Um grupo de artesãos do distrito de Palmeiras, em Dois irmãos do Buriti, fechou um pedido para a produção de mil chaveiros em formato de pequenos chapéus feitos com palha.
A encomenda é de uma empresa de gás para distribuição como brinde de final de ano e é resultado da participação dos artesãos em uma rodada de negócios durante a Feira do Empreendedor, realizada pelo Sebrae em julho.
A participação na feira foi o estímulo que faltava ao grupo Saborearte, que passou a investir na produção de peças artesanais a partir de um curso oferecido gratuitamente pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar/MS).
O convite para participar da Feira do Empreendedor veio do Projeto de Apoio à Produção Sustentável no Território da Reforma, do qual o Saborearte faz parte. “Durante a feira tivemos oportunidade de expor no Salão de Agronegócio e isso rendeu frutos.
Agora buscamos apoio para ampliar os locais de venda”, relata a líder, Marli Sanchik.
Composto por 15 mulheres e quatro homens, o grupo produz chapéus, bolsas, chaveiros, chinelos, bordados e almofadas decorativas.
São peças originais como mandalas feitas com grades de ventilador retiradas do ferro-velho e encapadas com fibra, decoradas com flores de cascas e sementes do cerrado. Segundo Marli, a busca por mercados diferentes é constante e tem trazido resultados, pois o grupo já vende em diversas cidades do Estado, participa de feiras, eventos e já conseguiu alguns teares para trabalhar a fibra.
A educadora do Senar/MS, Bárbara Gomes, foi instrutora do último curso realizado e destaca o interesse dos artesões.
“O aproveitamento que eles tiveram do conhecimento levado pelo curso foi ótimo. Pouco tempo depois, estavam participando de um evento como a Feira do Empreendedor e fazendo negócios. É muito gratificante ver o trabalho realizado dando frutos”, elogia.
Os bons resultados obtidos alimentam as expectativas para o fim de ano que se aproxima. Os artesãos de Palmeiras buscaram parcerias com boutiques de luxo para a exposição de peças, em uma tentativa de variar ao máximo o público do artesanato da região. “Se vendermos para as lojas de luxo, vamos ficamos muito chiques”, brinca a líder do grupo.
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