pelas regiões da África, passando pelo Egito e países do Oriente Médio, migrando para Europa até chegarem no Brasil e são responsáveis pela divulgação de culturas, danças e costumes que permanecem na nossa história e enriqueceram de forma peculiar nossas origens.
Não se pode decifrar o que não é pra ser decifrado, assim é a dança cigana ao meu ver, dança é expressão, movimento, ritual, onde expomos nossa essência divina, colocamos em movimento a energia do universo, contemplando assim a natureza e suas divindades, divindades que moram em nós e no tempo, fazendo parte assim da centelha divina.
Leques, pandeiros, castanholas e lenços, em cada região os gypsy, buscaram agregar a sua vida costumes e utensílios dos povos por onde passaram, mais jamais esquecendo sua essência. Índia, Egito, França e Espanha, lugares que marcaram com a chegada dessa grande carruagem colorida, buscando assim um espaço no tempo que por sinal sempre foi seu refugio, com a benção de Santa Sara Kali, sua rainha e mãe protetora, passam deixando pelo caminho perfumes e flores, abençoando assim com a alegria e prosperidade que enlaçam suas vidas.
E assim, com grande Paixão e devoção, dançamos descalços movimentando essa grande energia.
As danças apresentada para o Sarau buscam resgatar este caminho de forma geral por onde esta cultura influenciou as danças e diversos povos, iniciando com as guawazee ciganos egípcios que disseminaram e absorveram diversas culturas dos povos orientais, trazendo este legado até a Europa mostrando através da dança cigana espanhola que este povo está ligado pelo seu maior pensamento “O mundo é a nossa pátria”.
Em sequência uma dança Tribal Árabe que constitui a fusão de diversas danças da região do oriente médio, com um estilo mais contemporâneo de movimentação que surgiu nos E.U.A, mostrando que a dança tem a dinâmica e busca novos caminhos.
Os bailarinos são do Estudio de Dança Isa Yasmin que busca trabalhar a integração e as diversas culturas e novas concepções em dança na contemporaneidade.
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